Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Lucas

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Lucas, 19

1 E ele entrou em Jericó e [a] estava atravessando.

2 Ora, havia ali um homem de nome Zaqueu, e ele era chefe de cobradores de impostos e era rico.

3 Bem, ele procurava ver quem era este Jesus, mas não podia, por causa da multidão, porque era de estatura pequena.

4 De modo que correu na frente a um lugar mais adiante e subiu num sicômoro-figueira,*1 a fim de vê-lo, porque estava para passar por ali.

  1. Ou “sicômoro”.

5 Chegando então Jesus ao lugar, olhou para cima e disse-lhe: “Zaqueu, apressa-te e desce, pois hoje tenho de ficar em tua casa.”

6 Com isso ele se apressou e desceu, e o recebeu com alegria como hóspede.

7 Mas, quando viram [isso], todos começaram a murmurar, dizendo: “Entrou para pousar com um homem que é pecador.”

8 Mas Zaqueu levantou-se e disse ao Senhor:*1 “Eis que a metade dos meus bens, Senhor, dou aos pobres, e o que for que eu extorqui de qualquer um por meio de acusação falsa, eu restituo quatro vezes mais.”

  1. Ou “Amo”.

9 A isto Jesus disse-lhe: “Neste dia entrou a salvação nesta casa, porque ele também é filho de Abraão.

10 Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido.”

11 Enquanto escutavam estas coisas, contou em adição uma ilustração, porque estava perto de Jerusalém e eles estavam imaginando que o reino de Deus ia apresentar-se instantaneamente.

12 Ele disse, portanto: “Certo homem de nobre estirpe viajou para um país distante, para assegurar-se poder régio*1 e voltar.

  1. Ou “assegurar-se um reino”.

13 Chamando dez escravos seus, deu-lhes dez minas*1 e disse-lhes: ‘Fazei negócios até eu voltar.’

  1. A mina gr. pesava 340 g; não era uma moeda, e era diferente da mina hebr.

14 Mas os seus cidadãos o odiavam e enviaram um corpo de embaixadores após ele, para dizer: ‘Não queremos que este [homem] se torne rei sobre nós.’

15 “Por fim, tendo ele voltado, depois de se assegurar o poder régio,*1 mandou convocar esses escravos a quem dera o dinheiro de prata, a fim de averiguar o que tinham ganho com a atividade comercial.

  1. Ou “reino”. Gr.: ba·si·leí·an; lat.: ré·gno.

16 Apresentou-se, então, o primeiro, dizendo: ‘Senhor,*1 a tua mina ganhou dez minas.’

  1. Ou “Amo”.

17 Ele lhe disse assim: ‘Muito bem, escravo bom! Porque te mostraste fiel num assunto muito pequeno, tem autoridade sobre dez cidades.’

18 Veio então o segundo, dizendo: ‘Tua mina, Senhor, produziu cinco minas.’

19 Disse também a este: ‘Tu também; toma conta de cinco cidades.’

20 Mas, veio um diferente,*1 dizendo: ‘Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num pano.

  1. Ou “outro”. Sys: “o último”.

21 Compreendes, eu tive temor de ti, visto que és homem rigoroso; apanhas o que não depositaste e ceifas o que não semeaste.’

22 Ele lhe disse: ‘Da tua própria boca te julgo, escravo iníquo. Sabias, não é verdade, que sou homem rigoroso, apanhando o que não depositei e ceifando o que não semeei?

23 Então, por que é que não puseste meu dinheiro de prata num banco? Assim, na minha chegada, eu o teria cobrado com juros.’

24 “Com isto disse aos que estavam parados ali: ‘Tirai dele a mina e dai-a ao que tem as dez minas.’

25 Mas eles lhe disseram: ‘Senhor, ele tem dez minas!’ —

26 ‘Eu vos digo: A todo aquele que tem, mais será dado; mas daquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado.

27 Ademais, trazei para cá estes inimigos meus que não quiseram que eu me tornasse rei sobre eles e abatei-os diante de mim.’”

28 Assim, depois de dizer estas coisas, começou a ir na frente, subindo para Jerusalém.

29 E quando chegou perto de Betfagé e Betânia, no monte chamado Monte das Oliveiras, enviou dois dos discípulos,

30 dizendo: “Ide à aldeia que está ao alcance de vossa vista, e dentro dela, assim que entrardes, achareis atado um jumentinho em quem ninguém da humanidade jamais montou. Soltai-o e trazei-mo.

31 Mas, se alguém vos perguntar: ‘Por que o soltais?’ tereis de falar deste modo: ‘O Senhor precisa dele.’”

32 Os enviados partiram então e acharam-no exatamente como lhes dissera.

33 Mas, ao soltarem o jumentinho, os donos dele disseram-lhes: “Por que soltais o jumentinho?”

34 Disseram: “O Senhor precisa dele.”

35 E conduziram-no a Jesus, e lançaram suas roupas exteriores sobre o jumentinho e Jesus se sentou [nele].

36 Enquanto ele avançava, espalhavam suas roupas exteriores na estrada.

37 Assim que chegou perto da estrada que desce do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos principiou a alegrar-se e a louvar a Deus com voz alta a respeito de todas as obras poderosas que tinham visto,

38 dizendo: “Bendito Aquele que vem como Rei em nome de Jeová!*1 Paz no céu e glória nos lugares mais altos!”*2

  1. Veja Ap. 1D.

  2. Ou “nas maiores alturas”.

39 No entanto, alguns dos fariseus dentre a multidão disseram-lhe: “Instrutor, censura os teus discípulos.”

40 Mas ele disse, em resposta: “Eu vos digo: Se estes permanecessem calados, as pedras clamariam.”

41 E quando chegou perto, contemplou a cidade e chorou sobre ela,

42 dizendo: “Se tu, sim tu, tivesses discernido neste dia as coisas que têm que ver com a paz — mas agora foram escondidas de teus olhos.

43 Porque virão sobre ti os dias em que os teus inimigos construirão em volta de ti uma fortificação de estacas pontiagudas e te cercarão, e te afligirão de todos os lados,

44 e despedaçarão contra o chão a ti e a teus filhos dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não discerniste o tempo de seres inspecionada.”

45 E entrou no templo e principiou a lançar fora os que vendiam,

46 dizendo-lhes: “Está escrito: ‘E a minha casa será casa de oração’, mas vós fizestes dela covil de salteadores.”

47 Outrossim, ia diariamente ensinar no templo. Mas os principais sacerdotes, e os escribas, e os principais do povo, estavam buscando destruí-lo;

48 contudo, não achavam um meio eficiente de o fazer, pois o povo todo se apegava a ele para o ouvir.