Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Neemias
Neemias, 9
1 E no vigésimo quarto dia deste mês, os filhos de Israel se ajuntaram com jejum, e com serapilheira, e com terra sobre si.
2 E a descendência de Israel passou a separar-se de todos os estrangeiros,*1 e a ficar de pé e a fazer confissão dos seus próprios pecados e dos erros de seus pais.
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3 Então se levantaram no seu lugar e leram alto do livro da lei de Jeová, seu Deus, por uma quarta parte do dia; e por uma quarta parte faziam confissão e se curvavam diante de Jeová, seu Deus.
4 E Jesua e Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, Bani [e] Quenani passaram a levantar-se no palanque dos levitas e a clamar com alta voz a Jeová, seu Deus.
5 E os levitas Jesua e Cadmiel, Bani, Hasabnéias, Serebias, Hodias, Sebanias [e] Petaías prosseguiram, dizendo: “Levantai-vos, bendizei a Jeová, vosso Deus, de tempo indefinido a tempo indefinido. E bendigam o teu glorioso nome, que é enaltecido acima de toda bênção e louvor.
6 “Só tu és Jeová; tu mesmo fizeste os céus, [sim,] o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo o que há sobre ela, os mares e tudo o que há neles; e tu preservas vivos a todos eles; e o exército dos céus se curva diante de ti.
7 Tu és Jeová, o [verdadeiro] Deus, que escolheste a Abrão e o fizeste sair de Ur dos Caldeus e lhe puseste o nome de Abraão.
8 E achaste seu coração fiel diante de ti; de modo que se celebrou*1 com ele o pacto de [lhe] dar a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus e dos perizeus, e dos jebuseus, e dos girgaseus, a fim de [a] dar à sua descendência; e passaste a cumprir as tuas palavras porque és justo.
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9 “Portanto, viste a tribulação de nossos antepassados no Egito e ouviste seu clamor junto ao Mar Vermelho.
10 Deste então sinais e milagres contra Faraó e todos os seus servos, e todo o povo da sua terra, pois sabias que agiram presunçosamente contra ti; e passaste a fazer para ti um nome como no dia de hoje.
11 E partiste o mar diante deles, de modo que passaram pelo meio do mar em terra seca; e aos seus perseguidores lançaste nas profundidades como uma pedra em águas potentes.
12 E guiaste-os de dia por uma coluna de nuvem e de noite por uma coluna de fogo, para iluminar-lhes o caminho em que deviam andar.
13 E desceste sobre o monte Sinai e falaste com eles desde o céu, e prosseguiste a dar-lhes decisões judiciais retas e leis de verdade, regulamentos e mandamentos bons.
14 E deste-lhes a conhecer teu santo sábado e ordenaste-lhes mandamentos, e regulamentos, e uma lei, por intermédio de Moisés, teu servo.
15 E deste-lhes pão desde o céu para a sua fome e fizeste-lhes sair águas do rochedo para a sua sede, e prosseguiste, dizendo-lhes que entrassem e se apossassem da terra a respeito da qual ergueste tua mão [em juramento] de dá-la a eles.
16 “E eles mesmos, sim, nossos antepassados, agiram presunçosamente e passaram a endurecer sua cerviz, e não escutaram teus mandamentos.
17 Negaram-se, pois, a escutar e não se lembraram dos teus atos maravilhosos que realizaste com eles, mas endureceram a sua cerviz e designaram um cabeça para retornar à sua servidão no Egito.*1 Tu, porém, és um Deus*2 de atos de perdão, clemente e misericordioso, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência, e não os abandonaste.
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18 Sim, quando fizeram para si a estátua fundida dum bezerro e começaram a dizer: ‘Este é o teu Deus*1 que te fez subir do Egito’, e passaram a cometer grandes atos de desrespeito,
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19 tu, sim, tu, na tua abundante misericórdia, não os abandonaste no ermo. A própria coluna de nuvem não se afastou de cima deles de dia, para guiá-los no caminho, nem a coluna de fogo de noite, para iluminar-lhes o caminho em que deviam andar.
20 E deste-lhes o teu bom espírito para fazê-los circunspetos, e não negaste teu maná à sua boca, e deste-lhes água para a sua sede.
21 E por quarenta anos lhes proveste alimento no ermo. Não careceram de nada. Seus próprios mantos não se gastaram e os próprios pés deles não ficaram inchados.
22 “E passaste a dar-lhes reinos e povos, e a repartir estes pedaço por pedaço; de modo que tomaram posse da terra de Síon, sim, da terra do rei de Hésbon, e da terra de Ogue, rei de Basã.
23 E fizeste seus filhos tantos quantas as estrelas dos céus. Então os levaste à terra de que prometeste aos seus antepassados que entrariam [nela] para tomar posse.
24 De modo que seus filhos entraram e tomaram posse da terra, e passaste a subjugar diante deles os habitantes do país, os cananeus, e a entregá-los na sua mão, mesmo os seus reis e os povos da terra, para que fizessem com eles segundo o seu bel-prazer.
25 E foram capturar cidades fortificadas e solo gordo, e tomar posse de casas cheias de todas as coisas boas, de cisternas escavadas, de vinhedos e de olivais, e de árvores para alimento em abundância, e começaram a comer, e a fartar-se, e a engordar, e a deleitar-se na tua grande bondade.
26 “Todavia, ficaram desobedientes e rebelaram-se contra ti, e persistiram em lançar a tua lei atrás das suas costas, e mataram os teus próprios profetas que testificaram contra eles para trazê-los de volta a ti; e eles prosseguiram cometendo atos de grande desrespeito.
27 Por causa disso os entregaste na mão dos seus adversários, os quais lhes causavam aflição; mas no tempo da sua aflição clamavam a ti e tu mesmo os ouvias desde os próprios céus; e segundo a tua abundante misericórdia lhes davas salvadores que os salvavam da mão dos seus adversários.
28 “Mas assim que tinham descanso, voltavam a fazer o que era mau diante de ti, e tu os abandonavas na mão de seus inimigos, os quais os espezinhavam. Então retornavam e clamavam por socorro, e tu mesmo ouvias desde os próprios céus e os livravas de acordo com a tua abundante misericórdia, vez após vez.
29 Embora testificasses contra eles, a fim de trazê-los de volta à tua lei, eles mesmos agiram até mesmo presunçosamente e não escutaram os teus mandamentos; e pecaram contra as tuas próprias decisões judiciais, as quais, praticando-as o homem,*1 ele também tem de viver por meio delas.*2 E persistiram em dar um ombro obstinado e endureceram a sua cerviz, e não escutaram.
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30 Mas tu foste indulgente para com eles por muitos anos e continuaste a testificar contra eles por teu espírito, por intermédio dos teus profetas, e eles não deram ouvidos. Por fim os entregaste na mão dos povos das terras.
31 E tu, na tua abundante misericórdia, não os exterminaste nem os abandonaste; pois és um Deus*1 clemente e misericordioso.
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32 “E agora, ó nosso Deus, o Deus*1 grande, poderoso e atemorizante,*2 guardando o pacto e a benevolência,*3 não deixes parecer pouco diante de ti toda a dificuldade que achou a nós, a nossos reis, a nossos príncipes, e a nossos sacerdotes, e a nossos profetas, e a nossos antepassados, e a todo o teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até o dia de hoje.
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33 E tu és justo no que se refere a tudo o que veio sobre nós, pois agiste fielmente, mas nós fomos os que agimos de modo iníquo.
34 Quanto a nossos reis, nossos príncipes, nossos sacerdotes e nossos antepassados, não praticaram a tua lei, nem prestaram atenção aos teus mandamentos ou aos teus testemunhos*1 com que testificaste contra eles.
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35 E eles mesmos — durante o seu*1 reinado e no meio de tuas abundantes coisas boas que lhes deste, e na terra ampla e gorda que lhes fizeste disponível, não te serviram nem recuaram das suas práticas más.
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36 Eis que hoje somos escravos; e quanto à terra que deste aos nossos antepassados para que comessem dos seus frutos e das suas coisas boas, eis que somos escravos nela,
37 e seus produtos abundam para os reis que puseste sobre nós por causa dos nossos pecados, e eles governam sobre os nossos corpos e sobre os nossos animais domésticos, segundo o seu bel-prazer, e estamos em grande aflição.*1
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38 “Portanto, em vista de tudo isso, estamos pactuando*1 um arranjo fidedigno, tanto por escrito como atestado pelo selo de nossos príncipes,*2 nossos levitas [e] nossos sacerdotes.”
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