Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Eclesiastes
Eclesiastes, 5
1 Guarda os teus pés, sempre que fores à casa do [verdadeiro] Deus; e haja um achegamento*1 para ouvir, em vez de se dar um sacrifício como fazem os estúpidos, pois não se apercebem de que fazem o que é mau.*2
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2 Não te precipites com respeito à tua boca; e quanto ao teu coração, não o deixes apressar-se a produzir uma palavra diante do [verdadeiro] Deus. Pois o [verdadeiro] Deus está nos céus, mas tu estás na terra. Por isso é que as tuas palavras devem mostrar ser poucas.
3 Pois o sonho certamente chega por causa da abundância de ocupação, e a voz do estúpido, por causa da abundância de palavras.
4 Sempre que fizeres um voto a Deus, não hesites em pagá-lo, pois não há agrado nos estúpidos. O que votares, paga.
5 Melhor é que não votes, do que votares e não pagares.
6 Não permitas que a tua boca faça a tua carne pecar,*1 nem digas diante do anjo*2 que foi um engano. Por que devia o [verdadeiro] Deus ficar indignado por causa da tua voz e ter de estragar o trabalho das tuas mãos?
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7 Pois, por causa da abundância [de ocupação] há sonhos, e há vaidades e palavras em abundância. Mas teme o próprio [verdadeiro] Deus.
8 Se vires o de poucos meios sofrer opressão, e o arrebatamento violento do juízo e da justiça num distrito jurisdicional, não fiques pasmado com o assunto, pois alguém que é mais alto do que o alto está vigiando, e há os que estão alto por cima deles.*1
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9 Também, o proveito da terra está entre eles todos; pois, por um campo, o próprio rei foi servido.
10 O mero amante da prata não se fartará de prata, nem o amante da opulência, da renda.*1 Também isto é vaidade.
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11 Quando as coisas boas se tornam muitas, os que as comem certamente se tornam muitos. E que vantagem há nisso para o grandioso dono delas, exceto olhar [para elas] com os seus olhos?
12 Doce é o sono de quem serve, quer seja pouco quer muito o que ele come; mas a fartura do rico não o deixa dormir.
13 Há uma grave calamidade que tenho visto debaixo do sol: riquezas guardadas para o seu grandioso dono,*1 para a sua calamidade.
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14 E estas riquezas pereceram por causa duma ocupação calamitosa, e ele se tornou pai de um filho quando não há absolutamente nada na sua mão.
15 Assim como se saiu do ventre da mãe, nu se irá novamente embora, assim como se veio; e não se pode levar absolutamente nada pelo seu trabalho árduo, que se possa levar junto na mão.
16 E também isto é uma grave calamidade: exatamente assim como se veio, assim se irá embora; e que proveito há para quem continua a trabalhar arduamente para o vento?
17 Também, todos os seus dias ele come na própria escuridão, com muito vexame, com doença da sua parte e [com causa para] indignação.
18 Eis que a melhor coisa que eu mesmo vi, que é bonita, é que a pessoa coma, e beba, e veja o que é bom por toda a sua labuta com que trabalha arduamente debaixo do sol pelo número dos dias da sua vida que o [verdadeiro] Deus lhe deu, pois este é seu quinhão.
19 Também, todo homem a quem o [verdadeiro] Deus tem dado riquezas e bens materiais, ele até mesmo habilitou a comer disso, e a levar o seu quinhão, e a alegrar-se no seu trabalho árduo. Esta é a dádiva de Deus.
20 Pois não é muitas vezes que ele se lembrará dos dias da sua vida, porque o [verdadeiro] Deus [o] preocupa*1 com a alegria do seu coração.
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