Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

2 Reis

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2 Reis, 18

1 E sucedeu, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, que se tornou rei Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá.

2 Veio a ter vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou por vinte e nove anos em Jerusalém. E o nome de sua mãe era Abi,*1 filha de Zacarias.

  1. “Abi” (abreviação de Abias), MVg; em 2Cr 29:1: “Abias”; gr.: Á·bou.

3 E ele fazia o que era direito aos olhos de Jeová, segundo tudo o que Davi, seu antepassado, tinha feito.

4 Foi ele quem removeu os altos e despedaçou as colunas sagradas, e decepou o poste sagrado, e esmiuçou a serpente de cobre que Moisés tinha feito; pois até aqueles dias os filhos de Israel tinham feito continuamente fumaça sacrificial a ela e costumava ser chamada de ídolo-serpente de cobre.*1

  1. Lit.: “ele (alguém) começou a chamá-la de Neustã”.

5 Foi em Jeová, o Deus de Israel, que ele confiou; e depois dele não se mostrou haver nenhum igual a ele entre todos os reis de Judá, mesmo aqueles que vieram a ser antes dele.

6 E ele se apegava a Jeová. Não se desviou de segui-lo, mas continuou a guardar os seus mandamentos, que Jeová tinha ordenado a Moisés.

7 E Jeová mostrou estar com ele. Para onde quer que saísse, agia com circunspeção; e ele passou a rebelar-se contra o rei da Assíria e não o serviu.

8 Foi ele quem golpeou os filisteus até Gaza, e também seus territórios, desde a torre dos vigias até a cidade fortificada.

9 E aconteceu no quarto ano do Rei Ezequias,*1 isto é, no sétimo ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, que Salmaneser, rei da Assíria, subiu contra Samaria e começou a sitiá-la.

  1. “Ezequias.” Hebr.: Hhiz·qi·yá·hu, como em 16:20.

10 E foram capturá-la ao fim de três anos; Samaria foi capturada no sexto ano de Ezequias, isto é, no nono ano de Oséias, rei de Israel.

11 O rei da Assíria levou depois Israel ao exílio na Assíria e os fez ficar em Hala e em Habor, junto ao rio Gozã, e nas cidades dos medos,

12 por causa do fato de que não tinham escutado a voz de Jeová, seu Deus, mas tinham persistido em infringir seu pacto, sim, tudo o que Moisés, servo de Jeová, ordenara. Não escutaram nem fizeram [isso].

13 E no décimo quarto ano do Rei Ezequias subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortificadas de Judá e passou a tomá-las.

14 Portanto, Ezequias, rei de Judá, mandou dizer ao rei da Assíria em Laquis: “Pequei. Recua de mim. O que for que me impuseres, eu carregarei.” Concordemente, o rei da Assíria impôs a Ezequias, rei de Judá, trezentos talentos*1 de prata e trinta talentos de ouro.

  1. Veja Ap. 8A.

15 Ezequias, portanto, deu toda a prata que se achava na casa de Jeová e nos tesouros da casa do rei.

16 Naquele tempo, Ezequias arrancou [o ouro] das portas do templo*1 de Jeová e das ombreiras que Ezequias, rei de Judá, tinha recoberto e [o] deu então ao rei da Assíria.

  1. “Templo de.” Hebr.: heh·khál; gr.: na·oú; lat.: tém·pli. Veja 20:18 n.; Mt 23:16 n.

17 E o rei da Assíria passou a enviar Tartã,*1 e Rabe-Saris,*2 e Rabsaqué,*3 de Laquis a Jerusalém, ao Rei Ezequias, com uma pesada força militar, para subirem e chegarem a Jerusalém. De modo que subiram e chegaram, e ficaram parados junto ao aqueduto do reservatório superior que está junto à estrada principal do campo do lavadeiro.

  1. Ou “o comandante”.

  2. Ou “o principal oficial da corte”.

  3. Ou “o copeiro-mor”.

18 E começaram a clamar ao rei, mas saiu a eles Eliaquim, filho de Hilquias,*1 que estava sobre os da casa, e Sebna, o secretário, e Joá, filho de Asafe, o cronista.

  1. Significando “Meu Quinhão É Jeová”. Hebr.: Hhil·qi·yá·hu.

19 Por conseguinte, Rabsaqué disse-lhes: “Por favor, dizei a Ezequias: ‘Assim disse o grande rei, o rei da Assíria: “Que confiança é essa em que te estribaste?

20 Disseste (mas é a palavra de lábios): ‘Há conselho e potência para a guerra.’ Agora, em quem confiaste de modo que te rebelaste contra mim?

21 Eis que confiaste agora no apoio desta cana esmagada, o Egito, a qual, se um homem se firmasse nela, certamente lhe penetraria na palma da mão e a furaria. Assim é Faraó, rei do Egito, para com todos os que confiam nele.

22 E caso me disserdes: ‘É em Jeová, nosso Deus, que pusemos a nossa confiança’, não é ele cujos altos e cujos altares Ezequias removeu, enquanto disse a Judá e a Jerusalém: ‘É diante deste altar em Jerusalém que vos deveis curvar’?”’

23 Agora, pois, por favor, faze uma aposta com o meu senhor, o rei da Assíria, e deixa-me dar-te dois mil cavalos [para ver] se tu, da tua parte, podes pôr neles cavaleiros.

24 Como, então, poderias fazer voltar atrás a face de um único governador dos menores servos de meu senhor, enquanto tu, da tua parte, confias no Egito quanto a carros e a cavaleiros?

25 Agora, acaso é sem autorização de Jeová que subi contra este lugar para o arruinar? O próprio Jeová me disse: ‘Sobe contra esta terra, e tens de arruiná-la.’”

26 Então Eliaquim, filho de Hilquias, e Sebna e Joá disseram a Rabsaqué: “Por favor, fala com os teus servos em sírio,*1 pois podemos escutar;*2 e não nos fales no idioma judaico,*3 aos ouvidos do povo que está sobre a muralha.”

  1. “Em sírio.” Ou “em aramaico”. Hebr.: ’Ara·míth; esta é a primeira ocorrência desta palavra. Veja Esd 4:7; Is 36:11; Da 2:4.

  2. Ou “entender”.

  3. “No idioma judaico.” Hebr.: Yehu·dhíth; esta é a primeira ocorrência desta palavra.

27 Rabsaqué, porém, lhes disse: “Acaso é a teu senhor e a ti que meu senhor me mandou falar estas palavras? Não é aos homens que estão sentados sobre a muralha, para que, junto convosco, comam o seu próprio excremento e bebam a sua própria urina?”

28 E Rabsaqué continuou de pé e a clamar em voz alta no idioma judaico; e prosseguiu, falando e dizendo: “Ouvi a palavra do grande rei, o rei da Assíria.

29 Assim disse o rei: ‘Não deixeis que Ezequias vos engane, porque não vos poderá livrar da minha mão.

30 E não vos faça Ezequias confiar em Jeová, dizendo: “Jeová, sem falta, nos livrará, e esta cidade não será entregue na mão do rei da Assíria.”

31 Não escuteis a Ezequias; pois assim disse o rei da Assíria: “Fazei uma capitulação a mim*1 e saí a mim, e coma cada um da sua própria videira e cada um da sua própria figueira, e beba cada um a água da sua própria cisterna,

  1. Lit.: “Fazei comigo uma bênção [isto é, aquilo que será uma bênção].”

32 até que eu venha e realmente vos leve a uma terra igual à vossa terra, uma terra de cereais e de vinho novo, uma terra de pão e de vinhedos, uma terra de oliveiras e de mel; e continuai a viver para que não morrais. E não escuteis a Ezequias, pois ele vos engoda, dizendo: ‘O próprio Jeová nos livrará.’

33 Livraram deveras os deuses das nações cada um a sua própria terra da mão do rei da Assíria?

34 Onde estão os deuses de Hamate e de Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim, de Hena e de Iva? Livraram eles a Samaria da minha mão?

35 Quais dentre todos os deuses dos países livraram a sua terra da minha mão, de modo que Jeová livre Jerusalém da minha mão?”’”

36 E o povo ficou calado e não lhe respondeu uma palavra, pois era mandamento do rei, dizendo: “Não lhe deveis responder.”

37 Mas Eliaquim, filho de Hilquias, que estava sobre os da casa, e Sebna, o secretário, e Joá, filho de Asafe, o cronista, chegaram a Ezequias com as suas roupas rasgadas e contaram-lhe as palavras de Rabsaqué.