Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

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Jó, 29

1 E Jó passou a encetar novamente seu dito proverbial e prosseguiu, dizendo:

2 “Quem me dera estar nos meses lunares de outrora, Como nos dias em que Deus*1 cuidava de mim;

  1. “Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

3 Quando fez a sua lâmpada brilhar sobre a minha cabeça, [Quando] eu andava [através da] escuridão pela sua luz;

4 Assim como vim a estar nos dias do meu vigor, Quando havia intimidade com Deus na minha tenda;

5 Quando o Todo-poderoso ainda estava comigo, [Quando] meus ajudantes estavam ao redor de mim!

6 Quando eu lavava os meus passos em manteiga, E a rocha despejava correntes de azeite para mim;*1

  1. Lit.: “estava sendo despejada como correntes de azeite comigo”.

7 Quando eu saía ao portão junto à vila, Eu preparava meu assento na praça pública!

8 Os rapazes me viam e se escondiam, E até mesmo os idosos se levantavam, ficavam de pé.

9 Os próprios príncipes reprimiam as palavras E punham a palma da mão sobre a sua boca.

10 A voz dos próprios líderes se escondia, E a própria língua deles se apegava ao céu da sua boca.

11 Pois o próprio ouvido escutava e passava a chamar-me feliz, E o próprio olho via e passava a dar testemunho por mim.

12 Pois eu salvava ao atribulado que clamava por ajuda, E ao menino órfão de pai e a qualquer que não tinha ajudador.

13 A bênção daquele prestes a perecer vinha sobre mim. E eu alegrava o coração da viúva.

14 Vestia-me de justiça e ela me revestia. Meu juízo era como uma túnica sem mangas — e um turbante.

15 Tornei-me olhos para o cego; E eu era pés para o coxo.

16 Eu era um verdadeiro pai para os pobres; E a causa jurídica de alguém que eu não conhecia — eu a examinava.

17 E quebrava as mandíbulas do contraventor, Dos seus dentes eu arrancava*1 a presa.

  1. “Arrancava”, mediante uma ligeira correção; M: “arremetia”.

18 E eu costumava dizer: ‘Expirarei dentro do meu ninho*1 E multiplicarei os [meus] dias como os grãos da areia.

  1. “Dentro do meu ninho.” Possivelmente: “Na minha velhice”, para concordar com LXX.

19 Minha raiz está aberta para as águas, E o próprio orvalho pernoitará sobre o meu ramo.

20 Nova é a minha glória comigo, E meu arco na minha mão atirará repetidamente.’

21 Escutavam-me; e esperavam, E silenciavam pelo meu conselho.

22 Após as minhas palavras não falavam mais, E sobre eles gotejava a minha palavra.

23 E esperavam-me como a chuva E escancaravam a sua boca à chuva da primavera.

24 Eu sorria para eles — eles não [o] acreditavam — E não lançavam [de si] a luz da minha face.

25 Eu lhes escolhia o caminho e ficava sentado como cabeça; E residia como um rei entre as [suas] tropas, Como quem consola os que pranteiam.