Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Deuteronômio
Deuteronômio, 32
1 “Dai ouvidos, ó céus, e fale eu; E ouça a terra as declarações da minha boca.
2 Meu ensinamento gotejará como a chuva, Minha declaração pingará como o orvalho, Como chuvas suaves sobre a relva, E como chuvas copiosas sobre a vegetação.
3 Pois declararei o nome de Jeová.*1 Atribuí deveras grandeza ao nosso Deus!
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4 A Rocha, perfeita é a sua atuação,*1 Pois todos os seus caminhos são justiça. Deus*2 de fidelidade e sem injustiça; Justo e reto é ele.
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5 Agiram*1 ruinosamente da sua parte;*2 Não são seus filhos, o defeito é deles.*3 Geração pervertida e deturpada!
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6 É a Jeová*1 que persistis em fazer assim, Ó povo estúpido e nada sábio? Não é ele teu Pai que te produziu, Aquele que te fez e passou a dar-te estabilidade?
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7 Lembra-te dos dias da antiguidade, Considerai os anos atrás, de geração a geração; Pergunta a teu pai, e ele te poderá contar; A teus homens idosos, e eles to poderão dizer.
8 Quando o Altíssimo deu às nações uma herança,*1 Quando separou uns dos outros os filhos de Adão,*2 Passou a fixar o termo dos povos Com respeito ao número dos filhos de Israel.
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9 Pois o quinhão de Jeová é*1 seu povo; Jacó é o lote que ele herda.
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10 Veio a achá-lo numa terra erma E num deserto vago,*1 uivante. Começou a cercá-lo, a tomar conta dele, Para resguardá-lo como a menina de seu olho.
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11 Assim como a águia remexe seu ninho, Paira sobre os seus filhotes, Estende as suas asas, toma-os, Carrega-os nas suas plumas,
12 Somente Jeová o guiava, E não havia deus*1 estrangeiro com ele.
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13 Fazia-o cavalgar sobre os altos da terra, De modo que comia*1 os produtos do campo. E fazia-o sugar mel dum rochedo E azeite duma rocha de pederneira;
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14 Manteiga*1 da manada e leite do rebanho, Junto com a gordura de carneiros, E cordeiros, a raça de Basã, e cabritos, Junto com a gordura de rins do trigo; E bebias o sangue da uva como vinho.*2
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15 Quando Jesurum*1 começou a engordar, então deu coice.*2 Engordaste, engrossaste, ficaste empanturrado. De modo que abandonou a Deus,*3 que o fez, E desprezou a Rocha*4 da sua salvação.
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16 Com deuses estranhos começaram a provocá-lo ao ciúme; Ofendiam-no com coisas detestáveis.
17 Foram oferecer sacrifícios a demônios,*1 não a Deus,*2 A deuses*3 que não conheciam, Novos, que entraram recentemente, Com os quais os vossos antepassados não estavam familiarizados.*4
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18 Passaste a esquecer-te da Rocha que te gerou, E começaste a excluir Deus da memória, Aquele que te produziu com dores de parto.
19 Quando Jeová*1 o viu, então veio a desrespeitá-los, Pelo vexame causado por seus filhos e suas filhas.
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20 Portanto, ele disse: ‘Esconda eu deles a minha face, Veja eu qual será seu fim posterior. Pois são uma geração de perversidade, Filhos em que não há fidelidade.
21 Eles, da sua parte, me provocaram ao ciúme com aquilo que não é deus; Vexaram-me com os seus ídolos vãos;*1 E eu, da minha parte, os provocarei ao ciúme com aquilo que não é povo; Ofendê-los-ei com uma nação estúpida.
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22 Pois, na minha ira acendeu-se um fogo, E ele arderá até o Seol, o lugar mais baixo,*1 E consumirá a terra e a sua produção, E incendiará os alicerces dos montes.
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23 Aumentarei calamidades sobre eles; Gastarei neles as minhas flechas.
24 Ficarão exaustos de fome e consumidos pela febre ardente, E pela destruição amarga. E enviarei sobre eles os dentes de animais Com peçonha de répteis do pó.
25 Portas afora a espada os privará, E portas adentro,*1 o horror, Tanto do jovem como da virgem, Da criança de peito junto com o homem grisalho.
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26 Eu devia ter dito: “Dispersá-los-ei,*1 Vou fazer cessar a menção deles entre os mortais”,
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27 Se não fosse que eu temesse um vexame da parte do inimigo, Que seus adversários o entendessem mal, Que dissessem: “Nossa mão*1 se mostrou superior, E não foi Jeová quem realizou tudo isso.”
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28 Porque são uma nação em que perece o conselho, E entre eles não há entendimento.
29 Se tão-somente fossem sábios! Então ponderariam isso. Considerariam seu fim posterior.
30 Como poderia um perseguir mil E dois pôr dez mil em fuga? Não sem que sua Rocha os tivesse vendido*1 E Jeová os tivesse entregado.*2
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31 Pois a rocha deles não é como a nossa Rocha,*1 Mesmo sendo os nossos inimigos os que decidem.*2
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32 Pois a sua videira é da videira de Sodoma E dos socalcos de Gomorra. Suas uvas são uvas venenosas, Seus cachos são amargos.
33 Seu vinho é a peçonha de cobras grandes E o veneno cruel de najas.
34 Não está guardado comigo Com um selo aposto, no meu depósito?*1
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35 Minha é a vingança e a retribuição. No tempo designado cambaleará seu pé, Porque está perto o dia do seu desastre E se apressam os eventos que os aguardam.’
36 Pois, Jeová julgará seu povo E terá lástima dos seus servos, Porque verá que desapareceu o apoio*1 E há apenas o incapacitado e o rejeitado.*2
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37 E certamente dirá: ‘Onde estão os seus deuses,*1 A rocha em que procuraram refugiar-se,*2
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38 Que comiam a gordura dos seus sacrifícios, Bebendo o vinho das suas ofertas de bebida? Levantem-se e vos ajudem. Tornem-se para vós esconderijo.
39 Vede agora que eu — eu é que o sou,*1 E não há [outros] deuses comigo. Eu entrego à morte e eu vivifico.*2 Feri seriamente, e eu — eu vou curar, E não há quem arrebata da minha mão.
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40 Levanto minha mão para o céu [em juramento] E digo deveras: “Assim como vivo por tempo indefinido”,*1
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41 Se eu deveras afiar minha espada lampejante,*1 E minha mão se apoderar do julgamento, Pagarei de volta vingança aos meus adversários, E retribuirei aos que me odeiam intensamente.
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42 Embriagarei as minhas flechas com sangue, Ao passo que minha espada comerá carne, Com o sangue dos que foram mortos e dos cativos,*1 Com [o das] cabeças dos líderes do inimigo.’*2
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43 Alegrai-vos, ó nações, com o seu povo,*1 Pois vingará o sangue dos seus servos, E pagará de volta vingança aos seus adversários, E fará deveras expiação pelo solo do seu povo.”*2
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44 Assim, Moisés veio e falou todas as palavras deste cântico aos ouvidos*1 do povo, ele e Oséias,*2 filho de Num.
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45 Depois de Moisés ter acabado de falar todas estas palavras a todo o Israel,
46 prosseguiu, dizendo-lhes: “Aplicai vossos corações a todas as palavras que hoje vos falo como advertência,*1 para que ordeneis aos vossos filhos que cuidem em cumprir todas as palavras desta lei.
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47 Pois, não é para vós uma palavra sem valor, mas significa a vossa vida, e por meio desta palavra podeis prolongar os vossos dias no solo ao qual estais passando o Jordão para tomar posse dele.”
48 E Jeová passou a falar a Moisés naquele mesmo dia, dizendo:
49 “Sobe a este monte de Abarim,*1 o monte Nebo, que está na terra de Moabe, defrontando com Jericó, e vê a terra de Canaã que dou como propriedade aos filhos de Israel.
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50 Morre então lá no monte ao qual sobes e sê ajuntado ao teu povo, assim como Arão, teu irmão, morreu no monte Hor e foi ajuntado ao seu povo,
51 por terdes faltado ao dever para comigo no meio dos filhos de Israel, junto às águas de Meribá de Cades, no ermo de Zim; por não me terdes santificado*1 no meio dos filhos de Israel.
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52 Pois, verás a terra à distância, mas não entrarás lá na terra que dou aos filhos de Israel.”