Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Gênesis

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Gênesis, 44

1 Posteriormente ordenou ao homem que estava sobre a sua casa, dizendo: “Enche de mantimentos as sacas dos homens, com tanto quanto puderem transportar, e coloca o dinheiro de cada um na boca da sua saca.

2 Mas tens de colocar meu cálice, o cálice de prata, na boca da saca do mais moço, bem como o dinheiro pelos seus cereais.” Ele fez assim segundo a palavra falada por José.

3 De manhã, ao clarear, os homens foram mandados embora, tanto eles como seus jumentos.

4 Saíram da cidade. Não tinham ido longe, quando José disse ao homem que estava sobre a sua casa: “Levanta-te! Vai no encalço dos homens, e tem certeza de alcançá-los e de dizer-lhes: ‘Por que retribuístes o bem com o mal?

5 Não é esta a coisa de que meu amo bebe e por meio da qual interpreta peritamente os presságios? Procedestes mal no que fizestes.’”

6 Por fim os alcançou e lhes falou estas palavras.

7 Mas eles lhe disseram: “Por que fala meu senhor tais palavras? É inconcebível que teus servos façam tal coisa.

8 Ora, desde a terra de Canaã te trouxemos o dinheiro que achamos na boca das nossas sacas. Como, então, poderíamos furtar prata ou ouro da casa do teu amo?

9 Morra aquele dos teus escravos*1 com quem for achado e tornemo-nos também escravos do meu amo.”

  1. Ou “servos”.

10 De modo que ele disse: “Seja agora exatamente segundo as vossas palavras. Assim, aquele com quem for achado tornar-se-á meu escravo, mas vós mesmos sereis provados inocentes.”

11 Com isso puseram rapidamente a saca de cada um no chão e abriram cada um a sua própria saca.

12 E ele fez uma busca cuidadosa. Principiou com o mais velho e terminou com o mais moço. Por fim se achou o cálice na saca de Benjamim.

13 Rasgaram então as suas capas e puseram cada um a sua própria carga de volta no seu jumento, e voltaram à cidade.

14 E Judá e seus irmãos foram entrar na casa de José, e ele ainda estava ali; e passaram a lançar-se diante dele por terra.

15 José disse-lhes então: “Que sorte de ato é este que praticastes? Não sabíeis que um homem tal como eu pode interpretar peritamente os presságios?”

16 A isso Judá exclamou: “Que podemos dizer ao meu amo? Que podemos falar? E como nos podemos provar justos? O [verdadeiro] Deus descobriu o erro dos teus escravos. Eis que somos escravos de meu amo, tanto nós como aquele em cuja mão foi achado o cálice!”

17 No entanto, ele disse: “É inconcebível que eu faça isso! O homem em cuja mão se achou o cálice é quem se tornará meu escravo. Quanto aos demais de vós, ide em paz para o vosso pai.”

18 Judá aproximou-se então dele e disse: “Rogo-te, meu amo, por favor, deixa teu escravo falar uma palavra aos ouvidos do meu amo, e não se acenda a tua ira contra o teu escravo, porque contigo é o mesmo que com Faraó.*1

  1. Ou “tu és como Faraó”.

19 Meu amo*1 perguntou aos seus escravos, dizendo: ‘Tendes pai ou irmão?’

  1. Ou: “Meu senhor.”

20 De modo que dissemos ao meu amo: ‘Temos um pai idoso e um menino de sua velhice, o mais moço. Mas o irmão dele está morto, de modo que só ele resta de sua mãe, e seu pai deveras o ama.’

21 Depois disseste aos teus escravos: ‘Trazei-mo para baixo, a fim de que eu ponha os olhos nele.’

22 Mas dissemos ao meu amo: ‘O rapaz não pode deixar seu pai. Se deixasse seu pai, este certamente morreria.’

23 Disseste então aos teus escravos: ‘A menos que o vosso irmão mais moço desça convosco, não mais podereis ver a minha face.’

24 “E sucedeu que subimos até o teu escravo, meu pai, e lhe contamos então as palavras de meu amo.

25 Mais tarde, nosso pai disse: ‘Voltai, comprai-nos alguns mantimentos.’

26 Mas nós dissemos: ‘Não podemos descer. Se o nosso irmão mais moço estiver conosco, desceremos, porque não podemos ver a face do homem caso nosso irmão mais moço não esteja conosco.’

27 Teu escravo, meu pai, disse-nos então: ‘Vós mesmos bem sabeis que a minha esposa só me deu à luz dois filhos.

28 Mais tarde, um saiu da minha convivência e eu exclamei: “Ah! seguramente deve ter sido dilacerado!” e não o vi até agora.

29 Se fôsseis levar também a este fora da minha vista e lhe sobreviesse um acidente fatal, certamente faríeis os meus cabelos grisalhos descer com calamidade ao Seol.’

30 “E agora, assim que eu viesse a teu escravo, meu pai, sem que o rapaz estivesse conosco, quando a alma daquele está atada à alma deste,

31 então por certo se há de dar que, assim que vir que o rapaz não está ali, ele simplesmente morrerá, e teus escravos, deveras, farão os cabelos grisalhos de teu escravo, nosso pai, descer com pesar ao Seol.*1

  1. “Ao Seol.” Hebr.: she’ólah; gr.: eis haí·dou; sir.: la·shiul; lat.: ad ín·fe·ros. Veja Ap. 4B.

32 Pois o teu escravo tornou-se fiança pelo rapaz enquanto estiver longe de seu pai, dizendo: ‘Se eu falhar em trazê-lo de volta a ti, então terei pecado contra meu pai para sempre.’*1

  1. Lit.: “todos os dias”.

33 De modo que agora, por favor, deixa teu escravo ficar em lugar do rapaz, como escravo do meu amo, para que o rapaz possa subir com os seus irmãos.

34 Pois, como poderia eu subir até meu pai sem que o rapaz estivesse comigo, para não ser que eu olhe então para a calamidade que há de apanhar meu pai?”