Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Juízes

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Juízes, 8

1 Disseram-lhe então os homens de Efraim: “Que coisa é esta que nos fizeste em não nos chamar quando fostes lutar contra Midiã?” E tentaram veementemente altercar com ele.

2 Por fim lhes disse ele: “O que fiz eu em comparação convosco? Não são as rebuscas de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer?

3 Foi na vossa mão que Deus*1 deu os príncipes de Midiã, Orebe e Zeebe, e o que pude eu fazer em comparação convosco?” Foi então que se acalmou seu espírito para com ele, quando ele falou esta palavra.

  1. “Deus”, MSy; TLXXVg: “Jeová”.

4 Finalmente, Gideão chegou ao Jordão, atravessando-o ele e os trezentos homens que estavam com ele, cansados, mas continuando a perseguição.

5 Mais tarde ele disse aos homens de Sucote: “Por favor, dai pães redondos ao povo que segue os meus passos, pois estão cansados e eu estou indo no encalço de Zeba e Zalmuna, reis de Midiã.”

6 Mas os príncipes de Sucote disseram: “Já tens na mão as palmas das mãos de Zeba e de Zalmuna, de maneira que se tenha de dar pão ao teu exército?”

7 A isso Gideão disse: “É por isso que, quando Jeová me der na mão a Zeba e a Zalmuna, hei de dar à vossa carne uma surra com os espinhos do ermo e com sarças.”*1

  1. Isto é, algo pungente; possivelmente trenós debulhadores.

8 E dali seguiu caminho para cima a Penuel e foi falar-lhes da mesma maneira, mas os homens de Penuel lhe responderam assim como os homens de Sucote haviam respondido.

9 Por isso ele disse também aos homens de Penuel: “Quando eu voltar em paz, demolirei esta torre.”

10 Ora, Zeba e Zalmuna estavam em Carcor e com eles os seus acampamentos, sendo de cerca de quinze mil todos os que sobraram de todo o acampamento dos orientais; e os já caídos foram cento e vinte mil homens que costumavam puxar da espada.

11 E Gideão continuou subindo pelo caminho dos que residem em tendas, ao oriente de Noba e de Jogbeá, e começou a golpear o acampamento enquanto o acampamento estava desprevenido.

12 Quando Zeba e Zalmuna se puseram em fuga, foi imediatamente no encalço deles e foi capturar os dois reis de Midiã, Zeba e Zalmuna; e pôs todo o acampamento a tremer.

13 E Gideão, filho de Joás, começou o seu regresso da guerra pelo passo que sobe a Heres.*1

  1. Ou “pela subida de Heres”.

14 No caminho capturou um moço dos homens de Sucote e fez indagações dele. De modo que este lhe deu por escrito os nomes dos príncipes de Sucote e dos seus anciãos, setenta e sete homens.

15 Com isso foi ter com os homens de Sucote e disse: “Eis Zeba e Zalmuna, a respeito dos quais me escarnecestes, dizendo: ‘Já tens na mão as palmas das mãos de Zeba e de Zalmuna, de maneira que se tenha de dar pão aos teus homens cansados?’”

16 Tomou então os anciãos da cidade, bem como espinhos do ermo e sarças, e com estes deu aos homens de Sucote uma severa lição.

17 E demoliu a torre de Penuel e passou a matar os homens da cidade.

18 Ele disse então a Zeba e a Zalmuna: “Que tipo de homens eram os que matastes em Tabor?” A isto disseram: “Como és tu, assim eram eles, cada um de porte como os filhos dum rei.”

19 A isto ele disse: “Eram os meus irmãos, filhos da minha mãe. Por Jeová que vive, se os tivésseis preservado vivos, eu não vos teria de matar.”

20 Então ele disse a Jeter, seu primogênito: “Levanta-te, mata-os.” E o moço não puxou da espada, porque teve medo, pois era ainda moço.

21 De modo que Zeba e Zalmuna disseram: “Levanta-te tu e ataca-nos; pois, qual o homem, tal a sua potência.” Por conseguinte, Gideão se levantou e matou a Zeba e a Zalmuna, e tomou os ornamentos em forma de lua que havia nos pescoços dos seus camelos.

22 Mais tarde, os homens de Israel disseram a Gideão: “Domina sobre nós, tanto tu como teu filho, e teu neto, pois nos salvaste da mão de Midiã.”

23 Gideão, porém, lhes disse: “Eu é que não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós. Jeová é quem dominará sobre vós.”

24 E Gideão prosseguiu, dizendo-lhes: “Deixai-me fazer-vos um pedido: Dai-me, cada um de vós, do seu despojo, a argola para as narinas.” (Pois tinham argolas de ouro para as narinas, visto que eram ismaelitas.)

25 Disseram então: “Por certo as daremos.” Com isso estenderam uma capa e foram lançar nela do seu despojo, cada um, a argola para as narinas.

26 E o peso das argolas de ouro para as narinas, que ele tinha pedido, ascendeu a mil e setecentos siclos*1 de ouro, além dos ornamentos em forma de lua, e dos pingentes, e das roupas de lã tingida de roxo que os reis de Midiã usavam, e além dos colares que havia nos pescoços dos camelos.

  1. “Siclos”, LXXAVg; MLXXBSy omitem isso. Veja Ap. 8A.

27 E Gideão passou a fazer disso um éfode e a expô-lo na sua cidade de Ofra; e todo o Israel começou ali a ter relações imorais com este,*1 de modo que serviu de laço para Gideão e para a sua casa.

  1. Ou “começou a cometer fornicação (imoralidade) com este”.

28 Assim foi subjugado Midiã diante dos filhos de Israel, e não levantaram mais a sua cabeça; e, nos dias de Gideão, o país teve sossego por quarenta anos.

29 E Jerubaal, filho de Joás, seguiu seu caminho e continuou a morar na sua casa.

30 E Gideão veio a ter setenta filhos que procederam da parte de cima da sua coxa, pois veio a ter muitas esposas.

31 Quanto à sua concubina que estava em Siquém, ela também lhe deu à luz um filho. Portanto, ele o chamou de Abimeleque.

32 Por fim morreu Gideão, filho de Joás, numa boa velhice, e foi enterrado na sepultura de Joás, seu pai, em Ofra dos abiezritas.

33 E aconteceu que, assim que Gideão havia morrido, os filhos de Israel tornaram a ter novamente*1 relações imorais com os Baalins, de modo que designaram a Baal-Berite como seu deus.*2

  1. Lit.: “os filhos de Israel passaram a voltar atrás e a ter”.

  2. “Como . . . deus.” Hebr.: le’·lo·hím; gr.: the·ón; lat.: dé·um; LXXVg entenderam estar ’elo·hím no pl. para denotar excelência, e por isso o verteram no sing.

34 E os filhos de Israel não se lembraram de Jeová, seu Deus, que os havia livrado da mão de todos os seus inimigos ao redor;

35 e não usaram de benevolência*1 para com os da casa de Jerubaal, Gideão, em troca de toda a bondade de que usara para com Israel.

  1. Ou “amor leal”.