Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Eclesiastes
Eclesiastes, 10
1 Moscas mortas*1 fazem o óleo do fabricante de ungüento cheirar mal, borbulhar. [Assim] faz um pouco de estultícia àquele que é precioso pela sabedoria e pela glória.
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2 O coração do sábio está à sua direita, mas o coração do estúpido está à sua esquerda.
3 E também, qualquer que seja o caminho em que o estulto andar, seu próprio coração é falto,*1 e ele certamente diz a todos que é estulto.
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4 Se o espírito de um governante se levantar contra ti, não deixes o teu próprio lugar, pois a própria calma aquieta grandes pecados.
5 Existe algo calamitoso que tenho visto debaixo do sol, como quando há um engano que se propaga por causa de quem está em poder:
6 A estultícia*1 tem sido posta em muitas posições elevadas, mas os próprios ricos continuam morando apenas numa condição rebaixada.
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7 Vi servos sobre cavalos, mas príncipes andando na terra como se fossem servos.
8 Quem cava um buraco, cairá nele; e quem rompe por um muro de pedras, a este morderá uma serpente.
9 Quem extrai pedras, ferir-se-á com elas. Quem racha toras, terá de ter cuidado com elas.
10 Se uma ferramenta ficou embotada e alguém não lhe amolou o fio, então terá de usar as suas próprias energias vitais. De modo que usar de sabedoria para bom êxito significa uma vantagem.
11 Se a serpente morde quando não se produz encantamento, então não há vantagem para quem se empenha na língua.
12 As palavras da boca do sábio significam favor, mas os lábios do estúpido o engolem.
13 O início das palavras da sua boca é estultícia, e o fim posterior da sua boca é doidice calamitosa.
14 E o estulto fala muitas palavras. O homem*1 não sabe o que virá a ser; e daquilo que virá a ser após ele, quem o pode informar?
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15 O trabalho árduo dos estúpidos os fatiga, porque ninguém ficou sabendo como ir à cidade.
16 O que será de ti, ó terra, quando teu rei é rapaz e os teus próprios príncipes continuam a comer até mesmo de manhã?
17 Feliz és, ó terra, quando teu rei é filho de nobres e teus próprios príncipes comem no tempo devido para [ter] potência, não para somente beber.
18 Pela grande preguiça arria o vigamento, e pelo abaixamento das mãos a casa tem goteiras.
19 O pão*1 é para o riso dos trabalhadores, e o próprio vinho alegra a vida; mas o dinheiro*2 é o que encontra resposta em todas as coisas.
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20 Não invoques o mal sobre o próprio rei nem mesmo no teu quarto de dormir, e não invoques o mal sobre o rico nos quartos interiores, onde te deitas; pois uma criatura voadora dos céus transmitirá o som e o que tem asas contará o assunto.