Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Lucas
Lucas, 2
1 Ora, naqueles dias saiu um decreto da parte de César*1 Augusto, para que toda a terra habitada*2 se registrasse;
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2 (este primeiro registro ocorreu quando Quirino era governador da Síria;)
3 e todos viajaram para se registrarem, cada um na sua própria cidade.
4 José, naturalmente, subiu também da Galiléia, da cidade de Nazaré, e foi à Judéia, à cidade de Davi, que se chama Belém, por ser membro da casa e família de Davi,
5 a fim de ser registrado com Maria, que lhe fora dada em casamento, conforme prometido, nesta ocasião já em estado avançado de gravidez.
6 Enquanto estavam ali, completaram-se os dias para ela dar à luz.
7 E ela deu à luz o seu filho, o primogênito, e o enfaixou e deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles no alojamento.*1
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8 Havia também no mesmo país pastores vivendo ao ar livre*1 e mantendo de noite vigílias sobre os seus rebanhos.
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9 E, repentinamente estava parado ao lado deles o anjo de Jeová,*1 e a glória de Jeová*2 reluzia em volta deles, e ficaram muito temerosos.
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10 Mas o anjo disse-lhes: “Não temais, pois, eis que vos declaro boas novas duma grande alegria que todo o povo terá,
11 porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é*1 Cristo, [o] Senhor.*2
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12 E este é um sinal para vós: achareis uma criança enfaixada e deitada numa manjedoura.”
13 E, repentinamente houve com o anjo uma multidão do exército*1 celestial, louvando a Deus e dizendo:
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14 “Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.”*1
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15 Assim, quando os anjos se afastaram deles para o céu, os pastores começaram a dizer uns aos outros: “Vamos de todos os modos até Belém e vejamos esta coisa que ocorreu, que Jeová*1 nos fez saber.”
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16 E foram apressadamente e acharam Maria, bem como José, e a criança deitada na manjedoura.
17 Quando a viram, fizeram saber a declaração que se lhes fizera a respeito desta criancinha.
18 E todos os que ouviram [isso] maravilhavam-se com as coisas que os pastores lhes contavam;
19 Maria, porém começou a preservar todas essas declarações, tirando conclusões no seu coração.
20 Os pastores voltaram então, glorificando e louvando a Deus por todas as coisas que ouviram e viram, exatamente como se lhes dissera.
21 Então, quando se completaram os oito dias para que fosse circuncidado, deram-lhe também o nome de Jesus,*1 nome dado pelo anjo antes de ele ter sido concebido na madre.
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22 Completando-se também os dias para a purificação deles, segundo a lei de Moisés, trouxeram-no a Jerusalém para o apresentarem a Jeová,*1
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23 assim como está escrito na lei de Jeová:*1 “Todo macho que abre a madre tem de ser chamado santo para Jeová”,*2
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24 e para oferecer sacrifício segundo o que se diz na lei de Jeová:*1 “Um par de rolas ou dois pombos novos.”
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25 E, eis que havia em Jerusalém um homem de nome Simeão, e este homem era justo e reverente, esperando a consolação de Israel, e espírito santo estava sobre ele.
26 Ademais, fora-lhe divinamente revelado, pelo espírito santo, que não veria a morte antes de ter visto o Cristo de Jeová.*1
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27 Assim, sob o poder do espírito, ele veio ao templo; e quando os pais trouxeram para dentro o menino Jesus, a fim de fazerem para ele segundo a prática costumeira da lei,
28 foi ele mesmo quem o recebeu nos braços e bendisse a Deus, e disse:
29 “Agora, Soberano Senhor,*1 deixas o teu escravo ir livre em paz, segundo a tua declaração;
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30 porque os meus olhos viram o teu meio de salvar,
31 que aprontaste à vista de todos os povos,
32 uma luz para remover das nações o véu*1 e uma glória para o teu povo Israel.”
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33 E o pai e a mãe [do menino] admiravam-se das coisas que se falavam dele.
34 Simeão os abençoou também, mas disse a Maria, a mãe [do menino]: “Eis que este é posto para a queda e para o novo levantamento*1 de muitos em Israel, e para sinal contra que se fale
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35 (sim, uma longa espada traspassará a tua própria alma),*1 a fim de que sejam desvendados os raciocínios de muitos corações.”
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36 Havia também Ana, uma profetisa, filha de Fanuel, da tribo de Aser (esta mulher estava bem avançada em anos e tinha vivido com um marido por sete anos, desde a sua virgindade,
37 e ela era viúva, já com oitenta e quatro anos de idade), que nunca estava ausente do templo, prestando noite e dia serviço sagrado,*1 com jejuns e súplicas.
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38 E ela se aproximou naquela mesma hora e começou a dar graças a Deus*1 e a falar sobre *2 a todos os que aguardavam o livramento de Jerusalém.
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39 Tendo assim executado todas as coisas segundo a lei de Jeová,*1 voltaram à Galiléia, à sua própria cidade de Nazaré.
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40 E o menino continuava a crescer e a ficar forte, estando cheio de sabedoria, e o favor de Deus continuava com ele.
41 Ora, de ano em ano, seus pais costumavam ir a Jerusalém para a festividade da páscoa.
42 E quando ele atingiu os doze anos de idade, subiram segundo o costume da festividade
43 e completaram os dias. Mas, ao voltarem, o menino Jesus permaneceu em Jerusalém e seus pais não notaram isso.
44 Presumindo que ele estivesse na companhia dos que viajavam juntos, cobriram a distância de um dia e então começaram a ir em busca dele entre os parentes e conhecidos.
45 Mas, não o encontrando, voltaram a Jerusalém, indo diligentemente à procura dele.
46 Bem, depois de três dias, acharam-no no templo, sentado no meio dos instrutores, e escutando-os e interrogando-os.
47 Mas, todos os que o escutavam ficavam constantemente pasmados com o seu entendimento e suas respostas.
48 Ora, quando o viram, ficaram assombrados, e sua mãe disse-lhe: “Filho, por que nos tratas deste modo? Eis que teu pai e eu, em aflição mental, estivemos à tua procura.”
49 Mas ele lhes disse: “Por que tivestes de ir à minha procura? Não sabíeis que eu tenho de estar na [casa] de meu Pai?”
50 No entanto, não compreenderam a declaração que lhes fizera.
51 E ele desceu com eles e chegou a Nazaré, e continuou a estar-lhes sujeito. Sua mãe, também, guardava cuidadosamente todas essas declarações*1 no coração.
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52 E Jesus progredia em sabedoria e em desenvolvimento físico, e no favor de Deus e dos homens.