Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Gênesis

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Gênesis, 38

1 Ora, entrementes sucedeu que, descendo Judá de [onde estavam] seus irmãos, armou [a sua tenda] perto dum homem, um adulamita, e o nome dele era Hira.

2 E ali Judá chegou a ver a filha de certo cananeu, e o nome dele*1 era Sua. Tomou-a, pois, e teve relações com ela.

  1. “Dele”, M; LXXSy: “dela”.

3 E ela ficou grávida. Mais tarde deu à luz um filho e chamou-o pelo nome de Er.

4 Ficou novamente grávida. A seu tempo, ela deu à luz um filho e chamou-o pelo nome de Onã.

5 Mais uma vez foi dar à luz um filho, e chamou-o então pelo nome de Selá. Ora, aconteceu que ele*1 estava em Aczibe,*2 no tempo em que ela o deu à luz.

  1. “Ele”, isto é, Judá; LXX: “ela”.

  2. Entende-se tratar-se da mesma “Aczibe” de Jos 15:44 e Miq 1:14; M: “Quezibe”.

6 Com o tempo, Judá tomou uma esposa para Er, seu primogênito, e o nome dela era Tamar.

7 Mas Er, primogênito de Judá, mostrou-se mau aos olhos de Jeová; Jeová o entregou por isso à morte.

8 Em vista disso, Judá disse a Onã: “Tem relações com*1 a esposa de teu irmão e realiza um casamento de cunhado*2 com ela, e suscita descendência para teu irmão.”

  1. Lit.: “Entra a.”

  2. Ou “casamento levirato”. Jeová deu posteriormente reconhecimento oficial a isso na Lei mosaica, em De 25:5-9.

9 Mas Onã sabia que a descendência não se tornaria sua; e deu-se que, quando teve relações com a esposa de seu irmão, desperdiçou o seu sêmen na terra,*1 para não dar descendência a seu irmão.

  1. Lit.: “desperdiçou[-o] na terra”.

10 Ora, o que ele fez era mau aos olhos de Jeová; por isso, entregou-o também à morte.

11 De modo que Judá disse a Tamar, sua nora: “Mora como viúva na casa de teu pai até crescer Selá, meu filho.” Pois ele disse para si mesmo:*1 “Ele também poderia morrer como seus irmãos.” Concordemente, Tamar foi e continuou a morar na casa de seu próprio pai.

  1. Ou: “Pois ele pensava.”

12 Passaram-se assim muitos dias, e morreu a filha de Sua, esposa de Judá; e Judá guardou o período de luto. Depois subiu até os tosquiadores de suas ovelhas, a Timná, ele e Hira, seu companheiro, o adulamita.

13 Então foi comunicado a Tamar: “Eis que o teu sogro está subindo a Timná para tosquiar as suas ovelhas.”

14 Em vista disso, removeu de si as roupas de sua viuvez e cobriu-se com um xale, e velou-se, e assentou-se à entrada de Enaim, que se acha na estrada de Timná. Pois ela via que Selá tinha crescido, contudo, não lhe tinha sido dada como esposa.

15 Quando Judá a avistou, teve-a imediatamente por meretriz,*1 porque encobrira a sua face.

  1. Ou “prostituta”. Gr.: pór·nen. Veja 1Co 6:15 n.

16 Desviou-se assim para ela à beira da estrada e disse: “Permite-me, por favor, ter relações contigo.” Pois não sabia que era sua nora. No entanto, ela disse: “O que me darás para ter relações comigo?”

17 A isso ele disse: “Eu mesmo enviarei um cabritinho do rebanho.” Mas ela disse: “Dar-me-ás uma garantia até o enviares?”

18 E ele continuou: “Que garantia te darei?” ao que ela disse: “Teu anel de chancela, e teu cordão, e a vara que tens na mão.” Entregou-lhos então e teve relações com ela, de modo que ela ficou grávida por ele.

19 Depois ela se levantou e foi embora, e removeu de si o xale e vestiu-se das roupas de sua viuvez.

20 E Judá passou a enviar o cabritinho pela mão de seu companheiro, o adulamita, a fim de receber a garantia de volta da mão da mulher, mas ele não a encontrou.

21 E indagava dos homens de seu lugar, dizendo: “Onde está aquela prostituta de templo, em Enaim, à beira da estrada?” Mas eles diziam: “Nunca houve neste lugar prostituta de templo.”

22 Por fim, voltou a Judá e disse: “Não a achei, e, além disso, os homens do lugar disseram: ‘Nunca houve neste lugar prostituta de templo.’”

23 De modo que Judá disse: “Que ela os tome para si, para que não venhamos a cair no desprezo. De qualquer modo, enviei este cabritinho, mas tu — tu não a achaste.”

24 No entanto, cerca de três meses depois, aconteceu que se informou a Judá: “Tamar, tua nora, fez-se de meretriz, e eis que está também grávida de seu meretrício.”*1 Judá disse então: “Trazei-a para fora e seja queimada.”

  1. Ou “fornicação”.

25 Quando estava sendo trazida para fora, ela mesma enviou [recado] ao seu sogro, dizendo: “Estou grávida do homem a quem pertencem estes.” E ela acrescentou: “Examina, por favor, a quem pertencem estes: o anel de chancela, e o cordão,*1 e a vara.”

  1. “Cordão”, TOLXXSyVg; M: “cordões”.

26 Judá examinou-os então e disse: “Ela é mais justa do que eu, visto que não a dei a Selá, meu filho.” E nunca mais teve relações com ela, depois disso.

27 Ora, sucedeu então, no tempo de ela dar à luz, que havia gêmeos no seu ventre.

28 Outrossim, resultou, quando ela dava à luz, que um estendeu a mão e a parteira tomou imediatamente um pedaço de escarlate e lho atou à mão, dizendo: “Este saiu primeiro.”

29 Finalmente, sucedeu que, assim que ele retirou a mão, ora, eis que saiu seu irmão, de modo que ela exclamou: “Que queres dizer com isso, produzires para ti uma ruptura perineal?” Por isso foi chamado pelo nome de Peres.*1

  1. Significando “Ruptura Perineal”.

30 E depois saiu seu irmão, que tinha sobre a mão o pedaço de escarlate, e ele veio a ser chamado pelo nome de Zerá.*1

  1. Significando “Resplendor; Ascensão”.