Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Mateus

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

Mateus, 9

1 Entrando então no barco, passou para a outra margem e entrou na sua própria cidade.

2 E eis que lhe trouxeram um homem paralítico, deitado numa cama. Vendo a fé que tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho! Teus pecados estão perdoados.”

3 E eis que certos escribas disseram para si mesmos: “Este blasfema.”

4 E Jesus, sabendo os seus pensamentos, disse: “Por que imaginais coisas iníquas nos vossos corações?

5 Por exemplo, o que é mais fácil, dizer: Teus pecados estão perdoados, ou dizer: Levanta-te e anda?

6 No entanto, a fim de que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados —”, ele disse então ao paralítico: “Levanta-te, apanha a tua cama e vai para casa.”

7 E ele se levantou e foi para casa.

8 As multidões, ao verem isso, ficaram com medo e glorificaram a Deus, que concedera tal autoridade a homens.

9 A seguir, passando dali para diante, Jesus avistou um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: “Sê meu seguidor.” Em conseqüência disso, este se levantou e o seguiu.

10 Mais tarde, enquanto estava recostado à mesa, na casa, eis que vieram muitos cobradores de impostos e pecadores, e começaram a recostar-se com Jesus e seus discípulos.

11 Vendo isso, porém, os fariseus começaram a dizer aos discípulos dele: “Por que é que o vosso instrutor come com os cobradores de impostos e os pecadores?”

12 Ouvindo-os, ele disse: “As pessoas com saúde não precisam de médico, mas sim os enfermos.

13 Ide, pois, e aprendei o que significa: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício.’ Pois eu não vim chamar os que são justos, mas pecadores.”

14 Vieram então a ele os discípulos de João e perguntaram-lhe: “Por que é que nós e os fariseus praticamos o jejum, mas os teus discípulos não jejuam?”

15 A isto, Jesus lhes disse: “Será que os amigos do noivo*1 têm razão para prantear enquanto o noivo está com eles? Mas, virão dias em que o noivo lhes será tirado, e então jejuarão.

  1. Lit.: “os filhos da câmara nupcial”, isto é, os convidados ao casamento.

16 Ninguém costura um remendo de pano não pré-encolhido numa velha roupa exterior; pois a sua plena força o arrancaria da roupa exterior e o rasgão ficaria pior.

17 Tampouco se põe vinho novo em odres velhos; mas, caso o façam, então os odres rebentarão e o vinho se derramará, e os odres ficarão arruinados. Mas, põe-se vinho novo em odres novos, e ambas as coisas ficam preservadas.”

18 Enquanto lhes dizia estas coisas, eis que certo governante, que se havia aproximado, começou a prestar-lhe homenagem, dizendo: “Minha filha, agora, já deve estar morta; mas vem e põe a tua mão sobre ela, e passará a viver.”

19 Jesus, levantando-se, começou a segui-lo; e o mesmo fizeram os seus discípulos.

20 E eis que uma mulher, que já por doze anos padecia dum fluxo de sangue, veio por detrás e tocou na orla*1 de sua roupa exterior;

  1. Ou “bainha; borla”.

21 pois dizia para si mesma: “Se eu apenas tocar na sua roupa exterior, ficarei boa.”*1

  1. Ou “serei salva”.

22 Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: “Coragem, filha! A tua fé te fez ficar boa.”*1 E, daquela hora em diante, a mulher ficou boa.

  1. Ou “te salvou”.

23 Chegando então à casa do governante e avistando os flautistas e a multidão em confusão barulhenta,

24 Jesus começou a dizer: “Retirai-vos daqui, pois a menina não morreu, mas está dormindo.” Eles, porém, começaram a rir-se dele desdenhosamente.

25 Assim que a multidão tinha sido mandada para fora, ele entrou e pegou na mão da menina, e ela se levantou.

26 Naturalmente, a notícia disso espalhou-se por toda aquela região.

27 Enquanto Jesus passava adiante, seguiam-no dois cegos, clamando e dizendo: “Tem misericórdia de nós, Filho de Davi.”

28 Tendo ele entrado na casa, dirigiram-se a ele os cegos e Jesus perguntou-lhes: “Tendes fé que eu possa fazer isso?” Responderam-lhe: “Sim, Senhor.”

29 Então tocou nos olhos deles, dizendo: “Aconteça-vos segundo a vossa fé.”

30 E os olhos deles receberam visão. Ainda mais, Jesus advertiu-os severamente, dizendo: “Cuidai de que ninguém venha a saber disso.”

31 Mas eles, uma vez fora, tornaram isso público a respeito dele, em toda aquela região.

32 Ora, enquanto estes saíam, eis que lhe trouxeram um homem mudo, possesso dum demônio;

33 e, tendo sido expulso o demônio, o mudo falou. Bem, as multidões ficaram pasmadas e disseram: “Nunca se viu nada igual em Israel.”

34 Mas os fariseus começaram a dizer: “É pelo governante dos demônios que ele expulsa os demônios.”

35 E Jesus empreendeu uma viagem por todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles e pregando*1 as boas novas do reino, e curando toda sorte de moléstias e toda sorte de padecimentos.

  1. Ou “proclamando”. Gr.: ke·rýs·son; lat.: praé·di·cans.

36 Vendo as multidões, sentia compaixão delas, porque andavam esfoladas*1 e empurradas dum lado para outro como ovelhas sem pastor.

  1. Ou “atormentadas; molestadas”.

37 Ele disse então aos seus discípulos: “Sim, a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos.

38 Por isso, rogai ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita.”