Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

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Jó, 39

1 “Ficaste conhecendo o tempo fixo de parirem as cabras-montesas do rochedo? Observas tu exatamente quando é que as corças têm cria com dores?

2 Contas tu os meses lunares que cumprem Ou vieste saber o tempo fixo de parirem?

3 Dobram-se para ter suas crias, Livrando-se das suas dores cruciantes.*1

  1. Ou “soltando seus fetos”.

4 Seus filhotes se tornam robustos, crescem no campo aberto; Deveras saem e não retornam a elas.

5 Quem pôs em liberdade a zebra, E quem soltou as próprias ligaduras do jumento selvagem,

6 Ao qual designei por casa a planície desértica E por sua moradia a terra salgada?

7 Ri-se do tumulto da vila; Não ouve os ruídos do batedor.

8 Explora os montes pelo seu pasto E busca toda sorte de planta verde.

9 Acaso quererá servir-te o touro selvagem, Ou pernoitará ele junto à tua manjedoura?

10 Acaso atarás o touro selvagem ao sulco, com as suas cordas, Ou gradará ele as baixadas atrás de ti?

11 Confiarás nele por ser abundante em poder E deixarás para ele a tua labuta?

12 Acaso te fiarás nele, que te traga de volta a tua semente E que ajunte à tua eira?

13 Acaso a asa da fêmea de avestruz bateu alegremente, Ou [tem ela] as plumas duma cegonha e a plumagem?

14 Pois ela deixa seus ovos na própria terra E os mantém quentes no pó,

15 E se esquece que algum pé pode esmagá-los Ou mesmo uma fera do campo pode trilhá-los.

16 Trata rudemente os seus filhotes, como se não fossem seus — Sua labuta é em vão, [porque não tem] pavor.

17 Porque Deus*1 a fez esquecer a sabedoria E não lhe deu parte na compreensão.

  1. “Deus.” Hebr.: ’Elóh·ah.

18 No tempo em que bate [as asas] alto Ela se ri do cavalo e do seu cavaleiro.

19 Podes dar potência ao cavalo? Podes vestir seu pescoço com uma crina farfalhante?*1

  1. “Crina farfalhante”, M; T: “força”.

20 Podes fazê-lo pular como um gafanhoto? A dignidade do seu resfôlego é aterradora.

21 Escarva*1 na baixada e exulta em poder; Sai para enfrentar armamento.

  1. “Escarva”, LXXSyVg; M: “Escarvam.”

22 Ri-se do pavor e não está aterrorizado; Nem retrocede por causa duma espada.

23 Sobre ele chocalha a aljava, A lâmina duma lança e um dardo.

24 Com retumbo e agitação devora a terra, E não acredita que seja o som duma buzina.

25 Assim que toca a buzina diz: Eia! E de longe cheira a batalha, A algazarra dos chefes*1 e o grito de guerra.

  1. Lit.: “príncipes”. Hebr.: sa·rím.

26 É devido à tua compreensão que esvoaça o falcão, Que ele estende suas asas ao vento sulino?

27 Ou é às tuas ordens que a águia voa para cima E que constrói o seu ninho no alto,

28 Que ela reside num rochedo e passa a noite No pico dum rochedo e num lugar inacessível?

29 De lá tem de ir em busca de alimento; Seus olhos olham para longe.

30 E seus próprios filhotes sorvem sangue; E onde há os que foram mortos, ali está ela.”