Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Gênesis

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Gênesis, 37

1 E Jacó continuou a morar na terra das residências como forasteiro de seu pai, na terra de Canaã.

2 Esta é a história de Jacó. José, aos dezessete anos de idade, estava zelando as ovelhas*1 com os seus irmãos, no meio do rebanho, e sendo apenas rapaz, estava com os filhos de Bila e os filhos de Zilpa, esposas de seu pai. José trouxe então um relato mau sobre eles a seu pai.

  1. Ou “estava-se associando”.

3 E Israel amava a José mais do que a todos os seus outros filhos, porque era o filho da sua velhice; e mandou fazer para ele uma comprida túnica listrada, tipo camisão.

4 Quando seus irmãos chegaram a ver que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, começaram a odiá-lo e não eram capazes de falar pacificamente com ele.

5 Mais tarde, José teve um sonho e o contou a seus irmãos, e eles acharam [nisso] razão adicional para o odiarem.

6 E ele prosseguiu, dizendo-lhes: “Escutai, por favor, este sonho que tive.

7 Pois bem, estávamos amarrando feixes no meio do campo, quando, eis que o meu feixe se levantou e também ficou ereto, e eis que os vossos feixes passaram a rodeá-lo e a curvar-se diante do meu feixe.”

8 E seus irmãos começaram a dizer-lhe: “Hás de ser realmente rei sobre nós? ou: Hás de dominar realmente sobre nós?” Acharam assim nova razão para o odiarem, por causa dos seus sonhos e das suas palavras.

9 Depois teve mais um sonho e o relatou aos seus irmãos, e disse: “Eis que tive mais uma vez um sonho, e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se curvaram diante de mim.”

10 Relatou-o então a seu pai, bem como a seus irmãos, e seu pai começou a censurá-lo e a dizer-lhe: “Que significa este sonho que tiveste? Havemos de vir eu, e também tua mãe e teus irmãos, e havemos de curvar-nos para a terra diante de ti?”

11 E seus irmãos ficaram com ciúmes dele; seu pai, porém, tomou nota da declaração.*1

  1. Ou “questão”.

12 Seus irmãos foram então apascentar o rebanho de seu pai*1 perto de Siquém.

  1. “O rebanho de seu pai”, MLXXSyVg. No M, a partícula hebr. ’eth, que modifica essas palavras, foi assinalada com pontos extraordinários pelos soferins, para indicar que essas palavras são duvidosas e devem ser omitidas. Se for assim, pode significar que os irmãos de José haviam ido alimentar-se. No v. 13, a palavra “rebanhos” não ocorre especificamente, mas o verbo é o mesmo que no v. 12. Veja Ap. 2A.

13 Depois de algum tempo, Israel disse a José: “Não estão teus irmãos cuidando [dos rebanhos] perto de Siquém? Vem e deixa-me enviar-te a eles.” A isso ele lhe disse: “Eis-me aqui!”

14 Disse-lhe então: “Vai, por favor. Vê se os teus irmãos estão sãos e salvos, e se o rebanho está são e salvo,*1 e traze-me de volta informação.” Com isso o mandou embora da baixada de Hébron e ele seguiu para Siquém.

  1. Lit.: “Vê a paz de teus irmãos e a paz do rebanho.”

15 Um homem o encontrou mais tarde, e eis que estava vagueando por um campo. O homem, pois, indagou dele, dizendo: “O que estás procurando?”

16 A isso ele disse: “É a meus irmãos que estou procurando. Informa-me, por favor: Onde estão cuidando dos rebanhos?”

17 E o homem continuou: “Partiram daqui, pois os ouvi dizer: ‘Vamos a Dotã.’” De modo que José foi atrás de seus irmãos e os achou em Dotã.

18 Ora, avistando-o de certa distância, e antes de ele poder chegar perto deles, começaram a conspirar astutamente contra ele para o entregarem à morte.

19 Disseram, pois, um ao outro: “Eis aqui vem aquele sonhador.*1

  1. “Aqui vem aquele sonhador.” Lit.: “O amo (senhor) de sonhos, aquele vem ali.”

20 E agora vinde e matemo-lo, e joguemo-lo numa das cisternas; e teremos de dizer que uma fera selvagem o devorou. Vejamos então o que será dos sonhos dele.”

21 Ouvindo isso Rubem, tentou livrá-lo da mão deles. De modo que disse: “Não golpeemos fatalmente a sua alma.”*1

  1. Lit.: “não lhe golpeemos a alma”.

22 E Rubem prosseguiu, dizendo-lhes: Não derrameis sangue. Jogai-o nesta cisterna que está no ermo e não deiteis mão violenta nele.” Seu objetivo era livrá-lo da mão deles, a fim de o restituir a seu pai.

23 Sucedeu, pois, assim que José veio ter com seus irmãos, que eles despiram José da sua túnica comprida, sim, da comprida túnica listrada que usava;

24 depois tomaram-no e jogaram-no na cisterna. Naquele tempo a cisterna estava vazia; não havia água nela.

25 Sentaram-se então para comer pão. Quando levantaram seus olhos e foram olhar, ora, eis que vinha uma caravana de ismaelitas desde Gileade, e seus camelos carregavam ládano, e bálsamo,*1 e casca resinosa, indo levá-los para baixo ao Egito.

  1. Isto é, de Gileade.

26 Judá disse então aos seus irmãos: “Que lucro haveria caso matássemos nosso irmão e encobríssemos seu sangue?

27 Vinde e vendamo-lo aos ismaelitas, e não deitemos mão nele. Afinal de contas, ele é nosso irmão, nossa carne.” Escutaram assim seu irmão.

28 Passavam então homens, mercadores midianitas. Portanto, puxaram e levantaram José para fora da cisterna, e venderam então José aos ismaelitas por vinte moedas de prata. Estes, por fim, levaram José ao Egito.

29 Rubem voltou mais tarde à cisterna, e eis que José não estava na cisterna. Rasgou, por isso, as suas vestes.

30 Voltando aos outros irmãos seus, exclamou: “O menino desapareceu! E eu — para onde é que irei eu?”

31 No entanto, tomaram a túnica comprida de José e abateram um bode, e mergulharam a túnica comprida repetidas vezes no sangue.

32 Depois enviaram a comprida túnica listrada e a fizeram levar a seu pai, e disseram: “Isto é o que encontramos. Examina, por favor, se é a túnica comprida de teu filho, ou não.”

33 E ele foi examiná-la e exclamou: “É a túnica comprida de meu filho! Uma fera selvagem deve tê-lo devorado! José está certamente dilacerado!”

34 Nisso Jacó rasgou as suas capas e pôs serapilheira em volta dos quadris, e pranteou muitos dias pelo seu filho.

35 E todos os seus filhos e todas as suas filhas se levantavam para consolá-lo, mas ele se negava a ser consolado e dizia: “Pois descerei pranteando para meu filho ao Seol!”*1 E seu pai continuava a chorar por ele.

  1. “Ao Seol.” Hebr.: she’ó·lah; gr.: eis haí·dou; sir.: la·shiul; lat.: in in·fér·num; esta é a primeira ocorrência desta palavra. Veja Ap. 4B.

36 No entanto, os midianitas venderam-no ao Egito, a Potifar, oficial da corte de Faraó,*1 chefe da guarda pessoal.

  1. Veja 12:15 n.