Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Jeremias
Jeremias, 51
1 Assim disse Jeová: “Eis que desperto um vento ruinoso contra Babilônia e contra os habitantes de Lebe-Camai;*1
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2 e vou enviar a Babilônia joeireiros que certamente a joeirarão e que lhe esvaziarão a terra; porque mostrarão ser realmente contra ela por todos os lados no dia da calamidade.
3 “Quem entesa o arco não o entese. E não se eleve ninguém na sua cota de malha. “E não mostreis nenhuma compaixão para com os seus jovens. Devotai todo o seu exército à destruição.
4 E terão de cair mortos na terra dos caldeus e traspassados nas suas ruas.
5 “Pois Israel e Judá não estão enviuvados de seu Deus,*1 de Jeová dos exércitos. Porque a terra daqueles tem estado cheia de culpa do ponto de vista do Santo de Israel.
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6 “Fugi do meio de Babilônia e ponde cada um a sua própria alma a salvo. Não fiqueis inanimados*1 devido ao erro dela. Pois é o tempo de vingança de Jeová. Há um tratamento que ele lhe retribui.
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7 Babilônia tem sido um copo de ouro na mão de Jeová, embriagando*1 toda a terra. As nações beberam do seu vinho. Por isso é que as nações estão agindo como doidas.
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8 Repentinamente, Babilônia caiu, de modo que está destroçada. Uivai por ela. Tomai bálsamo para a sua dor. Talvez ela sare.”
9 “Teríamos curado a Babilônia, mas ela não foi curada. Deixai-a, e vamos cada um para a sua própria terra. Porque o julgamento dela atingiu até os céus e foi elevado até o céu nublado.
10 Jeová produziu para nós atos de justiça. Vinde e narremos em Sião o trabalho de Jeová, nosso Deus.”
11 “Bruni as flechas. Enchei os escudos circulares. Jeová despertou o espírito dos reis dos medos, porque sua idéia é contra Babilônia, para a arruinar. Pois é a vingança de Jeová, a vingança pelo seu templo.
12 Levantai um sinal de aviso*1 contra as muralhas de Babilônia. Reforçai a guarda. Postai vigias.*2 Aprontai os que estão de emboscada. Pois, Jeová tanto formou a idéia como certamente fará o que ele falou contra os habitantes de Babilônia.”
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13 “Ó mulher que resides sobre águas abundantes, abundante em tesouros, chegou o teu fim, a medida de produzires o teu lucro.
14 Jeová dos exércitos jurou pela sua própria alma:*1 ‘Vou encher-te de homens,*2 como gafanhotos,*3 e eles certamente entoarão sobre ti uma exclamação.’
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15 Ele é Quem fez a terra pelo seu poder, Aquele que estabeleceu firmemente o solo produtivo*1 pela sua sabedoria, e Aquele que pelo seu entendimento estendeu os céus.
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16 À [sua] voz dá-se por ele uma turbulência de águas nos céus e ele faz ascender vapores*1 desde a extremidade*2 da terra. Fez até mesmo condutos*3 para a chuva e faz sair o vento*4 dos seus depósitos.
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17 Cada homem se comportou tão irracionalmente de modo que não sabe [nada]. Cada trabalhador em metal se sentirá envergonhado da imagem esculpida; porque a sua imagem fundida é uma falsidade, e não há espírito*1 nelas.
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18 São vaidade,*1 trabalho de zombaria. Perecerão no tempo de se fixar a atenção nelas.
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19 “O Quinhão de Jacó não é como tais coisas, porque ele é o Formador de tudo, sim, a vara*1 de sua herança. Jeová dos exércitos é o seu nome.
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20 “Tu és para mim uma clava, como armas de guerra, e por meio de ti hei de espatifar nações e por meio de ti vou arruinar reinos.
21 E por meio de ti vou espatifar o cavalo e seu cavaleiro e por meio de ti vou espatifar o carro de guerra e aquele que anda nele.
22 E por meio de ti vou espatifar homem e mulher, e por meio de ti vou espatifar o velho e o rapaz, e por meio de ti vou espatifar o jovem e a virgem.
23 E por meio de ti vou espatifar o pastor e a sua grei, e por meio de ti vou espatifar o lavrador e sua junta [de animais], e por meio de ti vou espatifar governadores e delegados governantes.
24 E vou retribuir a Babilônia e a todos os habitantes da Caldéia*1 toda a sua maldade que cometeram em Sião diante dos vossos olhos”, é a pronunciação de Jeová.
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25 “Eis que sou contra ti, ó monte ruinoso”, é a pronunciação de Jeová, “arruinador de toda a terra; e vou estender contra ti a minha mão e rolar-te do rochedo, e fazer de ti um monte queimado”.
26 “E as pessoas não tomarão de ti nenhuma pedra para [servir de] ângulo ou pedra para alicerces, porque te tornarás em baldios desolados por tempo indefinido”, é a pronunciação de Jeová.
27 “Levantai um sinal de aviso*1 no país. Tocai a buzina*2 entre as nações. Santificai contra ela as nações. Convocai contra ela os reinos de Ararate, de Mini e de Asquenaz. Comissionai contra ela um oficial de recrutamento. Fazei os cavalos subir como gafanhotos ouriçados.*3
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28 Santificai contra ela as nações, os reis da Média, seus governadores e todos os seus delegados governantes, e toda a terra do domínio de cada um.*1
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29 E trema a terra e tenha dores agudas, porque é contra Babilônia que surgiram os pensamentos de Jeová, para fazer da terra de Babilônia um assombro, sem habitante.
30 “Os poderosos de Babilônia deixaram de lutar. Ficaram sentados nas praças fortes. Sua potência secou-se. Tornaram-se [como] mulheres. As residências dela foram incendiadas.*1 Suas trancas foram quebradas.
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31 “Um correio corre ao encontro de outro correio e um informante ao encontro de outro informante, para informarem o rei de Babilônia de que a sua cidade foi capturada em cada extremidade,*1
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32 e que os próprios vaus foram tomados, e que os barcos de papiro*1 foram queimados com fogo, e que os próprios homens de guerra ficaram perturbados.”
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33 Pois assim disse Jeová dos exércitos, o Deus de Israel: “A filha de Babilônia é como uma eira. Está no tempo de pisá-la duramente. Ainda um pouco e tem de chegar para ela o tempo da colheita.”
34 “Nabucodorosor, rei de Babilônia, me consumiu; lançou-me em confusão. Pôs-me como vaso vazio. Tragou-me como cobra grande;*1 encheu sua barriga com as minhas coisas deliciosas. Eliminou-me*2 de enxaguadura.
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35 ‘A violência feita a mim e [ao] meu organismo esteja sobre Babilônia!’ dirá a moradora de Sião. ‘E meu sangue esteja sobre os habitantes da Caldéia!’ dirá Jerusalém.”
36 Portanto, assim disse Jeová: “Eis que pleiteio a tua*1 causa e certamente tomarei vingança por ti. E vou drenar-lhe o mar e vou secar-lhe os poços.
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37 E Babilônia terá de tornar-se em montões de pedras, guarida de chacais, um assombro e objeto de assobio, sem habitante.
38 Bramirão juntos como leões novos jubados. Certamente rosnarão como os filhotes de leões.”
39 “Quando ficarem com calor, porei os seus banquetes e vou embriagá-los, para que rejubilem;*1 e terão de dormir um sono de duração indefinida,*2 do qual nunca acordarão”, é a pronunciação de Jeová.
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40 “Eu os levarei para baixo como cordeiros ao abate, como carneiros junto com cabritos.”
41 “Oh! como foi capturada Sesaque,*1 e como está sendo tomado o Louvor de toda a terra! Como Babilônia se tornou em mero assombro entre as nações!
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42 O mar subiu até mesmo sobre Babilônia. Ela foi coberta pela multidão de suas ondas.
43 Suas cidades tornaram-se um assombro, terra árida e planície desértica. Como terra, não morará nelas*1 nenhum homem*2 e por elas não passará nenhum filho da humanidade.*3
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44 E eu vou voltar a minha atenção para Bel*1 em Babilônia e vou fazer sair da sua boca aquilo que engoliu. E não mais afluirão a ele nações. Também a própria muralha de Babilônia terá de cair.
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45 “Saí do meio dela, ó meu povo, e ponde cada um a sua alma a salvo da ira ardente de Jeová.
46 Senão o vosso coração ficará tímido e ficareis com medo por causa da notícia que se ouviu no país. E a notícia chegará realmente em um só ano, e depois dela, no outro ano, haverá a notícia e a violência na terra, e governante contra governante.
47 Portanto, eis que vêm dias, e eu vou voltar a minha atenção para as imagens entalhadas de Babilônia; e toda a própria terra dela ficará envergonhada, e todos os próprios mortos dela cairão no seu meio.
48 “E os céus e a terra, e tudo o que neles há, hão de gritar de júbilo sobre Babilônia, pois do norte virão a ela os assoladores”, é a pronunciação de Jeová.
49 “Não somente foi Babilônia a causa de caírem os mortos de Israel, mas também caíram em Babilônia os mortos de toda a terra.
50 “Vós, os que escapastes da espada, continuai indo. Não fiqueis parados. Lá longe lembrai-vos de Jeová, e suba-vos ao coração a própria Jerusalém.”
51 “Fomos envergonhados, pois ouvimos vitupério. A humilhação cobriu as nossas faces, pois chegaram estranhos contra os lugares santos da casa de Jeová.”
52 “Portanto, eis que vêm dias”, é a pronunciação de Jeová, “e eu vou voltar a minha atenção para as suas imagens entalhadas, e em toda a sua terra gemerá o traspassado”.
53 “Ainda que Babilônia subisse aos céus e mesmo que fizesse inexpugnável a altura da sua força, chegar-lhe-ão da minha parte os assoladores”, é a pronunciação de Jeová.
54 “Escuta! Há um clamor procedente de Babilônia e uma grande derrocada da terra dos caldeus,
55 porque Jeová está assolando Babilônia e ele certamente destruirá do meio dela a grande voz, e suas ondas serão realmente turbulentas como muitas águas. Certamente se dará vazão ao barulho da sua voz.
56 Porque terá de vir sobre ela, sobre Babilônia, o assolador, e seus poderosos hão de ser capturados. Os arcos deles terão de ser fragmentados, porque Jeová é um Deus de recompensas. Ele retribuirá impreterivelmente.
57 E eu vou embriagar seus príncipes e seus sábios, seus governadores e seus delegados governantes, e seus poderosos, e eles terão de dormir um sono de duração indefinida*1 do qual não acordarão”, é a pronunciação do Rei, cujo nome é Jeová dos exércitos.
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58 Assim disse Jeová dos exércitos: “A muralha de Babilônia, embora larga, será impreterivelmente demolida;*1 e seus portões, embora altos, serão incendiados com fogo. E os povos terão de labutar simplesmente em vão, e os grupos nacionais, simplesmente para o fogo; e eles só se cansarão.”
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59 A palavra que Jeremias, o profeta, ordenou a Seraías, filho de Nerias, filho de Maséias, quando ele foi com*1 Zedequias, rei de Judá, a Babilônia, no quarto ano de este ser rei; e Seraías era oficial intendente.*2
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60 E Jeremias passou a escrever num só livro toda a calamidade que viria sobre Babilônia, sim, todas estas palavras escritas contra Babilônia.
61 Além disso, Jeremias disse a Seraías: “Assim que chegares a Babilônia e realmente [a] vires, também terás de ler alto todas estas palavras.
62 E terás de dizer: ‘Ó Jeová, tu mesmo falaste contra este lugar, a fim de decepá-lo para que não venha a haver nele nenhum habitante, nem homem*1 nem mesmo animal doméstico, mas para que ela se torne meros baldios desolados por tempo indefinido.’
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63 E terá de acontecer que, quando tiveres completado a leitura deste livro, atarás a ele uma pedra e terás de lançá-lo no meio do Eufrates.
64 E terás de dizer: ‘Assim afundará Babilônia e nunca mais se levantará por causa da calamidade que trago sobre ela; e eles certamente se cansarão.’” Até aqui são as palavras de Jeremias.