Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Jó
Jó, 38
1 E Jeová passou a responder a Jó de dentro do vendaval e a dizer:
2 “Quem é este que está obscurecendo o conselho Por meio de palavras sem conhecimento?
3 Por favor, cinge os teus lombos como um varão vigoroso E deixa-me perguntar-te, e faze-me saber.
4 Onde vieste a estar quando fundei a terra? Informa-me, se deveras conheces a compreensão.
5 Quem lhe pôs as medidas, caso tu o saibas, Ou quem estendeu sobre ela o cordel de medir?
6 Em que se fundaram seus pedestais de encaixe Ou quem lançou a sua pedra angular,
7 Quando as estrelas da manhã juntas gritavam de júbilo E todos os filhos de Deus*1 começaram a bradar em aplauso?
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8 E [quem] bloqueou com portas*1 o mar, Que começou a sair quando irrompeu da madre;
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9 Quando lhe*1 pus a nuvem por vestimenta E as densas trevas como suas faixas,
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10 E passei a fragmentar*1 meu regulamento sobre ele E a pôr-lhe tranca e portas,
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11 E prossegui, dizendo: ‘Até aqui podes chegar, e não mais adiante; E aqui se limitam as tuas vagas orgulhosas’?
12 Foi dos teus dias em diante que deste ordens à manhã? Fizeste tu a alva saber o seu lugar,
13 Para segurar as extremidades*1 da terra, A fim de que os iníquos*2 fossem sacudidos dela?
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14 Ela se transforma como o barro debaixo dum selo, E as coisas*1 tomam a sua posição como na vestimenta.
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15 E dos iníquos*1 se retém a luz E se quebra o próprio braço erguido.
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16 Chegaste aos mananciais*1 do mar Ou andaste em busca da água de profundeza?*2
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17 Revelaram-se a ti os portões da morte Ou podes ver os portões da sombra tenebrosa?*1
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18 Consideraste inteligentemente os espaços amplos da terra? Informa se chegaste a conhecer tudo.
19 Onde, então, está o caminho que leva à residência da luz? Quanto à escuridão, onde, então, é seu lugar,
20 Para a levares ao seu termo E para compreenderes as sendas à sua casa?
21 Acaso [o] sabes porque nasceste naquele tempo, E [porque] os teus dias são muitos em número?
22 Acaso entraste nos depósitos da neve, Ou vês mesmo os depósitos da saraiva,
23 Que reservei para o tempo de aflição, Para o dia de peleja e de guerra?
24 Onde, então, está o caminho pelo qual se distribui a luz*1 [E] o vento oriental se espalha pela terra?
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25 Quem abriu um canal para a inundação E um caminho para a trovejante nuvem de temporal,
26 Para fazer chover sobre a terra onde não há homem,*1 [Sobre] o ermo em que não há homem terreno,*2
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27 Para fartar lugares tempestuosos e desolados E para fazer brotar o rebento da relva?
28 Acaso existe um pai para a chuva, Ou quem deu à luz as gotas do orvalho?
29 Do ventre de quem sai realmente o gelo, E quanto à geada do céu, quem é que a dá à luz?
30 As próprias águas ficam escondidas como que por uma pedra, E a própria superfície da água de profundeza se torna compacta.
31 Podes atar as cadeias da constelação de Quima,*1 Ou podes soltar as próprias cordas da constelação de Quesil?*2
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32 Podes fazer sair a constelação de Mazarote*1 no seu tempo fixado? E quanto à constelação de Ás*2 ao lado dos seus filhos, acaso podes guiá-los?
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33 Chegaste a conhecer os estatutos dos céus, Ou poderias estabelecer a sua autoridade na terra?
34 Acaso podes elevar a tua voz mesmo até a nuvem, Para que te cubra a massa movimentada da própria água?
35 Acaso podes enviar relâmpagos para que vão E te digam: ‘Aqui estamos!’?
36 Quem pôs sabedoria nas camadas de nuvens*1 Ou deu compreensão ao fenômeno celeste?*2
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37 Quem pode contar exatamente as nuvens em sabedoria, Ou as talhas de água do céu — quem [as] pode entornar,
38 Quando o pó se despeja como dentro duma massa fundida E os próprios torrões de terra aderem um ao outro?
39 Acaso podes caçar a presa para o próprio leão E podes satisfazer*1 o vivo apetite dos leões novos,
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40 Quando se agacham nos esconderijos [Ou] estão deitados na guarida para uma emboscada?
41 Quem prepara para o corvo o seu alimento Quando seus próprios filhotes clamam a Deus*1 por ajuda, Vagueando por não haver nada para comer?
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