Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Números

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Números, 11

1 Então, o povo tornou-se como homens que têm algo de mau a queixar-se aos ouvidos de Jeová. Quando Jeová chegou a ouvir isso, então se acendeu a sua ira, e um fogo da parte de Jeová começou a arder contra eles e a consumir a alguns na extremidade do acampamento.

2 Quando o povo começou a clamar a Moisés, então ele fez rogos a Jeová, e o fogo baixou.

3 E aquele lugar chegou a ser chamado*1 pelo nome de Taberá,*2 porque um fogo da parte de Jeová havia ardido contra eles.

  1. Lit.: “E ele passou a chamar o nome daquele lugar.”

  2. Significando “Queima; Conflagração; Incêndio”.

4 E a multidão mista*1 que havia no seu meio expressou almejos egoístas, e também os filhos de Israel começaram a chorar novamente e a dizer: “Quem nos dará carne para comer?

  1. Ou “a aglomeração [de gente]; a ralé”.

5 Como nos lembramos dos peixes que costumávamos comer de graça no Egito, dos pepinos e das melancias, e dos alhos-porros, e das cebolas, e do alho!

6 Mas agora a nossa alma está ressequida. Nossos olhos não vêem nada senão o maná.”

7 Incidentalmente, o maná era como semente de coentro e seu aspecto*1 era como o aspecto de bdélio.

  1. Ou “cor”.

8 O povo se espalhava e o apanhava, e moía-o em moinhos manuais ou pilava-o num gral, e cozinhavam-no em caçarolas ou faziam dele bolos redondos, e seu sabor era semelhante ao sabor dum bolo doce com azeite.

9 E descendo o orvalho sobre o acampamento durante a noite, descia sobre ele o maná.

10 E Moisés chegou a ouvir o povo chorando nas suas famílias, cada homem à entrada da sua tenda. E começou a acender-se grandemente a ira de Jeová, e era mau aos olhos de Moisés.

11 Moisés disse então a Jeová: “Por que causaste o mal ao teu servo*1 e por que não achei favor aos teus olhos, pondo sobre mim a carga de todo este povo?

  1. Ou “escravo”.

12 Fui eu quem concebeu todo este povo? Fui eu quem os deu à luz, de modo que me digas: ‘Carrega-os ao teu colo, assim como o aio carrega a criança de peito’, para o solo que juraste aos seus antepassados?

13 Onde é que tenho carne para dar a todo este povo? Pois persistem em chorar diante de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne, e comamos!’

14 Não posso, por mim mesmo, carregar todo este povo, porque são pesados demais para mim.

15 Portanto, se é assim que fazes comigo, por favor, mata-me*1 então de vez, se eu tiver achado favor aos teus olhos, e não me deixes olhar para a minha calamidade.”*2

  1. “Mata-me.” Lit.: “para matar-me”. No hebr., este verbo está no infinitivo construto, mas alguns o lêem como imperativo.

  2. “Para a minha calamidade”, corrigido pelos soferins para rezar assim, em vez de “para a tua calamidade”. Esta é uma das Dezoito Emendas dos soferins. Veja Ap. 2B.

16 Jeová, por sua vez, disse a Moisés: “Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, dos quais deveras sabes que são anciãos do povo e oficiais deles, e tens de levá-los à tenda de reunião e eles têm de postar-se ali contigo.

17 E eu terei de descer e falar contigo ali; e terei de tirar um pouco do espírito que há sobre ti e colocá-lo sobre eles, e terão de ajudar-te a levar a carga do povo, para que tu mesmo não a leves sozinho.

18 E deves dizer ao povo: ‘Santificai-vos para amanhã, visto que certamente comereis carne, porque chorastes aos ouvidos de Jeová, dizendo: “Quem nos dará carne para comer, pois ia-nos bem no Egito?” E Jeová certamente vos dará carne e deveras comereis.

19 Comereis, não um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias,

20 mas até um mês de dias, até que saia das vossas narinas e fiqueis com aversão dela, só porque rejeitastes a Jeová, que está no vosso meio, e fostes chorar diante dele, dizendo: “Por que é que saímos do Egito?”’”

21 Moisés disse então: “O povo no meio do qual estou são seiscentos mil homens a pé, e ainda assim tu — tu disseste: ‘Dar-lhes-ei carne, e certamente comerão por um mês de dias’!

22 Abater-se-ão para eles rebanhos e manadas, a fim de que seja suficiente para eles? Ou apanhar-se-ão para eles todos os peixes do mar, a fim de que seja suficiente para eles?”

23 A isso Jeová disse a Moisés: “Será que a mão de Jeová é encurtada? Agora verás se vem ou não [vem] sobre ti o que eu digo.”

24 Após isso, Moisés saiu e falou ao povo as palavras de Jeová. E foi ajuntar setenta homens dos anciãos do povo e passou a fazê-los ficar de pé em volta da tenda.

25 Jeová desceu então numa nuvem e falou com ele, e tirou um pouco do espírito que havia sobre ele e o pôs sobre cada um dos setenta anciãos.*1 E sucedeu que assim que o espírito pousou sobre eles, passaram então a proceder como profetas; mas não o fizeram outra vez.*2

  1. “Dos . . . anciãos.” Hebr.: haz·zeqe·ním; gr.: pre·sby·té·rous. Veja At 15:2 n.

  2. “Mas não o fizeram outra vez”, MLXXSy; com sinais vocálicos diferentes no verbo hebr., de acordo com TJ,OVg: “e não pararam”.

26 Ora, havia dois dos homens que tinham ficado no acampamento. O nome de um era Eldade e o nome do outro era Medade. E o espírito começou a pousar sobre eles, visto que se achavam entre os anotados, mas não tinham saído até a tenda. De modo que passaram a proceder como profetas no acampamento.

27 E um jovem foi correndo e o comunicou a Moisés, dizendo: “Eldade e Medade estão procedendo como profetas no acampamento!”

28 Então Josué,*1 filho de Num, ministro de Moisés desde a sua idade viril, respondeu e disse: “Meu senhor Moisés, reprime-os!”

  1. “Josué.” Hebr.: Yehoh·shú·a‛, “Jeosué”. Veja Êx 17:9 n.

29 No entanto, Moisés disse-lhe: “Tens ciúmes em meu lugar? Não; quisera eu*1 que todo o povo de Jeová fosse profeta, porque Jeová poria seu espírito*2 sobre eles!”

  1. Lit.: “E quem dará?”

  2. “Seu espírito.” Hebr.: ru·hhóh; gr.: pneú·ma; lat.: spí·ri·tum.

30 Mais tarde, Moisés se retirou para o acampamento, ele e os anciãos de Israel.

31 E levantou-se um vento*1 da parte de Jeová e começou a impelir codornizes desde o mar e a deixá-las cair sobre o acampamento, cerca de um dia de jornada deste lado e cerca de um dia de jornada daquele lado, em volta do acampamento, e por cerca de dois côvados acima da superfície da terra.*2

  1. “E . . . um vento.” Hebr.: werú·ahh; gr.: pneú·ma; lat.: vén·tus. Veja v. 29 n.: “espírito”; Gên 8:1 n.

  2. “Todo em volta do acampamento, a cerca de dois côvados da terra”, LXX; Vg: “todo em volta do acampamento, e voavam no ar numa altitude de dois côvados acima da terra”. Um côvado equivalia a 44,5 cm.

32 O povo levantou-se então todo aquele dia e toda a noite, e todo o dia seguinte, e foram recolher as codornizes. Quem recolhia menos ajuntou dez ômeres,*1 e estendiam-nas para si por toda a parte,*2 em volta do acampamento.

  1. Um ômer equivalia a 220 l.

  2. “Haviam aquecido para si fornos”, LXXThºmsºn; Vg: “haviam-nos secado”.

33 A carne estava ainda entre os seus dentes, antes que pudesse ser mastigada, quando se acendeu a ira de Jeová contra o povo e Jeová começou a atingir o povo com uma matança muito grande.

34 Aquele lugar veio a ser chamado pelo nome de Quibrote-Ataavá,*1 porque ali enterraram o povo que mostrou ter almejo egoísta.

  1. Significando “Sepulturas do Almejo”.

35 De Quibrote-Ataavá o povo partiu para Hazerote, e ficaram em Hazerote.