Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Gênesis

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Gênesis, 30

1 Quando Raquel chegou a ver que não dera à luz [filhos] a Jacó, Raquel ficou com ciúmes de sua irmã e começou a dizer a Jacó: “Dá-me filhos, senão serei uma mulher morta.”

2 Acendeu-se então a ira de Jacó contra Raquel e ele disse: “Estou eu no lugar de Deus, que te negou o fruto do ventre?”

3 De modo que ela disse: “Eis a minha escrava Bila. Tem relações com ela, para que dê à luz sobre os meus joelhos e para que eu, sim eu, obtenha dela filhos.”

4 Com isso lhe deu Bila, sua serva, por esposa, e Jacó teve relações com ela.

5 E Bila ficou grávida e a seu tempo deu à luz um filho a Jacó.

6 Raquel disse então: “Deus tem agido como meu juiz e tem também escutado a minha voz, de modo que me deu um filho.” É por isso que o chamou pelo nome de Dã.*1

  1. Significando “Juiz”. Hebr.: Dan.

7 E Bila, serva de Raquel, ficou mais uma vez grávida e a seu tempo deu à luz um segundo filho a Jacó.

8 Raquel disse então: “Com lutas árduas*1 lutei com a minha irmã. Saí também vencedora!” De modo que o chamou pelo nome de Naftali.*2

  1. Ou “sobre-humanas”. Lit.: “de Deus”. Hebr.: ’Elo·hím, sem o artigo definido.

  2. Significando “Minhas Lutas”. Hebr.: Naf·ta·lí.

9 Quando Léia chegou a ver que cessara de dar à luz, passou a tomar Zilpa, sua serva, e a deu a Jacó por esposa.

10 A seu tempo, Zilpa, serva de Léia, deu à luz um filho a Jacó.

11 Léia disse então: “Com boa sorte!”*1 De modo que o chamou pelo nome de Gade.*2

  1. “Veio a boa sorte!” Mmargem.

  2. Significando “Boa Sorte”. Hebr.: Gadh.

12 Depois Zilpa, serva de Léia, deu à luz um segundo filho a Jacó.

13 Léia disse então: “Com a minha felicidade! Pois as filhas certamente me chamarão feliz.” De modo que o chamou pelo nome de Aser.*1

  1. Significando “Feliz; Felicidade”. Hebr.: ’A·shér.

14 Ora, Rubem foi passear nos dias da sega do trigo e achou mandrágoras no campo. Trouxe-as assim a Léia, sua mãe. Raquel disse então a Léia: “Dá-me, por favor, algumas das mandrágoras de teu filho.”

15 A isso ela lhe disse: “É coisa pequena que me tens tomado o esposo, que agora tomas também as mandrágoras de meu filho?” Raquel disse então: “Por esta razão irá deitar-se contigo hoje à noite, em troca das mandrágoras de teu filho.”

16 Vindo Jacó do campo, à noitinha, saiu-lhe ao encontro Léia, e ela disse então: “É comigo que hás de ter relações, pois contratei-te de vez com as mandrágoras de meu filho.” Portanto, deitou-se com ela naquela noite.

17 E Deus atendeu Léia, e ela ficou grávida e a seu tempo deu à luz um quinto filho a Jacó.

18 Léia disse então: “Deus deu-me o salário dum contratado,*1 porque dei a minha serva a meu esposo.” De modo que o chamou pelo nome de Issacar.*2

  1. Lit.: “deu meu salário [como contratada]”.

  2. Significando “Ele É Salário; Ele Traz Salários”. Hebr.: Yis·sas·khár.

19 E Léia ficou mais uma vez grávida e a seu tempo deu à luz um sexto filho a Jacó.

20 Léia disse então: “Deus dotou-me, sim, a mim, com um bom dote. Por fim há de tolerar-me*1 meu esposo,*2 pois lhe dei à luz seis filhos.” De modo que o chamou pelo nome de Zebulão.*3

  1. Ou “morar (viver) comigo”.

  2. Ou: “Por fim, meu marido me fará sua legítima esposa.” (Quanto a esta possível versão, veja VT, Vol. I, 1951, pp. 59, 60.) LXX: “Nesta ocasião me escolherá meu marido [como esposa].” O verbo assírio zabalu, relacionado com o verbo hebr. za·vál usado aqui, significa “arrastar (puxar); carregar fardos”, e tem o significado matrimonial de levar os presentes de casamento do marido à casa de seu sogro.

  3. Significando “Habitação; Morada”; possivelmente: “Tolerância; Senhorio.” Hebr.: Zevu·lún.

21 E depois deu à luz uma filha e chamou-a então pelo nome de Diná.*1

  1. Significando “Julgada; Absolvida; Vindicada”. Hebr.: Di·náh.

22 Finalmente, Deus lembrou-se de Raquel, e Deus a atendeu, abrindo-lhe a madre.

23 E ela ficou grávida e deu à luz um filho. Disse então: “Deus tirou o meu vitupério!”

24 De modo que o chamou pelo nome de José,*1 dizendo: “Jeová me acrescenta outro filho.”

  1. Significando “Acrescentador; Aumentador”. Hebr.: Yoh·séf.

25 E seguiu-se que, quando Raquel tinha dado à luz José, Jacó disse imediatamente a Labão: “Manda-me embora, a fim de que eu possa ir para o meu lugar e para o meu país.

26 Dá-me as minhas esposas e os meus filhos pelos quais te servi, para que eu vá; pois tu mesmo deves saber o serviço que te prestei.”

27 Labão disse então: “Ora, se eu tiver achado favor aos teus olhos — tomei os presságios como significando que Jeová me está abençoando devido a ti.”

28 E acrescentou: “Estipula-me teu salário e eu to darei.”

29 De modo que lhe disse: “Tu mesmo deves saber como te servi e como a tua manada tem passado comigo;

30 que era realmente pouco o que tinhas antes de eu vir, e que foi aumentando até [ser] uma multidão, por Jeová te abençoar desde que vim. Agora, pois, quando hei de fazer também algo para a minha própria casa?”

31 Ele disse então: “O que te hei de dar?” E Jacó prosseguiu, dizendo: “Não me darás absolutamente nada! Se fizeres esta coisa para mim, tornarei a pastorear o teu rebanho. Continuarei a cuidar dele.

32 Vou passar hoje entre o teu rebanho inteiro. Separa dali todo ovídeo salpicado e malhado, e todo ovídeo marrom-escuro entre os carneiros novos, e qualquer malhada e salpicada entre as cabras. Estes têm de ser doravante o meu salário.

33 E o meu proceder justo terá de responder por mim em qualquer dia futuro em que vieres para inspecionar o meu salário; todo o que não for salpicado e malhado entre as cabras, e marrom-escuro entre os carneiros novos será algo furtado se estiver comigo.”

34 A isso Labão disse: “Ora, isto é excelente!*1 Seja segundo a tua palavra.”

  1. Lit.: “Labão disse: ‘Ora, que fosse [assim]!’”

35 Então, naquele dia, pôs à parte os cabritos listrados e malhados, e todas as cabras salpicadas e malhadas, todo aquele em que havia algo de branco e todo o marrom-escuro entre os carneiros novos, mas entregou-os às mãos de seus filhos.

36 Depois pôs uma distância de três dias de jornada entre si e Jacó, e Jacó pastoreava os rebanhos remanescentes de Labão.

37 Jacó tomou então para seu uso varas*1 ainda frescas de estoraque, e de amendoeira, e de plátano, e descascou nelas tiras brancas, deixando expostos os lugares brancos que havia nas varas.

  1. Ou “varetas; raminhos”.

38 Por fim, colocou as varas descascadas diante do rebanho, nas calhas, nos bebedouros, aonde os rebanhos vinham beber, para que ficassem de cio*1 diante delas quando vinham beber.

  1. “Para que concebessem”, Vg.

39 Por conseguinte, os rebanhos ficavam de cio diante das varas e os rebanhos produziam listrados, salpicados e malhados.

40 E Jacó separou os carneiros novos e voltou então a face dos rebanhos para os listrados e para todos os marrom-escuros entre os rebanhos de Labão. Então pôs à parte as suas próprias greis e não as pôs junto aos rebanhos de Labão.

41 E sempre que os rebanhos robustos ficavam de cio, dava-se que Jacó colocava as varas nas calhas, diante dos olhos dos rebanhos, para que ficassem de cio pelas varas.

42 Mas, quando os rebanhos mostravam debilidade, não as colocava ali. De modo que os débeis sempre vinham a ser de Labão, mas os robustos, de Jacó.

43 E o homem foi prosperando mais e mais, e veio a ter grandes rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos.