Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)

Isaías

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

Isaías, 5

1 Por favor, cante eu ao meu amado uma canção de meu amado a respeito de seu vinhedo. Havia um vinhedo que meu amado veio a ter numa ladeira fértil.*1

  1. Lit.: “um chifre, filho de óleo”.

2 E ele passou a arroteá-lo e a livrá-lo de pedras, e passou a plantar nele uma videira seleta de casta tinta, e a construir uma torre no meio dele. E havia também um lagar que ele escavara. E esperava que produzisse uvas, mas produziu aos poucos uvas bravas.*1

  1. Ou “coisas malcheirosas”; ou: “frutinhas fétidas (podres)”.

3 “E agora, ó habitantes*1 de Jerusalém e homens*2 de Judá, por favor, julgai entre mim e meu vinhedo.

  1. Lit.: “ó habitante”, hebr. sing., mas em sentido coletivo.

  2. “E homens de.” Hebr.: we’ísh, hebr. sing., mas em sentido coletivo.

4 Que se pode ainda fazer por meu vinhedo que eu já não tenha feito nele? Por que é que esperei que produzisse uvas, mas ele produziu aos poucos uvas bravas?

5 E agora, por favor, faça-vos eu saber o que estou fazendo ao meu vinhedo: Haverá a remoção de sua sebe e terá de destinar-se à queima. Terá de haver uma derrocada de seu muro de pedras, e terá de tornar-se um lugar pisado.

6 E eu o porei qual coisa destruída. Não será podado, nem será capinado. E terão de surgir nele o espinheiro e ervas daninhas; e darei ordem às nuvens para que se abstenham de lançar chuva sobre ele.

7 Porque o vinhedo de Jeová dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a plantação de que gostava. E ele ficou esperando o julgamento, mas eis a violação da lei!*1 A justiça, mas eis um clamor!”

  1. Ou: “eis um desvio!”; ou: “eis derramamento [de sangue]!”

8 Ai dos que juntam casa a casa, [e] dos que anexam campo a campo, até não haver mais espaço e se ter feito que vós moreis sozinhos no meio da terra!

9 Aos meus ouvidos, Jeová dos exércitos [jurou que] muitas casas, embora grandes e boas, tornar-se-ão francamente um assombro, sem habitante.

10 Pois, mesmo dez jeiras de vinhedo produzirão apenas [a medida de] um bato,*1 e mesmo um ômer*2 de semente produzirá apenas [a medida de] um efa.*3

  1. Cerca de 22 l. Veja Ap. 8A.

  2. Cerca de 220 l.

  3. Cerca de 22 l.

11 Ai dos que se levantam de manhã cedo somente à procura de bebida inebriante, que ficam até tarde no crepúsculo vespertino, de modo que o próprio vinho os inflama!

12 E terá de mostrar-se haver harpa e instrumento de cordas, pandeiro e flauta, bem como vinho nos seus banquetes; mas eles não olham para a atividade de Jeová e não viram o trabalho das suas mãos.

13 Por isso, meu povo terá de ir ao exílio por falta de conhecimento; e sua glória serão homens famintos*1 e sua massa de gente ficará ressequida de sede.

  1. “Os mortos pela fome”, TSy e dois mss. hebr.

14 Por isso, o Seol*1 ampliou a sua alma*2 e escancarou a sua boca além de medida; e o que é esplêndido nela,*3 também a sua massa de gente, e seu rebuliço, e o rejubilante, certamente descerão a ele.

  1. “Seol”, M(hebr.: she’óhl)T; gr.: haí·des; sir.: shiul; lat.: in·fér·nus. Veja Ap. 4B.

  2. “Sua alma.” Hebr.: naf·sháh; gr.: psy·khén; lat.: á·ni·mam. Veja Ap. 4A.

  3. “Nela”, hebr. fem. sing., referindo-se a Jerusalém. Veja v. 3.

15 E o homem terreno se encurvará, e o homem ficará rebaixado, e até mesmo os olhos dos altos ficarão abaixados.

16 E Jeová dos exércitos ficará alto por meio do julgamento, e o [verdadeiro] Deus,*1 o Santo, certamente se santificará por meio da justiça.

  1. “E o [verdadeiro] Deus.” Hebr.: weha·’Él. Veja Ap. 1G.

17 E os cordeiros realmente pastarão como que no seu prado; e os lugares desolados de animais cevados os residentes forasteiros*1 comerão.

  1. Ou “residentes temporários”.

18 Ai dos que puxam o erro com cordas de inveracidade, e o pecado como que com cordas de carroça;

19 os que dizem: “Acelere-se o seu trabalho; que venha depressa,*1 a fim de que [o] vejamos; e chegue-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que [o] conheçamos!”

  1. “Dizem: ‘Acelere Jeová depressa as suas obras’”, Sy.

20 Ai dos que dizem que o bom é mau e que o mau é bom, os que põem a escuridão por luz e a luz por escuridão, os que colocam o amargo pelo doce e o doce pelo amargo!

21 Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e discretos mesmo diante das suas próprias faces!

22 Ai dos que são poderosos em beber vinho e dos homens de energia vital para misturar bebida inebriante,

23 os que declaram justo ao iníquo em troca de suborno e que até mesmo ao justo*1 tiram a sua justiça!*2

  1. “Ao justo”, LXXSyVg e alguns mss. hebr.; 1QIsaM: “aos justos”.

  2. Ou “inocência”.

24 Por isso, assim como a língua de fogo consome o restolho e nas chamas sucumbe a mera grama seca, sua própria raiz se tornará igual ao cheiro de mofo, e a própria flor deles subirá como poeira, por terem rejeitado a lei de Jeová dos exércitos e terem desrespeitado a declaração do Santo de Israel.

25 Por isso é que se acendeu a ira de Jeová contra o seu povo, e ele estenderá contra eles a sua mão e os golpeará. E os montes se agitarão, e seus cadáveres ficarão como carniça no meio das ruas. Sua ira não recuou em vista de tudo isso, mas a sua mão ainda está estendida.

26 E ele levantou um sinal de aviso para uma grande nação*1 longínqua e assobiou para ela na extremidade da terra; e eis que ela se apressará a entrar velozmente.

  1. “Para uma grande nação.” Hebr.: lag·goh·yím, pl., para denotar grandeza, mas com um pronome (“ela”) no sing, e com um verbo no sing., a saber: “ela . . . a entrar”. Veja v. 27 n.

27 Não há entre eles*1 nenhum cansado, nem qualquer que tropece. Ninguém está sonolento e ninguém dorme. E o cinto em volta dos seus lombos certamente não será solto, nem se romperão os cordões de suas sandálias;

  1. Lit.: “ela”, isto é, a “nação”, hebr. sing., mas em sentido coletivo.

28 porque suas flechas estão afiadas e todos os seus arcos estão entesados. Até os cascos dos seus cavalos terão de ser considerados como a própria pederneira, e suas rodas como o tufão.

29 Seu bramido é como o do leão, e bramem como leões novos, jubados. E rugirão e apoderar-se-ão da presa, e [a] levarão em segurança, e não haverá livrador.

30 E naquele dia rugirão sobre ela como que com o rugido do mar. E olhar-se-á realmente para a terra, e eis que há uma aflitiva escuridão; e até mesmo a luz escureceu por causa das gotas que caem sobre ela.