Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Isaías
Isaías, 51
1 “Escutai-me, vós os que ides no encalço da justiça, vós os que procurais a Jeová. Olhai para a rocha de que fostes talhados e para a cavidade do poço de que fostes extraídos.
2 Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que gradualmente vos deu à luz com dores de parto. Pois ele foi um só quando o chamei, e eu passei a abençoá-lo e a fazê-lo muitos.
3 Porque Jeová certamente consolará Sião. Com certeza consolará todos os lugares devastados dela, e fará seu ermo igual ao Éden e sua planície desértica igual ao jardim*1 de Jeová. Exultação e alegria é que se acharão nela, agradecimentos e voz de melodia.
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4 “Presta atenção a mim, ó meu povo; e tu, meu grupo nacional, dá-me ouvidos. Pois de mim sairá uma lei*1 e farei a minha decisão judicial ficar em repouso mesmo como uma luz para os povos.*2
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5 Perto está a minha justiça. Há de sair a minha salvação e meus próprios braços julgarão até os povos. Em mim terão esperança as próprias ilhas e por meu braço esperarão.
6 “Levantai os vossos olhos para os próprios céus e olhai para a terra embaixo. Pois os próprios céus terão de ser dispersados em fragmentos como a fumaça, e a própria terra se gastará como uma veste, e seus próprios habitantes morrerão como um mero borrachudo. Mas, quanto à minha salvação, mostrará ser mesmo por tempo indefinido, e a minha própria justiça não será desbaratada.
7 “Escutai-me, vós os que conheceis a justiça, povo em cujo coração está a minha lei. Não tenhais medo do vitupério de homens mortais*1 e não fiqueis aterrorizados por causa das suas palavras injuriosas.
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8 Porque a traça*1 os consumirá como se fossem uma veste e a traça roedora*2 os consumirá como se fossem lã. Mas, quanto à minha justiça, mostrará ser mesmo por tempo indefinido, e minha salvação, por inúmeras gerações.”*3
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9 Desperta, desperta, reveste-te de força, ó braço de Jeová! Desperta como nos dias de outrora, como durante as gerações de tempos há muito passados. Não és tu*1 aquele que despedaçou Raabe,*2 que traspassou o monstro marinho?*3
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10 Não és tu aquele que secou o mar, as águas da vasta profundeza?*1 Aquele que fez das funduras do mar um caminho a ser atravessado pelos resgatados?
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11 Então retornarão os próprios remidos de Jeová e terão de chegar a Sião com clamor jubilante, e sobre a sua cabeça haverá alegria por tempo indefinido. Alcançarão exultação e alegria. O pesar e o suspiro certamente fugirão.
12 “Eu é que sou Aquele que vos consola. “Quem és tu*1 para temer o homem mortal que morrerá, e o filho da humanidade*2 que será constituído em mera erva verde?
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13 E para te esqueceres de Jeová, Aquele que te*1 fez, Aquele que estendeu os céus e lançou o alicerce da terra, de modo que estiveste constantemente apavorado, o dia inteiro, por causa do furor daquele que [te] assediava, como se ele estivesse pronto para [te] arruinar? E onde está o furor daquele que [te] assediava?
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14 “O encurvado em cadeias há de ser prontamente solto, para que não vá morto à cova e para que não lhe falte o pão.
15 “Mas eu, Jeová, sou teu Deus,*1 Aquele que agita o mar para tumultuar as suas ondas. Jeová dos exércitos é seu nome.
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16 E porei as minhas palavras na tua boca e hei de cobrir-te com a sombra da minha mão, a fim de plantar os céus e lançar o alicerce da terra, e para dizer a Sião: ‘Tu és meu povo.’
17 “Desperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém, tu que bebeste da mão de Jeová o copo do seu furor. O grande cálice, o copo que atordoa bebeste, o esvaziaste.
18 Não havia nenhum de todos os filhos que ela deu à luz que a conduzisse e não havia nenhum de todos os filhos que ela criou que a tomasse pela mão.
19 Estas duas coisas te sobrevieram. Quem se compadecerá de ti? Assolação e desmoronamento, e fome e espada! Quem*1 te consolará?
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20 Teus próprios filhos desmaiaram. Deitaram-se na cabeceira de todas as ruas como ovelhas selváticas na rede, como os que estão cheios do furor de Jeová, da censura de teu Deus.”
21 Portanto, escuta isto, por favor, ó mulher atribulada e embriagada, mas não de vinho.
22 Assim disse o teu Senhor,*1 Jeová, sim, teu Deus, que contende pelo seu povo: “Eis que vou tirar-te da mão o copo que atordoa. O grande cálice, meu copo de furor — não mais repetirás o beber dele.
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23 E eu vou pô-lo na mão dos que te irritam, os que disseram à tua alma: ‘Curva-te, para que possamos atravessar’, de modo que costumavas fazer as tuas costas como a terra e como a rua para os que atravessavam.”