Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

2 Crônicas

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2 Crônicas, 20

1 E depois sucedeu que os filhos de Moabe e os filhos de Amom, e com eles alguns dos amonins*1 vieram contra Jeosafá em guerra.

  1. Lit.: “dentre os amonins”. Hebr.: me·ha·‛Am·moh·ním; mediante uma transposição de letras no M; “dos meunins; meunitas”; LXX: “dos minaianos”; Vgc: “dos amonitas”.

2 Vieram então pessoas e informaram Jeosafá, dizendo: “Veio contra ti uma grande massa de gente da região do mar,*1 de Edom;*2 e eis que estão em Hazazom-Tamar, isto é, En-Gedi.”

  1. Isto é, o Mar Morto.

  2. “De Edom”, um ms. hebr.; hebr.: me·’Arám, “da Síria”; gr.: Sy·rí·as; lat.: Sý·ri·a; Sy: “do Mar Vermelho”.

3 Então Jeosafá ficou com medo e pôs a sua face a buscar a Jeová. Proclamou, pois, um jejum para todo o Judá.

4 Finalmente se reuniram os de Judá para consultar a Jeová. Mesmo de todas as cidades de Judá vieram consultar a Jeová.

5 Jeosafá pôs-se então de pé na congregação*1 de Judá e de Jerusalém, na casa de Jeová, diante do pátio novo,

  1. “Na congregação de.” Hebr.: biq·hál; gr.: ek·kle·sí·ai.

6 e passou a dizer: “Ó Jeová, Deus de nossos antepassados, acaso não és Deus nos céus e não dominas sobre todos os reinos das nações, e não há na tua mão poder e potência, não havendo quem se mantenha firme contra ti?

7 Não foste tu, ó Deus nosso, quem desalojaste os habitantes desta terra de diante do teu povo Israel e então a deste à descendência de Abraão, aquele que te amou,*1 por tempo indefinido?

  1. Ou “teu amigo”. Lat.: a·mí·ci.

8 E passaram a morar nela e passaram a construir-te nela um santuário ao teu nome, dizendo:

9 ‘Se vier sobre nós calamidade, espada, julgamento adverso, ou pestilência ou fome, fiquemos de pé diante desta casa e diante de ti (pois o teu nome está nesta casa) para clamar a ti por socorro na nossa aflição, e que tu ouças e salves.’

10 E agora, eis os filhos de Amom e de Moabe, e [os] da região montanhosa de Seir, que não deixaste Israel invadir quando saíam da terra do Egito, mas se desviaram deles e não os aniquilaram,

11 sim, eis que nos recompensam por chegarem para nos expulsar da nossa posse que nos fizeste possuir.

12 Ó nosso Deus, não executarás neles o julgamento? Porque não há em nós poder diante desta grande massa de gente que vem contra nós; e nós mesmos não sabemos o que devemos fazer, mas os nossos olhos se fixam em ti.”

13 No ínterim, todos os de Judá estavam de pé diante de Jeová, mesmo os seus pequeninos, suas esposas e seus filhos.

14 Ora, quanto a Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita dos filhos de Asafe, veio sobre ele o espírito de Jeová no meio da congregação.

15 Portanto ele disse: “Prestai atenção, todo o Judá e vós habitantes de Jerusalém, e Rei Jeosafá! Assim vos disse Jeová: ‘Não tenhais medo nem fiqueis aterrorizados por causa desta grande massa de gente; pois a batalha não é vossa, mas de Deus.

16 Descei amanhã contra eles. Eis que estão subindo pelo passo de Ziz; e certamente os encontrareis no fim do vale da torrente, defronte do ermo de Jeruel.

17 Não tereis de lutar neste caso. Tomai a vossa posição, ficai parados e vede a salvação da parte de Jeová a vosso favor. Ó Judá e Jerusalém, não tenhais medo nem fiqueis aterrorizados. Saí amanhã contra*1 eles e Jeová será convosco.’”

  1. Ou “diante”. Veja Gên 10:9 n.: “em oposição a”.

18 Jeosafá inclinou-se imediatamente com o rosto por terra, e todo o Judá e os próprios habitantes de Jerusalém lançaram-se de bruços diante de Jeová para prestar homenagem a Jeová.

19 Então se levantaram os levitas dos filhos dos coatitas e dos filhos dos coraítas para louvar a Jeová, o Deus de Israel, com voz extraordinariamente alta.

20 E passaram a levantar-se de manhã cedo e a sair ao ermo de Tecoa. E ao saírem, Jeosafá pôs-se de pé e então disse: “Ouvi-me, ó Judá e vós habitantes de Jerusalém! Tende fé em Jeová, vosso Deus, para que mostreis ser de longa duração. Tende fé nos seus profetas e mostrai-vos assim bem sucedidos.”

21 Ademais, aconselhou-se com o povo e colocou em posição cantores para Jeová e os que ofereciam louvor em santo adorno, os quais saíam na frente dos homens armados e diziam: “Louvai a Jeová, pois a sua benevolência*1 é por tempo indefinido.”

  1. Ou “amor leal”.

22 No tempo em que principiaram a clamar alegremente e a dar louvor, Jeová colocou homens de emboscada contra os filhos de Amom, de Moabe e da região montanhosa de Seir, que estavam entrando em Judá, e eles se feriram mutuamente.

23 E os filhos de Amom e de Moabe puseram-se de pé contra os habitantes da região montanhosa de Seir para devotá-los à destruição e para aniquilá-los; e assim que acabaram com os habitantes de Seir, ajudaram a arruinar cada um ao seu próprio próximo.

24 Quanto a Judá, porém, chegou à torre de vigia do ermo. Quando viraram as faces para a massa de gente, ora, eis que ali estavam, seus cadáveres caídos por terra sem que alguém tivesse escapado.

25 De modo que Jeosafá e seu povo vieram para saquear deles o despojo, e foram achar entre eles uma abundância de bens, e de roupas,*1 e de objetos desejáveis; e foram tirá-los para si até que não podiam carregar mais. E veio a ser três dias que saquearam o despojo, porque era abundante.

  1. “Roupas”, Vg e sete mss. hebr.; M: “cadáveres”.

26 E no quarto dia congregaram-se na baixada de Beraca, pois ali bendisseram a Jeová. É por isso que chamaram aquele lugar pelo nome de Baixada de Beraca*1 — até o dia de hoje.

  1. Significando “Bênção”.

27 Então retornaram todos os homens de Judá e de Jerusalém, com Jeosafá à sua cabeça, voltando a Jerusalém com alegria, pois Jeová os fizera alegrar-se sobre os seus inimigos.

28 Chegaram assim a Jerusalém com instrumentos de cordas, e com harpas, e com trombetas à casa de Jeová.

29 E o pavor de Deus veio a estar sobre todos os reinos dos países quando ouviram que Jeová lutara contra os inimigos de Israel.

30 Assim o domínio real de Jeosafá teve sossego e seu Deus continuou a dar-lhe descanso em todo o redor.

31 E Jeosafá continuou reinando sobre Judá. Tinha trinta e cinco anos de idade quando começou a reinar e reinou por vinte e cinco anos em Jerusalém. E o nome de sua mãe era Azuba, filha de Sili.

32 E ele andava no caminho de seu pai Asa e não se desviou dele, fazendo o que era direito aos olhos de Jeová.

33 Apenas os altos é que não desapareceram; e o próprio povo não preparara ainda seu coração para o Deus de seus antepassados.

34 Quanto ao resto dos assuntos de Jeosafá, os primeiros e os últimos, eis que estão escritos entre as palavras de Jeú, filho de Hanani, que foram incluídas no Livro dos Reis de Israel.

35 E depois, Jeosafá, rei de Judá, fez sociedade com Acazias, rei de Israel, o qual agiu de modo iníquo.

36 Assim, fez dele seu sócio para fazerem navios, para que fossem a Társis, e fizeram navios em Eziom-Géber.

37 No entanto, Eliézer, filho de Dodavaú, de Maressa, falou profeticamente contra Jeosafá, dizendo: “Visto que te associaste a Acazias, Jeová certamente derrocará os teus trabalhos.” Por conseguinte, os navios sofreram naufrágio e não retiveram força para ir a Társis.