Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Ezequiel

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Ezequiel, 3

1 E ele passou a dizer-me: “Filho do homem, come o que achares. Come este rolo, e vai, fala à casa de Israel.”

2 Abri, pois, a minha boca, e ele, aos poucos, me fez comer este rolo.

3 E prosseguiu, dizendo-me: “Filho do homem, deves fazer o teu próprio ventre comer, para encheres os teus próprios intestinos com este rolo que te dou.” E eu comecei a comê-lo, e veio a ser na minha boca doce como mel.

4 E ele continuou a dizer-me: “Filho do homem, vai, entra no meio da casa de Israel, e tens de falar-lhes com as minhas palavras.

5 Pois não estás sendo enviado a um povo de idioma*1 incompreensível ou de língua pesada,*2 [mas] à casa de Israel,

  1. Lit.: “lábio”. Veja Gên 11:1 n.: “idioma”.

  2. Ou “vagarosa”.

6 não a numerosos povos de idioma incompreensível ou de língua pesada, cujas palavras não possas ouvir [com entendimento]. Se eu te tivesse enviado a tais, seriam eles os que te escutariam.

7 Mas, quanto à casa de Israel, não vão querer escutar-te, pois não querem escutar a mim; porque todos os da casa de Israel são de cabeça dura*1 e de coração duro.

  1. Lit.: “de testa forte”.

8 Eis que fiz*1 a tua face tão dura como as faces deles e a tua testa tão dura como as testas deles.

  1. Lit.: “dei”.

9 Igual ao diamante,*1 mais dura do que a pederneira fiz*2 a tua testa. Não deves ter medo deles e não deves ficar aterrorizado diante das suas faces, porque são uma casa rebelde.”

  1. Ou “esmeril”.

  2. Lit.: “dei”.

10 E prosseguiu, dizendo-me: “Filho do homem, todas as minhas palavras que eu te falar aceita no teu coração e ouve com os teus próprios ouvidos.

11 E vai, entra no meio do povo exilado, no meio dos filhos de teu povo, e tens de falar-lhes e dizer-lhes: ‘Assim disse o Soberano Senhor Jeová’, quer ouçam quer se refreiem [de ouvir].”

12 E um espírito*1 passou a carregar-me e comecei a ouvir atrás de mim o ruído dum grande zunido: “Bendita seja a glória de Jeová desde o seu lugar.”

  1. “Um espírito.” Hebr.: rú·ahh; gr.: pneú·ma; lat.: spí·ri·tus. Veja 1:4 n.: “vento”.

13 E havia o ruído das asas das criaturas viventes que se tocavam de perto, e o ruído das rodas bem ao lado delas, e o ruído dum grande zunido.

14 E [o] espírito me carregava, e passou a tomar-me, de modo que fui, amargurado, no furor do meu espírito, e a mão de Jeová sobre mim era forte.

15 Entrei, pois, entre o povo exilado em Tel-Abibe, que morava junto ao rio Quebar, e comecei a morar onde eles moravam; e fiquei morando*1 ali por sete dias, aturdido no meio deles.

  1. “E fiquei morando”, Mmargem e muitos mss. hebr.

16 E aconteceu, ao fim dos sete dias, que passou a vir a haver para mim a palavra de Jeová, dizendo:

17 “Filho do homem, constituí-te vigia*1 para a casa de Israel, e terás de ouvir a fala procedente da minha boca e terás de avisá-los da minha parte.

  1. Ou “atalaia; sentinela”. Hebr.: tso·féh.

18 Quando eu disser ao iníquo: ‘Positivamente morrerás’,*1 e tu realmente não o avisares e não falares para avisar o iníquo do seu caminho iníquo, a fim de preservá-lo vivo, ele, sendo iníquo, morrerá no seu erro, mas o seu sangue demandarei da tua própria mão.

  1. “Positivamente morrerás.” Lit.: “Morrendo morrerás.” Hebr.: mohth ta·múth. Veja Gên 2:17 n.

19 Mas, no que se refere a ti, se tiveres avisado o iníquo e ele realmente não recuar de sua iniqüidade e de seu caminho iníquo, ele é que morrerá pelo seu erro; mas tu, tu terás livrado a tua própria alma.*1

  1. “Tua própria alma.” Hebr.: naf·shekhá; gr.: psy·khén sou; lat.: á·ni·mam tú·am. Veja Ap. 4A.

20 E quando o justo recuar de sua justiça e realmente fizer injustiça, e eu tiver de pôr diante dele uma pedra de tropeço, ele é que morrerá por não o teres avisado. Morrerá por seu pecado, e seus atos justos que praticou não serão lembrados, mas demandarei o sangue dele da tua própria mão.

21 E se tu tiveres avisado o justo para que o justo não peque, e ele realmente não pecar, continuará a viver impreterivelmente porque foi avisado, e tu mesmo terás livrado a tua própria alma.”

22 E a mão de Jeová veio a estar ali sobre mim e ele passou a dizer-me: “Levanta-te, sai até o vale plano e lá eu falarei contigo.”

23 Levantei-me, pois, e saí ao vale plano, e eis que estava ali parada a glória de Jeová, igual à glória que eu tinha visto junto ao rio Quebar, e eu fui lançar-me com a minha face [por terra].

24 Então entrou em mim espírito e me fez ficar de pé, e ele começou a falar comigo e a dizer-me: “Vem, fica encerrado na tua casa.

25 E tu, ó filho do homem, eis que certamente porão sobre ti cordas e te atarão com elas, para que não possas sair para o meio deles.

26 E a tua própria língua eu farei ficar apegada ao céu da boca e certamente ficarás mudo, e não te tornarás para eles um homem*1 que dá repreensão, porque são uma casa rebelde.

  1. “Um homem.” Hebr.: le’ísh; gr.: án·dra; lat.: vir.

27 E quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, e terás de dizer-lhes: ‘Assim disse o Soberano Senhor Jeová.’ Ouça aquele que ouve e refreie-se aquele que se refreia [de ouvir], porque são uma casa rebelde.