Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Salmo
Salmos, 69
Ao regente, segundo Os Lírios.*1 De Davi.
1 Salva-me, ó Deus, porque as águas chegaram até a alma.*1
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2 Afundei em lodo profundo, em que não se pode ficar de pé. Entrei em águas fundas, E um caudal*1 é que me levou de enxurrada.
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3 Fatiguei-me de clamar; Minha garganta ficou rouca. Meus olhos falharam na espera pelo meu Deus.
4 Os que me odeiam sem causa tornaram-se até mais do que os cabelos da minha cabeça. Os que me silenciam, sendo meus inimigos por nenhuma razão, tornaram-se numerosos. O que eu não roubara, passei então a devolver.
5 Ó Deus, tu mesmo vieste conhecer minha tolice, E não ficou oculta de ti a minha própria culpa.
6 Não fiquem envergonhados por minha causa os que esperam em ti, Ó Soberano Senhor, Jeová dos exércitos. Não sejam humilhados por minha causa os que te procuram, Ó Deus de Israel.
7 Pois, por tua causa tenho levado vitupério, Humilhação cobriu minha face.
8 Tenho-me tornado estranho para os meus irmãos E estrangeiro para os filhos de minha mãe.
9 Pois, consumiu-me o puro zelo pela tua casa E caíram sobre mim os próprios vitupérios dos que te vituperam.
10 E passei a chorar com o jejum da minha alma, Mas veio a ser para mim vitupérios.
11 Quando da serapilheira fiz a minha vestimenta, Então me tornei para eles uma expressão proverbial.
12 Os que estavam sentados no portão começaram a ocupar-se comigo, E [eu era] o assunto dos cantos de bebedores de bebida inebriante.
13 Quanto a mim, porém, minha oração era a ti, ó Jeová,*1 Num tempo aceitável, ó Deus. Responde-me na abundância da tua benevolência com a verdade da salvação por meio de ti.
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14 Livra-me da lama, para que eu não afunde. Seja eu livrado dos que me odeiam e das águas fundas.
15 Que não me arraste um caudal de águas, Nem me trague a profundeza, Nem feche o poço a sua boca sobre mim.
16 Responde-me, ó Jeová, pois a tua benevolência é boa. Vira-te para mim segundo a multidão das tuas misericórdias
17 E não escondas tua face do teu servo. Responde-me rapidamente, porque estou em sério aperto.
18 Chega-te deveras à minha alma, reivindica-a; Redime-me por causa dos meus inimigos.
19 Tu mesmo vieste conhecer meu vitupério, e minha vergonha, e minha humilhação. Diante de ti estão todos os que me são hostis.
20 O próprio vitupério me quebrantou o coração, e [a ferida] é incurável. E eu estava esperando que alguém se compadecesse [de mim], mas não havia ninguém; E consoladores, mas não achei nenhum.
21 Mas, por alimento*1 [me] deram uma planta venenosa,*2 E para a minha sede tentaram fazer-me beber vinagre.
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22 Torne-se a sua mesa*1 diante deles em armadilha E o que é para o seu bem-estar, em laço.
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23 Obscureçam-se-lhes os olhos para que não vejam; E faze seus próprios quadris vacilar constantemente.
24 Derrama sobre eles a tua verberação E alcance-os a tua própria ira ardente.
25 Fique desolado seu acampamento murado; Não venha a haver morador nas suas tendas.
26 Pois perseguiram aquele que tu mesmo golpeaste E prosseguem narrando as dores dos que tu traspassaste.
27 Dá deveras erro sobre seu erro, E não entrem na tua justiça.
28 Sejam extintos do livro dos viventes,*1 E não sejam inscritos com os justos.
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29 Mas eu estou atribulado e sinto dores. Proteja-me a tua própria salvação, ó Deus.
30 Vou louvar o nome de Deus*1 com cântico E vou magnificá-lo com agradecimento.
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31 Isto também agradará mais a Jeová*1 do que um touro, Mais do que um novilho de chifres, de casco fendido.
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32 Os mansos certamente [o] verão; alegrar-se-ão. Vós os que buscais a Deus, mantenha-se vivo também o vosso coração.
33 Pois Jeová está escutando os pobres E deveras não desprezará os seus próprios prisioneiros.*1
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34 Louvem-no céu e terra, Os mares e tudo o que neles se move.
35 Porque o próprio Deus salvará a Sião E construirá as cidades de Judá; E ali hão de morar e tomar posse dela.*1
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36 E a própria descendência*1 dos seus servos a herdará, E os que amam seu nome serão os que nela residirão.
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