Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Jó
Jó, 13
1 “Eis que meu olho viu tudo isto, Meu ouvido o ouviu e o considera.
2 O que vós sabeis, eu também sei muito bem; Não sou inferior a vós.*1
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3 No entanto, eu, da minha parte, falaria ao próprio Todo-poderoso, E me agradaria em argumentar com Deus.*1
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4 Por outro lado, vós sois homens que besuntam com falsidade; Todos vós sois médicos sem valor algum.
5 Se tão-somente ficásseis absolutamente calados, Para que mostrasse ser sabedoria da vossa parte!
6 Ouvi, por favor, os meus contra-argumentos, E prestai atenção ao pleitear dos meus lábios.
7 Acaso falareis injustiça para com o próprio Deus, E falareis dolo para ele?
8 Sereis parciais com ele, Ou contendereis em juízo pelo [verdadeiro] Deus?
9 Porventura seria bom que ele vos sondasse? Ou o ludibriareis assim como se ludibria o homem mortal?
10 Ele decididamente vos repreenderá Se tentardes às escondidas ser parciais;*1
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11 Não vos assustará a sua própria dignidade, E não cairá sobre vós o próprio pavor dele?
12 Vossas declarações memoráveis são provérbios de cinzas; Os umbigos dos vossos escudos*1 são umbigos de barro.
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13 Calai-vos diante de mim, para que eu mesmo fale, Então venha sobre mim o que vier!
14 Por que carrego a minha carne nos meus dentes E coloco a minha própria alma*1 na palma da minha mão?
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15 Mesmo que me matasse, não esperaria eu?*1 Eu apenas argumentaria à sua face em prol dos meus próprios caminhos.
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16 Ele*1 seria também a minha salvação, Pois nenhum apóstata entrará diante dele.
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17 Ouvi cabalmente a minha palavra, E tende nos ouvidos a minha declaração.
18 Por favor, eis que apresentei um pleito judicial; Bem sei que eu é que tenho razão.
19 Quem contenderá comigo? Pois, se eu ficasse agora calado, simplesmente expiraria!
20 Apenas não me faças*1 duas coisas; Neste caso não me esconderei só por tua causa;
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21 Põe longe de mim a tua própria mão, E não me apavore o horror de ti.
22 Ou chama para que eu mesmo responda, Ou fale eu, e replica-me tu.
23 De que modo tenho erros e pecados? Faze-me saber a minha própria revolta e o meu próprio pecado.
24 Por que escondes a tua própria face E me consideras teu inimigo?
25 Farás estremecer a mera folha impelida [pelo vento] Ou irás no encalço de mero restolho seco?
26 Pois continuas a escrever contra mim coisas amargas E me fazes possuir [as conseqüências dos] erros da minha mocidade.
27 Manténs também meus pés no tronco, E vigias todas as minhas veredas; Traças a tua própria linha para a planta*1 dos meus pés.
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28 E ele*1 é como algo podre*2 que se gasta; Como roupa que a traça realmente consome.
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