Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Marcos

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Marcos, 1

1 [O] princípio das boas novas*1 a respeito de*2 Jesus Cristo:

  1. “Boas novas.” Ou “evangelho”. Gr.: eu·ag·ge·lí·ou; lat.: e·van·gé·li·i.

  2. Ou “de”.

2 Conforme está escrito em Isaías, o profeta: “(Eis que eu envio o meu mensageiro*1 diante da tua face, o qual preparará o teu caminho;)

  1. Ou “anjo”.

3 eis que alguém está clamando no ermo: ‘Preparai o caminho de Jeová,*1 fazei retas as suas estradas’”,

  1. Veja Ap. 1D.

4 apareceu João, o batizador,*1 no ermo, pregando [o] batismo [em símbolo] de arrependimento para o perdão de pecados.

  1. Ou “imersor; submersor (mergulhador)”. Gr.: ba·ptí·zon.

5 Conseqüentemente, todo o território da Judéia e todos os habitantes de Jerusalém saíam a ter com ele e eram batizados por ele no rio Jordão, confessando abertamente os seus pecados.

6 Ora, João estava vestido de pêlos de camelo e com um cinto de couro em volta dos seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.

7 E pregava, dizendo: “Depois de mim vem alguém mais forte do que eu; não sou nem apto para me abaixar e desatar os cordões de suas sandálias.

8 Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com espírito santo.”

9 No decorrer daqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no Jordão.

10 E, subindo da água, viu imediatamente os céus serem partidos e o espírito descer como pomba sobre*1 ele;

  1. Ou “dentro”; isto é, para entrar nele.

11 e uma voz saiu dos céus: “Tu és meu Filho, o amado; eu te tenho aprovado.”

12 E o espírito*1 impeliu-o imediatamente a ir para o ermo.

  1. Ou “a força ativa”. Gr.: to pneú·ma; J17,18,22(hebr.): ha·rú·ahh. Veja Gên 1:2 n.: “ativa”.

13 Ele continuou assim no ermo por quarenta dias, sendo tentado por Satanás, e estava com os animais selváticos, mas os anjos lhe ministravam.

14 Ora, depois de João ter sido preso, Jesus entrou na Galiléia, pregando as boas novas de Deus

15 e dizendo: “Tem-se cumprido o tempo designado e o reino de Deus se tem aproximado. Arrependei-vos e tende fé nas boas novas.”

16 Andando à beira do mar da Galiléia, viu Simão e André, irmão de Simão, lançando [suas redes] ao mar, pois eram pescadores.

17 De maneira que Jesus lhes disse: “Vinde após mim, e eu farei que vos torneis pescadores de homens.”

18 E eles abandonaram imediatamente as suas redes e o seguiram.

19 E, tendo andado um pouco mais adiante, viu Tiago, o [filho] de Zebedeu, e João, seu irmão, de fato, enquanto estavam no seu barco consertando as suas redes;

20 e logo os chamou. Eles, por sua vez, abandonaram seu pai Zebedeu, no barco, com os homens contratados, e foram após ele.

21 E entraram em Cafarnaum. Assim que chegou o sábado, entrou na sinagoga e começou a ensinar.

22 E ficaram assombrados com o seu modo de ensinar, pois eis que os ensinava como quem tinha autoridade e não como os escribas.

23 Também, logo naquela ocasião havia na sinagoga deles um homem sob o poder dum espírito impuro, e ele gritou,

24 dizendo: “Que temos nós contigo,*1 Jesus, nazareno? Vieste destruir-nos? Eu sei exatamente quem és, o Santo de Deus.”

  1. Esta é uma expressão idiomática; é uma repulsa em forma de pergunta. Veja Ap. 7B.

25 Mas Jesus censurou-o, dizendo: “Cala-te e sai dele!”

26 E o espírito impuro, depois de o lançar em convulsão, e berrando ao máximo da sua voz, saiu dele.

27 Ora, todos ficaram tão assombrados, que começaram uma discussão entre si, dizendo: “Que é isso? Um novo ensino! Ele dá ordens com autoridade, até mesmo a espíritos impuros, e eles lhe obedecem.”

28 De modo que o relato a respeito dele se espalhou imediatamente em todas as direções, através de toda a região circunvizinha na Galiléia.

29 E saíram imediatamente da sinagoga e entraram na casa de Simão e André, junto com Tiago e João.

30 Ora, a sogra de Simão estava acamada com febre, e falaram-lhe dela imediatamente.

31 E, dirigindo-se a ela, levantou-a, tomando-a pela mão; e a febre a abandonou e ela começou a ministrar-lhes.

32 Ao anoitecer, tendo-se posto o sol, trouxeram-lhe todos os doentes e os possessos de demônios;

33 e a cidade toda estava ajuntada na frente da porta.

34 Curou assim a muitos dos que estavam enfermos com várias doenças e expulsou muitos demônios, mas não deixou os demônios falar, porque sabiam que ele era Cristo.

35 E, de manhã cedo, quando ainda estava escuro, levantou-se e foi para fora, e partiu para um lugar solitário, e ali começou a orar.

36 No entanto, Simão e os com ele foram à sua procura

37 e acharam-no, e disseram-lhe: “Todos te procuram.”

38 Mas ele lhes disse: “Vamos a outro lugar, às vilas vizinhas, para que eu pregue também ali, pois é com este objetivo que saí.”

39 E foi, pregando nas sinagogas deles, em toda a Galiléia, e expulsando os demônios.

40 Veio também a ele um leproso, suplicando-lhe, até de joelhos, [e] dizendo-lhe: “Se apenas quiseres, podes tornar-me limpo.”

41 Em vista disso, penalizou-se, e, estendendo a mão, tocou nele e disse-lhe: “Eu quero. Torna-te limpo.”

42 E a lepra desapareceu-lhe imediatamente e ele se tornou limpo.

43 Outrossim, dando-lhe ordens estritas, mandou-o imediatamente embora

44 e disse-lhe: “Cuida de que não digas nada a ninguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação as coisas determinadas por Moisés, em testemunho para eles.”

45 Mas, depois de se afastar, o homem principiou a proclamar isso consideravelmente e a divulgar o relato, de modo que *1 não podia mais entrar abertamente numa cidade, mas continuava fora, nos lugares solitários. Contudo, eles continuavam a vir a ele, de todos os lados.

  1. Lit.: “ele”.