Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências (Rbi8, pt-BR, 1986)
Salmo
Salmos, 78
Masquil.*1 De Asafe.
1 Dá ouvidos à minha lei, ó meu povo; Inclinai vosso ouvido às declarações da minha boca.
2 Vou abrir a boca numa expressão proverbial; Vou fazer borbulhar enigmas de outrora,
3 Que ouvimos e conhecemos, E que os nossos próprios pais nos relataram;
4 Que não ocultamos dos seus filhos, Relatando-os até mesmo à geração vindoura, Os louvores de Jeová e sua força, E suas coisas maravilhosas, que ele tem feito.
5 E ele passou a suscitar uma advertência em Jacó E pôs uma lei em Israel, Coisas que ordenou aos nossos antepassados, Para que as dessem a conhecer aos seus filhos;
6 A fim de que a geração vindoura, os filhos que haviam de nascer, [as] soubessem, Para que se levantassem e [as] relatassem aos seus filhos,
7 E para que pusessem a sua confiança no próprio Deus*1 E não se esquecessem das práticas de Deus,*2 mas observassem os próprios mandamentos dele.
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8 E não se deviam tornar como seus antepassados, Uma geração obstinada e rebelde, Uma geração que não preparara seu coração E cujo espírito não era fidedigno para com Deus.*1
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9 Os filhos de Efraim, embora arqueiros armados, Bateram em retirada no dia da peleja.
10 Não guardaram o pacto de Deus*1 E recusaram-se a andar na sua lei.
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11 Começaram também a esquecer as suas ações E suas obras maravilhosas que ele os fizera ver.
12 Ele fizera maravilhas diante dos seus antepassados Na terra do Egito, o campo de Zoã.
13 Partiu o mar, a fim de deixá-los passar, E fez as águas ficar paradas qual dique.
14 E continuou a guiá-los de dia com uma nuvem E a noite inteira com uma luz de fogo.
15 Passou a fender rochas no ermo, Para fazê-los beber uma abundância tal qual águas de profundeza.*1
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16 E passou a fazer sair correntes dum rochedo E a fazer descer águas como rios.
17 E eles prosseguiram pecando ainda mais contra ele, Rebelando-se contra o Altíssimo na região árida;
18 E passaram a pôr Deus*1 à prova no seu coração, Pedindo algo para comer para a sua alma.
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19 De modo que começaram a falar contra Deus.*1 Disseram: “Pode Deus aprontar uma mesa no ermo?”
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20 Eis que ele golpeou uma rocha Para que manassem águas e fluíssem as próprias torrentes. “Pode ele também dar o próprio pão Ou pode preparar sustento para o seu povo?”
21 Foi por isso que Jeová ouviu e começou a ficar furioso; E acendeu-se o próprio fogo contra Jacó E também se acendeu a ira contra Israel.
22 Pois não tiveram fé em Deus E não confiaram na salvação por ele.
23 E ele passou a dar ordem ao céu nublado acima E abriu as próprias portas do céu.
24 E continuou a fazer chover sobre eles maná para comer, E deu-lhes o cereal do céu.
25 Homens*1 comeram o próprio pão dos possantes;*2 Enviou-lhes provisões a fartar.
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26 Começou a fazer um vento oriental irromper nos céus E a fazer um vento meridional soprar pela sua própria força.
27 E passou a fazer chover sobre eles sustento qual pó, Sim, criaturas voadoras aladas quais os grãos de areia dos mares.
28 E continuou a fazer que caíssem no meio do seu acampamento, Em volta dos seus tabernáculos.
29 E eles foram comer e fartar-se a valer, E passou a trazer-lhes o que desejaram.
30 Não se tinham alheado do seu desejo, Estando sua comida ainda na sua boca,
31 Quando se acendeu contra eles a própria ira de Deus. E ele passou a matar entre os corpulentos deles; E fez tombar os jovens de Israel.
32 Apesar de tudo isso, pecaram ainda mais, E não tiveram fé nas Suas obras maravilhosas.
33 Portanto, ele acabou com os seus dias como se fossem mera exalação, E com os seus anos por meio de perturbação.
34 Quantas vezes os matava, também indagavam por ele, E retornavam e estavam à procura de Deus.*1
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35 E começaram a lembrar-se de que Deus*1 era a sua Rocha E que Deus, o Altíssimo, era seu Vingador.
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36 E tentaram lográ-lo com a sua boca; E tentaram mentir-lhe com a sua língua.
37 E seu coração não estava firme para com ele; E não se mostravam fiéis no Seu pacto.
38 Mas ele foi misericordioso; cobria seu erro e não os arruinava. E muitas vezes fazia recuar sua ira E não despertava todo o seu furor.
39 E ele se lembrava de que eram carne, Que o espírito*1 sai e não retorna.
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40 Quantas vezes rebelavam-se contra ele no ermo, Faziam-no sentir-se magoado no deserto!
41 E vez após vez punham Deus*1 à prova E penavam ao próprio Santo de Israel.
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42 Não se lembraram da sua mão, Do dia em que os remiu do adversário,
43 De como pôs os seus sinais no próprio Egito E seus milagres no campo de Zoã;
44 E de como ele começou a transformar em sangue seus canais do Nilo, De modo que não puderam beber das suas próprias correntes.
45 Passou a enviar sobre eles moscões, para que estes os consumissem; E rãs, para que estas os arruinassem.
46 E começou a dar seu produto às baratas E [o fruto da] sua labuta aos gafanhotos.
47 Foi matar sua videira com a própria saraiva E seus sicômoros com pedras de saraiva.
48 E passou a entregar seus animais de carga à própria saraiva E seu gado à febre ardente.
49 Foi enviar sobre eles sua ira ardente, Fúria, e verberação, e aflição, Delegações de anjos trazendo calamidade.
50 Ele passou a preparar uma senda para a sua ira. Não refreou a alma deles da própria morte; E entregou a vida deles à própria pestilência.*1
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51 Por fim golpeou todos os primogênitos no Egito, O princípio da sua faculdade de procriação,*1 nas tendas de Cã.
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52 Depois fez seu povo partir qual rebanho E conduziu-os qual grei no ermo.
53 E guiava-os em segurança e eles não se sentiam apavorados; E o mar cobriu os próprios inimigos deles.
54 E ele passou a trazê-los ao seu território santo, Esta região montanhosa adquirida pela sua direita.
55 E por causa deles expulsou gradualmente as nações E mediante a corda de medir foi lotear-lhes uma herança, De modo que fez as tribos de Israel residir nos seus próprios lares.*1
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56 E começaram a pôr Deus, o Altíssimo, à prova e a rebelar-se [contra ele], E não guardaram as suas advertências.
57 Também continuaram a retroceder e a agir traiçoeiramente como os seus antepassados; Deram volta como um arco frouxo.
58 E continuaram a ofendê-lo com os seus altos, E persistiram em incitá-lo ao ciúme com as suas imagens entalhadas.
59 Deus ouviu e ficou furioso, E por isso menosprezou muito a Israel.
60 E por fim abandonou o tabernáculo de Silo, A tenda em que tinha residido entre os homens terrenos.
61 E passou a dar sua força ao próprio cativeiro E sua beleza na mão do adversário.
62 E ele continuou entregando seu povo à própria espada, E ficou furioso contra a sua herança.
63 Seus jovens foram consumidos por um fogo, E suas virgens não foram louvadas.*1
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64 Quanto aos seus sacerdotes, caíram pela própria espada, E as próprias viúvas deles*1 não se entregaram ao choro.
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65 Jeová*1 começou então a acordar como que do sono, Como um poderoso desembebedando do vinho.
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66 E prosseguiu, golpeando seus adversários por detrás; Deu-lhes um vitupério de duração indefinida.
67 E passou a rejeitar a tenda de José; E não escolheu a tribo de Efraim.
68 Mas escolheu a tribo de Judá, Monte Sião, que ele amava.
69 E começou a construir seu santuário igual às alturas, Igual à terra que fundou por tempo indefinido.
70 E assim escolheu a Davi, seu servo, E tomou-o dos redis do rebanho.
71 De andar atrás das fêmeas lactantes Ele o trouxe para ser pastor de Jacó, seu povo, E de Israel, sua herança.
72 E começou a pastoreá-los segundo a integridade do seu coração E começou a guiá-los com a perícia das suas mãos.