Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
1 Reis
1 Reis, 8
1 Naquele tempo Salomão passou a congregar os anciãos de Israel, todos os cabeças das tribos, os maiorais*1 dos pais, dos filhos de Israel, ao Rei Salomão em Jerusalém, para que fizessem a arca do pacto de Jeová subir da Cidade de Davi, isto é, Sião.
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2 De modo que todos os homens de Israel se congregaram ao Rei Salomão no mês lunar de etanim, na festividade, isto é, no sétimo mês.
3 Vieram, pois, todos os anciãos de Israel e os sacerdotes começaram a carregar a Arca.
4 E foram levar a arca de Jeová para cima, bem como a tenda de reunião e todos os utensílios sagrados que havia na tenda; e os sacerdotes e os levitas foram levá-los para cima.
5 E o Rei Salomão e com ele toda a assembléia de Israel, os que mantinham seu encontro com ele, estavam diante da Arca, fazendo sacrifícios de ovelhas e de gado vacum que não se podiam contar nem computar pela sua multidão.
6 Então os sacerdotes levaram a arca do pacto de Jeová para dentro, ao seu lugar, ao compartimento mais recôndito da casa, ao Santíssimo, debaixo das asas dos querubins.
7 Pois os querubins estendiam as suas asas sobre o lugar da Arca, de modo que os querubins abrigavam por cima a Arca e seus varais.
8 Mas os varais eram compridos, de modo que as pontas dos varais eram visíveis desde o Santo na frente do compartimento mais recôndito, mas não eram visíveis de fora. E ali continuam até o dia de hoje.
9 Não havia nada na Arca a não ser as duas tábuas de pedra*1 que Moisés tinha depositado ali em Horebe, quando Jeová fizera um pacto*2 com os filhos de Israel ao saírem da terra do Egito.
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10 E sucedeu que, quando os sacerdotes saíram do lugar santo, a própria nuvem encheu a casa de Jeová.
11 E os sacerdotes não puderam ficar de pé para fazer a sua ministração, por causa da nuvem, pois a glória de Jeová enchia a casa de Jeová.
12 Naquele tempo disse Salomão: “O próprio Jeová disse que ia residir em densas trevas.
13 Construí para ti com bom êxito uma casa de morada excelsa, um lugar estabelecido para nele morares por tempo indefinido.”*1
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14 Voltou então o rei a sua face e começou a abençoar toda a congregação de Israel enquanto toda a congregação*1 de Israel estava de pé.
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15 E ele prosseguiu, dizendo: “Bendito é Jeová, o Deus de Israel, que falou pela sua própria boca com Davi, meu pai, e que pela sua própria mão deu cumprimento, dizendo:
16 ‘Desde o dia em que fiz meu povo Israel sair do Egito não escolhi cidade dentre todas as tribos de Israel, a fim de construir uma casa para que o meu nome continuasse ali; mas escolherei a Davi para vir a estar sobre o meu povo Israel.’
17 E ficou achegado ao coração de Davi, meu pai, construir uma casa ao nome de Jeová, o Deus de Israel.
18 Mas Jeová disse a Davi, meu pai: ‘Visto que ficou achegado ao teu coração construir uma casa ao meu nome, fizeste bem, pois isso se mostrou achegado ao teu coração.
19 Apenas tu mesmo não construirás a casa, mas teu filho, que sai dos teus lombos, é quem construirá a casa ao meu nome.’
20 E Jeová passou a cumprir a sua palavra que falara, para que eu me levantasse em lugar de Davi, meu pai, e me sentasse no trono de Israel, assim como Jeová havia falado, e para que eu construísse a casa ao nome de Jeová, o Deus de Israel,
21 e para que eu estabelecesse ali um lugar para a Arca, onde está o pacto de Jeová, que ele concluiu com os nossos antepassados quando os fez sair da terra do Egito.”
22 E Salomão começou a ficar de pé diante do altar de Jeová, na frente de toda a congregação de Israel, e então estendeu as palmas das suas mãos para os céus;
23 e prosseguiu, dizendo: “Ó Jeová, Deus de Israel, não há Deus*1 igual a ti nos céus em cima, nem na terra embaixo, guardando o pacto e a benevolência*2 para com os teus servos que andam diante de ti de todo o seu coração,
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24 tu, que cumpriste para com o teu servo Davi, meu pai, aquilo que lhe prometeste, de modo que fizeste a promessa*1 com a tua própria boca e deste cumprimento com a tua própria mão, como no dia de hoje.
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25 E agora, ó Jeová, Deus de Israel, cumpre para com o teu servo Davi, meu pai, aquilo que lhe prometeste, dizendo: ‘Não se decepará diante de mim homem teu, [impedindo-o] de sentar-se no trono de Israel, se os teus filhos tão-somente cuidarem do seu caminho, andando diante de mim assim como tu andaste diante de mim.’
26 E agora, ó Deus de Israel,*1 por favor, mostre-se fidedigna a tua promessa*2 que fizeste ao teu servo Davi, meu pai.
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27 “Porém, morará Deus verdadeiramente na terra? Eis que os próprios céus, sim, o céu dos céus, não te podem conter; quanto menos, então, esta casa que construí!
28 E terás de virar-te para a oração do teu servo e para o seu pedido de favor, ó Jeová, meu Deus, para escutar o clamor suplicante e a oração com que teu servo hoje está orando diante de ti;
29 a fim de que os teus olhos se mostrem abertos para com esta casa noite e dia, para com o lugar de que disseste: ‘Ali mostrará estar o meu nome’, para escutar a oração com que teu servo ora em direção a este lugar.
30 E terás de escutar o pedido de favor da parte do teu servo e do teu povo Israel com que orarem em direção a este lugar; e que tu mesmo ouças no lugar em que moras, nos céus, e terás de ouvir e perdoar.
31 “Quando um homem pecar contra o seu próximo e realmente puser sobre ele uma maldição, para sujeitá-lo à maldição, e ele realmente vier [na] maldição perante o teu altar nesta casa,
32 então que tu mesmo ouças desde os céus, e terás de agir e julgar os teus servos, pronunciando iníquo ao iníquo por lançares o seu caminho sobre a sua própria cabeça, e declarando justo ao justo por lhe dares segundo a sua própria justiça.
33 “Quando o teu povo Israel for derrotado diante do inimigo, porque estiveram pecando contra ti, e eles deveras voltarem a ti e elogiarem o teu nome, e orarem e fizerem um pedido de favor em direção a ti, nesta casa,
34 então, que tu mesmo ouças desde os céus, e terás de perdoar o pecado do teu povo Israel e terás de trazê-los de volta ao solo que deste aos seus antepassados.
35 “Quando o céu estiver cerrado, de modo que não venha a haver chuva, porque estiveram pecando contra ti, e eles realmente orarem em direção a este lugar e elogiarem o teu nome, e recuarem do seu pecado, por tu os teres atribulado,
36 então que tu mesmo ouças desde os céus, e terás de perdoar o pecado dos teus servos, sim, do teu povo Israel, porque lhes ensinas o bom caminho em que devem andar; e terás de dar chuva sobre a tua terra que deste ao teu povo como propriedade hereditária.
37 “Caso ocorra uma fome no país, caso ocorra uma pestilência, caso venha a haver crestamento, bolor, gafanhotos, baratas; caso seu inimigo os sitie na terra dos seus portões*1 — qualquer tipo de praga, qualquer tipo de enfermidade —
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38 qualquer oração, qualquer pedido de favor que venha a haver da parte de qualquer homem [ou] de todo o teu povo Israel, por conhecerem, cada um, a praga do seu próprio coração, e eles realmente estenderem as palmas das suas mãos para esta casa,
39 então, que tu mesmo ouças desde os céus, teu lugar estabelecido de morada, e terás de perdoar e agir, e dar a cada um segundo todos os seus caminhos, porque conheces o seu coração (porque somente tu conheces bem o coração de todos os filhos da humanidade);*1
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40 a fim de que te temam todos os dias em que estiverem vivos sobre a face do solo que deste aos nossos antepassados.
41 “E também ao estrangeiro que não faz parte do teu povo Israel e que realmente vem duma terra distante por causa do teu nome,
42 (pois ouvirão [falar] do teu grande nome, e da tua forte mão, e do teu braço estendido,) e ele realmente vem e ora em direção a esta casa,
43 que tu mesmo ouças desde os céus, teu lugar estabelecido de morada, e terás de fazer segundo tudo aquilo pelo qual o estrangeiro te invocar; para que todos os povos da terra conheçam o teu nome para te temer assim como teu povo Israel faz, e a fim de que saibam que o teu próprio nome tem sido invocado sobre esta casa que construí.
44 “Caso teu povo saia à guerra contra os seus inimigos no caminho em que os envias e eles deveras orem a Jeová em direção à cidade que escolheste e à casa que construí ao teu nome,
45 então terás de ouvir desde os céus a sua oração e o seu pedido de favor, e terás de executar o julgamento para eles.
46 “Caso pequem contra ti, (pois não há homem que não peque,) e tenhas de irar-te com eles e entregá-los ao inimigo, e seus captores realmente os levem cativos à terra do inimigo, distante ou próxima;
47 e eles deveras voltem ao seu juízo*1 na terra à qual foram levados cativos, e realmente retornem e te façam um pedido de favor na terra dos seus captores, dizendo: ‘Pecamos e erramos, agimos iniquamente’;
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48 e eles deveras retornem a ti de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra dos seus inimigos que os levaram cativos, e deveras orem a ti em direção à sua terra que deste aos seus antepassados, à cidade que escolheste e à casa que construí ao teu nome;
49 então, desde os céus, teu lugar estabelecido de morada, terás de ouvir a sua oração e o seu pedido de favor, e terás de executar julgamento para eles,
50 e terás de perdoar ao teu povo que pecou contra ti, bem como todas as suas transgressões com que transgrediram contra ti; e terás de fazê-los objetos de misericórdia diante dos seus captores e estes terão de apiedar-se deles,
51 (porque são teu povo e tua herança, que fizeste sair do Egito, de dentro do forno de fundição de ferro,)
52 para que os teus olhos se mostrem abertos ao pedido de favor do teu servo e ao pedido de favor do teu povo Israel, escutando-os em tudo aquilo pelo qual te invocarem.
53 Pois, tu mesmo os separaste como a tua herança dentre todos os povos da terra, assim como falaste por intermédio de Moisés, teu servo, quando fizeste os nossos antepassados sair do Egito, ó Soberano Senhor Jeová.”
54 E sucedeu que, acabando Salomão de orar a Jeová com toda esta oração e pedido de favor, ele se levantou de diante do altar de Jeová, de estar de joelhos com as suas palmas estendidas para os céus;
55 e começou a ficar de pé e a abençoar toda a congregação*1 de Israel em alta voz, dizendo:
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56 “Bendito seja Jeová, que deu ao seu povo Israel um lugar de descanso segundo tudo o que prometeu. Não falhou nem uma única palavra de toda a sua boa promessa que ele fez*1 por intermédio de Moisés, seu servo.
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57 Mostre Jeová, nosso Deus, estar conosco assim como mostrou estar com os nossos antepassados. Que não nos deixe nem nos abandone,
58 a fim de inclinar nosso coração a si, para andar em todos os seus caminhos e para guardar seus mandamentos, e seus regulamentos, e suas decisões judiciais, que ele ordenou aos nossos antepassados.
59 E que estas palavras minhas, com as quais fiz o pedido de favor perante Jeová, mostrem estar sempre perto de Jeová, nosso Deus, de dia e de noite, para que ele execute o julgamento para o seu servo e o julgamento para o seu povo Israel, conforme necessário de dia em dia;
60 com o fim de que todos os povos da terra saibam que Jeová é o [verdadeiro] Deus. Não há outro.
61 E vosso coração tem de mostrar-se pleno para com Jeová, nosso Deus, andando nos seus regulamentos e guardando seus mandamentos como no dia de hoje.”
62 E o rei e todo o Israel com ele ofereciam um grande sacrifício perante Jeová.
63 E Salomão passou a oferecer os sacrifícios de participação em comum que tinha para oferecer a Jeová, vinte e duas mil cabeças de gado vacum e cento e vinte mil ovelhas, para que o rei e todos os filhos de Israel inaugurassem a casa de Jeová.
64 Naquele dia, o rei teve de santificar o centro do pátio que há diante da casa de Jeová, porque tinha de ofertar ali o sacrifício queimado e a oferta de cereais, e os pedaços gordos dos sacrifícios de participação em comum, pois o altar de cobre que havia diante de Jeová era pequeno demais para conter o sacrifício queimado e a oferta de cereais, bem como os pedaços gordos dos sacrifícios de participação em comum.
65 E Salomão passou a realizar a festividade naquele tempo, e com ele todo o Israel, uma grande congregação, desde a entrada de Hamate*1 para baixo até o vale da torrente do Egito, perante Jeová, nosso Deus,*2 por sete dias e mais sete dias, quatorze dias.
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66 E no oitavo dia mandou o povo embora; e eles começaram a abençoar o rei e a ir para os seus lares,*1 alegrando-se e sentindo-se contentes de coração por toda a bondade que Jeová havia feito a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo.
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