Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Juízes

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Juízes, 7

1 Então Jerubaal, isto é, Gideão, se levantou cedo, bem como todo o povo que estava com ele, e foram acampar-se junto ao poço de Harode;*1 e o acampamento de Midiã ficava ao norte dele, junto ao morro de Moré, na baixada.

  1. Significando “Tremor”.

2 Jeová disse então a Gideão: “É demais o povo que está contigo para eu entregar Midiã na tua mão. Israel talvez se gabe contra mim, dizendo: ‘Foi a minha mão que me salvou.’

3 E agora, por favor, clama aos ouvidos do povo, dizendo: ‘Quem está com medo e treme? Retire-se ele.’” Gideão os pôs assim à prova.*1 Com isso se retiraram vinte e dois mil do povo e restaram dez mil.

  1. “Gideão os pôs assim à prova”, mediante uma correção; M: “e parta ele cedo do monte Gileade”. Alguns rezam aqui “Gilboa” em vez de “Gileade”.

4 Contudo, Jeová disse a Gideão: “Ainda há povo demais. Faze-os descer até a água para que eu os ponha ali à prova para ti. E tem de dar-se que aquele de quem eu disser: ‘Este irá contigo’, o tal irá contigo, mas todo aquele de quem eu disser: ‘Este não irá contigo’, o tal não irá junto.”

5 De modo que fez o povo descer à água. Jeová disse então a Gideão: “Todo aquele que beber da água lambendo com a língua assim como lambe o cão, a este porás à parte, também a todo aquele que se puser de joelhos para beber.”

6 E o número dos que bebiam lambendo com a sua mão à boca resultou ser trezentos homens. Quanto a todo o resto do povo, puseram-se de joelhos para beber água.

7 Jeová disse então a Gideão: “Por meio dos trezentos homens que beberam lambendo eu vos salvarei, e hei de entregar Midiã na tua mão. Quanto a todo o resto do povo, que cada um vá para o seu lugar.”

8 Tomaram, pois, as provisões do povo na mão,*1 bem como suas buzinas, e ele mandou embora a todos os homens de Israel, cada um para o seu lar;*2 e ele reteve trezentos homens. Quanto ao acampamento de Midiã, sucedia estar abaixo dele, na baixada.

  1. Possivelmente: “Tomou, pois, os jarros grandes para água, do povo, das mãos deste.”

  2. Lit.: “tendas”.

9 E aconteceu, durante aquela noite, que Jeová passou a dizer-lhe: “Levanta-te, desce sobre o acampamento, pois o entreguei na tua mão.

10 Mas, se tiveres medo de descer, desce ao acampamento com Pura, teu ajudante.*1

  1. Ou “moço; rapaz; menino”.

11 E tens de escutar o que se fala, e depois as tuas mãos certamente ficarão fortes e descerás com certeza sobre o acampamento.” Em vista disso, ele e Pura, seu ajudante, foram descer até à beirada dos que estavam em formação de batalha, que se achavam no acampamento.

12 Ora, Midiã e Amaleque, e todos os orientais, achavam-se estirados na baixada, tão numerosos como os gafanhotos; e seus camelos eram inúmeros, tão numerosos como os grãos de areia que há à beira do mar.

13 Gideão veio, pois, e eis que havia um homem contando um sonho ao seu companheiro, e ele dizia: “Eis um sonho que tive. E eis que havia um bolo redondo de pão de cevada rodando para dentro do acampamento de Midiã. Chegou então a uma tenda e bateu nela de modo que ela caiu, e virou-a de baixo para cima, e a tenda caiu rente ao chão.”

14 Nisto lhe respondeu seu companheiro e disse: “Isto não é senão a espada de Gideão, filho de Joás, homem de Israel. O [verdadeiro] Deus lhe entregou na mão a Midiã e a todo o acampamento.”

15 E sucedeu que, assim que Gideão ouviu a narração do sonho e a sua explicação, começou a adorar.*1 Depois retornou ao acampamento de Israel e disse: “Levantai-vos, pois Jeová vos entregou na mão o acampamento de Midiã.”

  1. Ou “a curvar-se (prostrar-se)”.

16 Dividiu então os trezentos homens em três companhias e pôs buzinas na mão de todos, bem como jarros grandes, vazios, e tochas dentro dos jarros grandes.

17 E ele foi dizer-lhes: “Deveis aprender por observar-me,*1 e assim deveis fazer. E quando eu tiver chegado à beirada do acampamento, então terá de dar-se que, conforme eu fizer, assim fareis vós.

  1. Lit.: “De mim deveis ver.”

18 Quando eu tiver tocado a buzina, eu e todos os que estiverem comigo, vós também tereis de tocar as buzinas, também vós, ao redor de todo o acampamento, e tereis de dizer: ‘De Jeová e de Gideão!’”

19 Então Gideão com os cem homens que estavam com ele chegou à beirada do acampamento, no começo da vigília média da noite. Acabaram de colocar-se as sentinelas. E eles passaram a tocar as buzinas, e espatifaram-se os jarros grandes para água que tinham nas mãos.

20 Nisto as três companhias tocaram as buzinas e destroçaram os jarros grandes, e foram segurar de novo as tochas com a mão esquerda e tinham na mão direita as buzinas para tocá-las, e começaram a clamar: “A espada de Jeová e de Gideão!”

21 Ao mesmo tempo ficaram parados, cada um no seu lugar, ao redor do acampamento, e o acampamento inteiro pôs-se a correr, e irrompeu em gritos e pôs-se em fuga.

22 E os trezentos continuaram a tocar as buzinas e Jeová passou a tornar a espada de cada um contra o outro, em todo o acampamento; e o acampamento continuou na sua fuga até Bete-Sita, de lá para Zererá,*1 até as cercanias de Abel-Meolá, junto a Tabate.

  1. Possivelmente a mesma que “Zaretã” em 1Rs 4:12; “Zereda”, em 20 mss. hebr.

23 No ínterim foram convocados os homens de Israel, desde Naftali e Aser, e todo o Manassés, e eles foram no encalço de Midiã.

24 E Gideão enviou mensageiros a toda a região montanhosa de Efraim, dizendo: “Descei ao encontro de Midiã e capturai na frente deles as águas até Bete-Bara e o Jordão.” Por isso foram convocados todos os homens de Efraim, e eles foram capturar as águas até Bete-Bara e o Jordão.

25 Capturaram também os dois príncipes de Midiã, a saber, Orebe e Zeebe; e passaram a matar Orebe na rocha de Orebe e mataram Zeebe junto ao tanque de vinho de Zeebe. E continuaram a perseguir a Midiã, e trouxeram a cabeça de Orebe e a de Zeebe a Gideão, na região do Jordão.*1

  1. Ou “na terra fronteiriça do Jordão”; ou: “na terra do Jordão”.