Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Esdras

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Esdras, 4

1 Quando os adversários de Judá e de Benjamim ouviram que os filhos do Exílio estavam construindo um templo a Jeová, o Deus de Israel,

2 aproximaram-se imediatamente de Zorobabel e dos cabeças das casas paternas e disseram-lhes: “Deixai-nos construir convosco; pois, assim como vós, buscamos o vosso Deus e a ele oferecemos sacrifícios desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos trouxe para cá.”

3 No entanto, Zorobabel e Jesua, e os restantes dos cabeças das casas paternas de Israel disseram-lhes: “Não tendes nada que ver conosco*1 na construção de uma casa ao nosso Deus, pois nós mesmos, juntos, construiremos para Jeová, o Deus de Israel, assim como nos mandou o Rei Ciro, rei da Pérsia.”

  1. Lit.: “[Não há] nada para vós e para nós.” Esta é uma expressão idiomática hebr. Veja Ap. 7B.

4 Em vista disso, o povo da terra enfraquecia continuamente as mãos do povo de Judá e o desalentava com respeito à construção,

5 e contratava conselheiros contra eles para frustrar seu conselho em todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até o reinado de Dario, rei da Pérsia.

6 E no reinado de Assuero, no início do seu reinado, escreveram uma acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém.

7 Também nos dias de Artaxerxes, Bislão, Mitredate, Tabeel e o resto dos seus confrades escreveram a Artaxerxes, rei da Pérsia, e o conteúdo da carta estava escrito em caracteres aramaicos e traduzido ao idioma aramaico.

8 *1 Reum, o principal funcionário do governo, e Sinsai, o escrevente, escreveram uma carta contra Jerusalém a Artaxerxes, o rei, conforme segue:

  1. Deste v. em diante, e até 6:18, Esdras foi escrito em aram.

9 Então Reum, o principal funcionário do governo, e Sinsai, o escrevente, e o resto dos seus confrades, os juízes e os governadores menores de além do Rio,*1 os secretários, o povo de Ereque, os babilônios, os habitantes de Susa,*2 isto é, os elamitas,

  1. Ou “os governadores menores de além-rio (transfluviais)”.

  2. Ou “Susã”.

10 e o resto das nações que o grande e ilustre Asenapar*1 levara ao exílio e estabelecera nas cidades de Samaria, e o resto de além do Rio, —;*2 e agora,

  1. Ou “Osnapar”. Esta é uma forma abreviada do nome do rei assírio Assurbanipal; o aram., como o persa, que não tem l, substitui o l final por r.

  2. No M, o verbo foi evidentemente omitido aqui. LXX insere “julgaram”, transpondo este verbo para o início do v. 9.

11 esta é uma cópia da carta que eles enviaram a respeito disso: “A Artaxerxes, o rei, teus servos, os homens de além do Rio: E agora,

12 seja do conhecimento do rei que os judeus que de ti subiram para cá a nós chegaram a Jerusalém. Estão construindo a cidade rebelde e má, e passam a terminar os muros e a reparar os alicerces.

13 Agora, seja do conhecimento do rei que, se esta cidade for reconstruída e seus muros terminados, eles não darão nem imposto, nem tributo, nem pedágio, e isto causará prejuízo aos tesouros dos reis.

14 Agora, visto que deveras comemos o sal*1 do palácio e não é próprio vermos o desnudamento do rei, por esta razão mandamos dar conhecimento [disso] ao rei,

  1. “Comemos o sal.” Esta é uma expressão antiga que significa receber salário em pagamento pela prestação de serviços.

15 para que se faça uma investigação no livro dos registros de teus antecessores. Então acharás no livro dos registros e saberás que esta cidade é uma cidade rebelde e que causa perdas aos reis e aos distritos jurisdicionais, e que dentro dela havia os que promoviam revolta desde os dias da antiguidade. Por esta razão foi devastada esta cidade.

16 Damos a conhecer ao rei que, se a cidade for reconstruída e seus muros terminados, certamente, tampouco terás quinhão além do Rio.”*1

  1. Isto é, o Eufrates.

17 O rei enviou uma comunicação a Reum, o principal funcionário do governo, e a Sinsai, o escrevente, e ao resto dos seus confrades que moravam em Samaria, e ao resto além do Rio: “Cumprimentos!*1 E agora,

  1. Lit.: “Paz!” Aram.: shelám.

18 o documento oficial que nos*1 enviastes foi lido claramente diante de mim.

  1. “Nos”, pl., para denotar excelência, sendo usado como o nosso atual “nós” editorial (ou majestático).

19 De modo que dei uma ordem, e investigou-se e achou-se que aquela cidade, desde os dias da antiguidade, tem sido uma que se levanta contra os reis e uma em que se promoveram rebelião e revolta.

20 E mostrava-se haver reis fortes sobre Jerusalém e que governavam tudo além do Rio, e dava-se-lhes imposto, tributo e pedágio.

21 Agora, dai ordem para que estes varões vigorosos parem, a fim de que não se reconstrua aquela cidade até que eu dê a ordem.

22 Portanto, cuidai de que não haja negligência na atuação neste respeito, para que não aumente o dano para o prejuízo dos reis.”

23 Então, depois de se ter lido a cópia do documento oficial de Artaxerxes, o rei, perante Reum e Sinsai, o escrevente, e seus confrades, eles foram apressadamente a Jerusalém, aos judeus, e os fizeram parar pela força das armas.*1

  1. Ou “por um exército”. Lit.: “com braço e força”.

24 Foi então que parou a obra na casa de Deus, que estava em Jerusalém; e continuou parada até o segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia.