Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Jó
Jó, 24
1 “Por que é que os tempos não foram guardados pelo próprio Todo-poderoso, E os próprios que o conhecem não observaram os seus dias?
2 Há os que recuam os marcos divisórios; Arrebataram uma grei, a fim de [a] apascentarem.*1
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3 Levam até mesmo o jumento dum menino órfão de pai; Tomam em penhor o touro da viúva.
4 Apartam os pobres do seu caminho; Ao mesmo tempo, os atribulados da terra se mantiveram escondidos.
5 Eis que, [quais] zebras no ermo, Saíram na sua atividade à procura de algo para comer. A planície desértica [dá] a cada um pão para os rapazes.
6 No campo ceifam a sua forragem, E despojam rapidamente o vinhedo do iníquo.
7 Passam a noite nus, sem vestimenta, E sem qualquer cobertura no frio.
8 São ensopados pelo temporal dos montes, E por não haver abrigo, precisam abraçar uma rocha.
9 Arrebatam o menino órfão de pai mesmo do peito, E tomam em penhor o que há sobre o atribulado.
10 Têm de andar nus, sem vestimenta, E famintos têm de carregar as espigas ceifadas.
11 Passam o meio-dia*1 entre os muros do terraço; Precisam pisar os lagares, e ainda assim passam sede.
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12 De dentro da cidade estão gemendo os moribundos, E a alma dos mortalmente feridos clama por ajuda; E o próprio Deus*1 não considera [isso] algo impróprio.
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13 Quanto a eles, mostraram estar entre os rebeldes contra a luz; Não reconheceram os caminhos dela, Nem moraram nas suas sendas.
14 O assassino levanta-se ao clarear o dia, Passa a matar o atribulado e o pobre; E durante a noite torna-se um verdadeiro ladrão.*1
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15 Quanto ao olho do adúltero, ficou à espreita do crepúsculo vespertino, Dizendo: ‘Nenhum olho me avistará!’ E põe uma cobertura sobre a sua face.
16 Na escuridão penetra cavando nas casas; De dia precisam manter-se encerrados. Não conheceram a luz do dia.
17 Pois a manhã é para eles igual à sombra tenebrosa, Porque reconhecem quais são os terrores repentinos da sombra tenebrosa.
18 Ele é ligeiro na superfície das águas. O lote de terreno deles será amaldiçoado na terra. Ele não se virará para o caminho dos vinhedos.
19 A seca, bem como o calor, arrebatam as águas da neve; Assim faz também o Seol com os que pecaram!
20 A madre se esquecerá dele, o gusano saboreará a sua doçura, Não mais será lembrado. E a injustiça será destroçada como uma árvore.
21 Ele tem tratos com uma mulher estéril que não dá à luz, E com uma viúva, a quem não faz bem.
22 E certamente arrastará gente possante com o seu poder; Ele se levantará e não estará seguro da sua vida.*1
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23 Conceder-lhe-á tornar-se confiante para que se ampare; E seus olhos estarão sobre os caminhos deles.
24 Por um pouco ficaram elevados, depois não são mais, E foram abaixados; são arrancados como os demais, E são cortados como o topo duma espiga.
25 Por conseguinte, quem me fará de mentiroso Ou reduzirá a nada a minha palavra?”