Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Ezequiel

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Ezequiel, 1

1 Ora, sucedeu no trigésimo ano, no quarto [mês], no quinto [dia] do mês, enquanto eu estava no meio do povo exilado junto ao rio Quebar, que se abriram os céus e comecei a ver visões de Deus.*1

  1. “Deus.” Hebr.: ’Elo·hím.

2 No quinto [dia] do mês, isto é, [no] quinto ano de exílio do Rei Joaquim,*1

  1. “Joaquim.” Hebr.: Yoh·ya·khín; gr.: I·o·a·kím.

3 veio a haver a palavra de Jeová especificamente para Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e naquele lugar veio a estar sobre ele a mão de Jeová.

4 E comecei a ver, e eis que havia um vento*1 tempestuoso procedente do norte, uma grande massa de nuvens e um fogo cintilante, e havia ao redor dela*2 uma claridade, e do meio dele*3 procedia algo que tinha o aspecto de electro,*4 do meio do fogo.

  1. “Vento.” Hebr.: rúahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.

  2. “Dela”, no hebr. masc., referindo-se à “massa de nuvens”, hebr. masc.

  3. “Dele”, no hebr. fem., evidentemente referindo-se ao “fogo”, hebr. fem.

  4. Lit.: “o electro”. Hebr.: ha·hhash·mál; gr.: e·lék·trou; lat.: e·léc·tri. Trata-se duma liga brilhante de ouro e prata.

5 E do meio dele procedia a semelhança de quatro criaturas viventes,*1 e seu aspecto era o seguinte: elas tinham a semelhança de homem terreno.*2

  1. Ou “formas; figuras”.

  2. “Homem terreno.” Hebr.: ’a·dhám.

6 E [cada] uma tinha quatro faces, e [cada] uma delas, quatro asas.

7 E seus pés eram pés retos e a planta de seus pés era como a planta do pé de um bezerro; e reluziam como que com o brilho*1 de cobre brunido.

  1. Lit.: “como o olho de”. Hebr.: ke‛éhn.

8 E havia mãos de homem*1 debaixo das suas asas nos seus quatro lados, e as quatro tinham suas faces e suas asas.

  1. Ou “homem terreno”. Hebr.: ’a·dhám.

9 Suas asas estavam unidas umas às outras. Não se viravam ao irem; cada uma ia diretamente para a frente.

10 E quanto à semelhança das suas faces, as quatro tinham uma face de homem, com uma face de leão à direita, e as quatro tinham uma face de touro à esquerda; as quatro tinham também uma face de águia.

11 Assim eram as suas faces. E suas asas separavam-se para cima. Cada uma tinha duas unidas entre si e duas cobrindo seu corpo.

12 E cada uma delas ia diretamente para a frente. Elas iam aonde quer que o espírito*1 se inclinava a ir. Não se viravam ao irem.

  1. “O espírito.” Hebr.: ha·rú·ahh; gr.: pneú·ma; lat.: spí·ri·tus. Veja v. 4 n.: “vento”.

13 E quanto à semelhança das criaturas viventes,*1 seu aspecto era como o de brasas de fogo. Algo como a aparência de tochas movia-se para lá e para cá entre as criaturas viventes, e o fogo era resplendente, e do fogo procediam relâmpagos.

  1. “Das criaturas viventes.” Hebr.: ha·hhai·yóhth, fem. pl.; gr.: zoí·on, a mesma palavra que em Re 4:6-9; lat.: a·ni·má·li·um.

14 E da parte das criaturas viventes, saíam correndo e retornavam com o aspecto de relâmpagos.

15 Enquanto eu via as criaturas viventes, ora, eis que havia uma só roda na terra ao lado das criaturas viventes, junto às quatro faces de cada uma.

16 Quanto ao aspecto das rodas e da sua estrutura, era como o brilho de crisólito; e as quatro tinham uma só semelhança. E seu aspecto e sua estrutura eram como quando uma roda mostra estar no meio*1 de uma roda.

  1. Possivelmente centrada em ângulo reto no mesmo eixo.

17 Quando iam, iam pelos seus quatro lados respectivos.*1 Não se viravam para outro lado ao irem.

  1. Ou “para as suas quatro direções”.

18 E quanto às suas cambotas, eram de tal altura que metiam medo; e suas cambotas estavam cheias de olhos ao redor das quatro.

19 E quando as criaturas viventes iam, as rodas iam ao lado delas, e quando as criaturas viventes se elevavam da terra, as rodas se elevavam.

20 Iam aonde quer que o espírito se inclinava a ir, [inclinando-se] o espírito a ir para lá; e as próprias rodas se elevavam bem ao lado delas, porque o espírito da criatura vivente estava nas rodas.

21 Quando iam, estas iam; e quando paravam, estas paravam; e quando se elevavam da terra, as rodas se elevavam bem ao lado delas, porque o espírito da criatura vivente estava nas rodas.

22 E sobre as cabeças das criaturas viventes havia a semelhança duma expansão igual à cintilação de gelo que mete medo, estendida acima das suas cabeças.

23 E debaixo da expansão, suas asas eram retas, uma em direção à outra. Cada uma tinha duas asas cobrindo este lado e cada uma tinha duas cobrindo aquele lado do seu corpo.

24 E eu estava ouvindo o ruído de suas asas quando iam, um ruído igual ao de vastas águas, igual ao som do Todo-poderoso, o ruído dum tumulto, igual ao ruído dum acampamento. Quando paravam, abaixavam as suas asas.

25 E veio a haver uma voz acima da expansão que havia sobre a sua cabeça. (Quando paravam, abaixavam as suas asas.)

26 E acima da expansão que havia sobre a sua cabeça havia algo da aparência de pedra de safira, a semelhança dum trono. E sobre a semelhança do trono havia nele, por cima, a semelhança de alguém com aspecto de homem terreno.

27 E eu estava vendo algo semelhante ao brilho de electro, semelhante ao aspecto do fogo, em todo o redor, por dentro, da aparência dos seus quadris para cima; e da aparência dos seus quadris para baixo vi algo semelhante ao aspecto do fogo, e ele tinha uma claridade em todo o redor.

28 Havia algo semelhante ao aspecto do arco que vem a haver numa massa de nuvens no dia duma chuvada. Assim era a aparência da claridade ao redor. Tinha o aspecto da semelhança da glória de Jeová. Quando cheguei a ver [isto], então me lancei com a face [por terra] e comecei a ouvir a voz de alguém falando.