Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Eclesiastes

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Eclesiastes, 8

1 Quem é igual ao sábio? E quem sabe a interpretação duma coisa? A sabedoria do próprio homem lhe faz brilhar a face, e até mesmo a severidade da sua face muda [para melhor].

2 Eu [digo:] “Guarda a própria ordem do rei, e isso de consideração para com o juramento de Deus.

3 Não te precipites, para que não saias de diante dele. Não fiques de pé numa coisa má. Pois fará tudo o que se agradar [de fazer],

4 porque a palavra do rei é o poder do controle; e quem lhe pode dizer: ‘Que estás fazendo?’”

5 Quem guarda o mandamento não ficará conhecendo nenhuma coisa calamitosa, e o coração sábio conhecerá tanto o tempo como o julgamento.

6 Pois para todo assunto há um tempo e um julgamento, visto que a calamidade da humanidade é abundante sobre eles.

7 Porque ninguém sabe o que virá a ser, pois quem pode informá-lo exatamente sobre como virá a ser?

8 Não há homem que tenha poder sobre o espírito*1 para reprimir o espírito; nem há poder de controle no dia da morte; nem há qualquer dispensa na guerra. E a iniqüidade não porá a salvo os que se entregam a ela.*2

  1. “Sobre o espírito (fôlego).” Hebr.: ba·rú·ahh; gr.: pneú·ma·ti.

  2. Lit.: “os donos dela”. Hebr.: be‛a·láv.

9 Tudo isto eu tenho visto, e houve um empenho*1 do meu coração em todo o trabalho que se tem feito debaixo do sol, [durante] o tempo em que homem tem dominado homem para seu prejuízo.

  1. “Houve um empenho.” No hebr., isto é um verbo no infinitivo absoluto, indefinido quanto ao tempo e impessoal.

10 Mas, embora isto seja assim, tenho visto os iníquos serem enterrados, como entraram e como se foram do próprio lugar santo, e foram esquecidos na cidade em que agiam assim. Também isto é vaidade.

11 Por não se ter executado prontamente a sentença contra um trabalho mau é que o coração dos filhos dos homens ficou neles plenamente determinado a fazer o mal.

12 Embora o pecador faça o mal cem vezes e continue por longo tempo conforme quiser, contudo, estou também apercebido de que resultará em bem para os que temem o [verdadeiro] Deus, porque têm tido temor dele.

13 Mas não resultará em nada de bom para o iníquo, nem prolongará ele os seus dias, que são como uma sombra, porque ele não tem temor de Deus.

14 Há uma vaidade que se realiza na terra, que há justos a quem acontece como que pelo trabalho dos iníquos e há iníquos a quem acontece como que pelo trabalho dos justos. Eu disse que também isto é vaidade.

15 E eu mesmo gabei a alegria, porque a humanidade*1 não tem nada melhor debaixo do sol do que comer, e beber, e alegrar-se, e que isto os acompanhe no seu trabalho árduo pelos dias da sua vida, que o [verdadeiro] Deus lhes deu debaixo do sol.

  1. Lit.: “porque o homem terreno”. Hebr.: la·’a·dhám.

16 De acordo com isto, empenhei meu coração em conhecer a sabedoria e em ver a ocupação em que se trabalha na terra, porque há um que não vê sono com os seus olhos, quer de dia quer de noite.

17 E eu vi todo o trabalho do [verdadeiro] Deus, que a humanidade não é capaz de descobrir o trabalho que se fez debaixo do sol; por mais que a humanidade trabalhe arduamente para procurar, ainda assim não [o] descobre. E mesmo que dissessem que são bastante sábios para saber, não seriam capazes de [o] descobrir.