Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Isaías
Isaías, 10
1 Ai dos que legislam regulamentos prejudiciais e dos que, escrevendo constantemente, têm escrito pura desgraça,
2 a fim de apartar os de condição humilde de alguma causa jurídica e para arrebatar dos atribulados do meu povo a justiça, para que as viúvas se tornem seu despojo e para que saqueiem até mesmo os meninos órfãos de pai!
3 E o que fareis vós no dia de se dar atenção e na ruína, quando vier de longe? Para quem fugireis por auxílio e onde deixareis a vossa glória,
4 senão para ter de dobrar-se sob os presos e para as pessoas continuarem a cair debaixo dos que foram mortos? Sua ira não recuou em vista de tudo isso, mas a sua mão ainda está estendida.
5 “Ah! o assírio, a vara para a minha ira e o bastão na mão deles para a verberação por mim!
6 Enviá-lo-ei contra uma nação apóstata e dar-lhe-ei uma ordem contra o povo da minha fúria, para tomar muito despojo e tomar muito saque,*1 e para fazer dele*2 um lugar pisado como o barro das ruas.
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7 Embora ele talvez não seja assim, sentir-se-á inclinado [a isso]; embora seu coração talvez não seja assim, maquinará, porque tem no coração aniquilar e decepar não poucas nações.
8 Pois dirá: ‘Não são os meus príncipes ao mesmo tempo reis?
9 Não é Calno como Carquemis? Não é Hamate como Arpade? Não é Samaria como Damasco?
10 Quando minha mão tiver alcançado os reinos do deus que nada vale, cujas imagens entalhadas são mais do que as em Jerusalém e em Samaria,
11 não se dará que, como terei feito a Samaria e aos seus deuses que nada valem, assim farei a Jerusalém e aos seus ídolos?’
12 “E terá de acontecer que, quando Jeová*1 terminar todo o seu trabalho no monte Sião e em Jerusalém, ajustarei contas pelos frutos da insolência do coração do rei da Assíria e pela vanglória do seu enaltecimento de olhos.
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13 Porque ele disse: ‘Hei de agir com o poder de minha mão e com a minha sabedoria, pois deveras tenho entendimento; e removerei os termos de povos e certamente rapinarei as suas coisas armazenadas, e submeterei os habitantes como alguém forte.
14 E como se fosse a um ninho, minha mão alcançará os recursos dos povos; e assim como se ajuntam os ovos que foram deixados, eu é que vou ajuntar até mesmo toda a terra, e certamente não haverá quem bata as [suas] asas, ou abra a [sua] boca, ou chilre.’”
15 Realçar-se-á o machado sobre aquele que corta com ele, ou magnificar-se-á a própria serra sobre aquele que a move para lá e para cá, como se a vara movesse para lá e para cá aqueles*1 que a erguem, como se o bastão erguesse aquele que não é pau?
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16 Por isso, o [verdadeiro] Senhor,*1 Jeová dos exércitos, continuará a enviar a emaciação sobre os seus gordos, e sob a sua glória estará acesa uma queima como a queima de fogo.
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17 E a Luz de Israel terá de tornar-se um fogo, e seu Santo, uma chama; e terá de chamejar e consumir suas ervas daninhas e seus espinheiros num só dia.
18 E Ele acabará com a glória da sua floresta e do seu pomar, desde a própria alma até a carne, e terá de tornar-se igual ao definhamento de quem padece de doença.*1
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19 E o restante*1 das árvores da sua floresta — ficarão em número tal que um mero rapaz as poderá anotar.
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20 E naquele dia certamente acontecerá que os restantes de Israel e os fugitivos*1 da casa de Jacó nunca mais se apoiarão naquele que os golpeia, e certamente se apoiarão em Jeová, o Santo de Israel, em veracidade.*2
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21 Um mero restante*1 retornará,*2 o restante de Jacó, ao Deus Poderoso.*3
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22 Pois, mesmo que teu povo, ó Israel, mostre ser como os grãos de areia do mar, um mero restante*1 entre eles retornará. Um extermínio determinado passará inundando em justiça,
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23 porque o Soberano Senhor, Jeová dos exércitos, executará uma exterminação e uma determinação estrita no meio de todo o país.*1
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24 Portanto, assim disse o Soberano Senhor, Jeová dos exércitos: “Não tenhas medo, povo meu, que moras em Sião, por causa do assírio que costumava golpear-te com a vara e que costumava levantar contra ti o seu próprio bastão, à maneira do Egito.
25 Pois ainda um pouquinho — e a verberação terá chegado ao fim, e a minha ira, no desgaste deles.
26 E Jeová dos exércitos certamente brandirá contra ele um chicote, como na derrota de Midiã junto à rocha de Orebe; e seu bastão estará sobre o mar, e certamente o levantará na maneira como fez com o Egito.
27 “E naquele dia terá de acontecer que o fardo dele sumirá de cima de teu ombro, e o jugo dele, de cima de teu pescoço, e o jugo certamente será destroçado por causa do óleo.”*1
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28 Ele chegou sobre Aiate; passou por Migrom; deposita seus objetos em Micmás.
29 Passaram o vau,*1 Geba é lugar para pernoitarem, Ramá tremeu, a própria Gibeá de Saul fugiu.
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30 Emite a tua voz estridentemente, ó filha de Galim. Presta atenção, ó Laísa. Ó atribulada Anatote!
31 Madmena fugiu. Os próprios habitantes de Gebim se abrigaram.
32 Ainda é dia em Nobe, para fazer uma parada. Sacode [ameaçadoramente] a sua mão*1 contra o monte da filha de Sião, o morro de Jerusalém.
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33 Eis que o [verdadeiro] Senhor,*1 Jeová dos exércitos, está truncando galhos com terrível estrondo; e os que cresceram altos, estão sendo cortados, e os próprios eminentes ficam rebaixados.
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34 E ele derrubou as moitas da floresta com um instrumento de ferro, e o próprio Líbano cairá por meio de um poderoso.