Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Gênesis

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Gênesis, 32

1 E, quanto a Jacó, seguiu caminho, e os anjos*1 de Deus encontraram-se então com ele.

  1. Ou “mensageiros”, como nos vv. 3 e 6.

2 Jacó disse imediatamente, ao vê-los: “Este é o acampamento de Deus!” Chamou por isso aquele lugar pelo nome de Maanaim.*1

  1. Significando “Dois Acampamentos”.

3 Jacó enviou então mensageiros adiante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, o campo de Edom,

4 e ordenou-lhes, dizendo: “Isto é o que direis a meu senhor, a Esaú: ‘Assim disse o teu servo Jacó: “Residi com Labão como forasteiro e fiquei por muito tempo, até agora.

5 E vim a ter touros e jumentos, ovelhas, e servos e servas, e eu gostaria de mandar informar meu senhor, a fim de achar favor aos teus olhos.”’”

6 Passado tempo, os mensageiros voltaram a Jacó, dizendo: “Fomos ter com teu irmão Esaú, e ele está também a caminho para vir ao teu encontro, e com ele quatrocentos homens.”

7 E Jacó ficou com muito medo e estava aflito. De modo que dividiu o povo que estava com ele, e os rebanhos, e o gado vacum, e os camelos, em dois acampamentos,

8 e disse: “Se Esaú chegar a um acampamento e o assaltar, então resta certamente um acampamento para se escapar.”

9 Jacó disse depois: “Ó Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque, ó Jeová, tu que me dizes: ‘Volta à tua terra e à tua parentela, e eu te hei de tratar bem’,

10 sou indigno de todas as benevolências e de toda a fidelidade*1 de que usaste para com o teu servo, pois atravessei este Jordão apenas com o meu bastão e agora me tornei dois acampamentos.

  1. Ou “a verdade”. Hebr.: ha·’eméth.

11 Livra-me, eu te peço, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque estou com medo dele, de que venha e certamente me assalte, a mãe junto com os filhos.

12 E tu, tu disseste: ‘Sem dúvida, tratar-te-ei bem e hei de fazer tua descendência*1 como os grãos de areia do mar, que não podem ser contados por causa da [sua] multidão.’”

  1. Ou “prole; posteridade”.

13 E ficou pousando ali naquela noite. E daquilo que lhe veio à mão, ele passou a tomar um presente para Esaú, seu irmão:

14 duzentas cabras e vinte cabritos, duzentas ovelhas e vinte carneiros,

15 trinta camelas que amamentavam e as suas crias, quarenta vacas e dez novilhos, vinte jumentas e dez jumentos adultos.

16 Então entregou aos seus servos uma grei após outra, separadas, e disse repetidamente aos seus servos: “Atravessai na minha frente, e deveis deixar espaço entre grei e grei.”

17 Ademais, ordenou ao primeiro, dizendo: “Caso Esaú, meu irmão, te encontre e te pergunte, dizendo: ‘A quem pertences, e para onde vais, e a quem pertencem estes adiante de ti?’

18 então terás de dizer: ‘Ao teu servo, a Jacó. É um presente, enviado a meu senhor, a Esaú, e eis que ele mesmo vem também atrás de nós!’”

19 E passou a ordenar também ao segundo, também ao terceiro, também aos que seguiam as greis, dizendo: “Deveis falar a Esaú segundo esta palavra, quando o encontrardes.

20 E tereis de dizer também: ‘Eis o teu servo Jacó atrás de nós.’” Pois dizia para si mesmo: “Talvez eu possa aplacá-lo com o presente que vai na minha frente, e depois verei a sua face. Talvez dê uma acolhida benévola.”

21 De modo que o presente atravessou na frente dele, mas ele mesmo pousou aquela noite no acampamento.

22 Mais tarde, durante aquela noite, levantou-se e tomou as suas duas esposas, e suas duas servas, e seus onze filhos moços, e atravessou o vau de Jaboque.

23 Assim, tomou-os e levou-os através do vale da torrente,*1 e fez atravessar o que tinha.

  1. Ou “o uádi; o arroio, a corrente [o uádi com curso de água]”.

24 Finalmente, Jacó ficou sozinho. Um homem começou então a engalfinhar-se com ele até subir a alva.

25 Quando viu que não tinha prevalecido contra ele, então lhe tocou na concavidade da articulação da coxa;*1 e a concavidade da articulação da coxa de Jacó deslocou-se enquanto se engalfinhava com ele.

  1. Ou “tocou na concavidade da sua coxa”.

26 Depois disse: “Deixa-me ir,*1 pois já subiu a alva.” A isso ele disse: “Não te deixo ir, a menos que primeiro me abençoes.”

  1. Lit.: “Manda-me embora.”

27 Disse-lhe, pois: “Qual é teu nome?” a que ele disse: “Jacó.”

28 Disse então: “Não serás mais chamado pelo nome de Jacó, mas, sim, Israel,*1 pois contendeste*2 com Deus e com homens, de modo que por fim prevaleceste.”

  1. Significando “Deus Contende; Contendedor (Perseverador) com Deus”. Hebr.: Yis·ra·’él.

  2. Ou “persististe; esforçaste-te; perseveraste”, segundo BDB, p. 975.

29 Jacó, por sua vez, indagou e disse: “Declara-me o teu nome, por favor.” No entanto, ele disse: “Por que indagas o meu nome?” Abençoou-o então ali.

30 Jacó chamou por isso o lugar pelo nome de Peniel,*1 porque, segundo ele: “Tenho visto a Deus face a face e ainda assim foi livrada a minha alma.”

  1. Significando “Face de Deus”. Hebr.: Peni·’él.

31 E o sol começou a raiar sobre ele assim que tinha passado por Penuel, porém, manquejava por causa da sua coxa.

32 É por isso que os filhos de Israel não costumam comer o tendão do nervo da coxa,*1 que está na concavidade da articulação da coxa, até o dia de hoje, porque ele tocou na concavidade da articulação da coxa de Jacó, no tendão do nervo da coxa.

  1. Ou “veia da coxa”.